Conversa de Sábado à Noite (Alagoas, 1º andar) – 8/2/92 – Sábado – p. 3 de 3

Conversa de Sábado à Noite (Alagoas, 1º andar) — 8/2/92 — Sábado

A missão da Senhora Dona Lucilia enquanto transmissora de consonância com o nosso Fundador * “A minha missão é dar a Nossa Senhora uma legião de filhos que consolem a Ela pelo número, pela eficácia, pela audácia, pela prudência, pelo amor a Ela”

(Sr. Gonzalo: […] A gente vê que o senhor consola a Nossa Senhora.)

Eu exultaria se isso fosse verdade.

(Sr. Gonzalo: É próprio da vocação do senhor, entre outras coisas consolar a Ela. A gente pergunta se o fato de saber que o senhor ia existir, se isso não ajudou a Ela na Paixão. […] A Senhora Dona Lucilia deve ter sido sem dúvida um consolo muito grande para o sr…)

* A missão da Senhora Dona Lucilia enquanto transmissora de consonância com o nosso Fundador

Ah, sim!

(Sr. Gonzalo: E o consolo vinha de uma consonância de alma que vinha de muito alto. […] Na doença de 67 o senhor disse que se o senhor morresse ela morreria logo…)

Ah, eu acho que sim.

(Sr. Gonzalo: E depois o senhor comentou que se ela morresse que o senhor ia ficar muito sozinho. […] Nós nos sentimos muito carentes dessa consonância, e ao contrário, sendo motivo de desolação, de desgostos, de problemas, etc., para o senhor. Uma vez que ela tinha essa consonância, parece que ela teria a missão de transmitir para nós essa consonância. E que isso dado, seria propriamente o Grand-Retour.)

Eu acho que seria o Grand-Retour.

(Sr. Gonzalo: Nós pedimos para o senhor explicitar mais isso. Como era essa consonância dela com o senhor? E ela enquanto transmissora para nós dessa consonância.)

Meu filho, a coisa põe-se da seguinte maneira. O principal consolo que um filho pode me dar, é de eu ver que ele ama a Nossa Senhora com toda alma. E que ele está entregue a isso…. Nossa Senhora, bem entendido a Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus Nosso Senhor, e tal., mas com toda alma. E que ele está entregue a isso de tal maneira profundamente que daria a impressão de estar confirmado em graça. De maneira que isto seria propriamente uma consolação.

Mas teria consigo corolários, porque o amor de Deus que nos é pedido é um amor de Deus e das criaturas de Deus, e, portanto, da ordem do Universo, com a ordem do Universo tudo mais que você sabe.

* A minha missão é dar a Nossa Senhora uma legião de filhos que consolem a Ela pelo número, pela eficácia, pela audácia, pela prudência, pelo amor a Ela

Então, uma tal absorção na alma da pessoa, destes elementos da ordem do Universo, que formará com a pessoa uma espécie de complementação dela. Aí, realmente eu diria: “bem-aventurado o dia que me viu nascer, bem-aventuradas as estrelas que me viram pequenino”, porque acontece que aqui eu teria feito alguma coisa. Eu teria pelo menos dado a Nossa Senhora um filho completo.

Mas evidentemente também por melhor que esse filho fosse, seria uma consolação incompleta, porque a minha missão, a minha vocação é de dar a Nossa Senhora não um filho, mas uma legião de filhos que consolem a Ela pelo número, pela eficácia, pela audácia, pela prudência, pelo amor a Ela enfim, mas visto assim nas criaturas, e portanto, também no espírito tal enquanto tal, etc., etc., que absorvesse completamente isso. E neste sentido é que uma consolação poderia ser completa.

Ainda que — eu sei que não é essa a nossa vocação — mas ainda que tivéssemos que ter a vocação dos mártires de Shimabara, quer dizer, morrer se não em engano centenas, massacrados vilmente por aqueles tipos lá, eu morreria contente porque ali está dado uma coisa que é um dom, é um presente.

Agora, eu tenho um lado nisso que me consola. É que se esses filhos forem filhos de uma longa espera, de uma longa conformidade de minha parte, de uma longa confiança, que eles serão filhos particularmente amados por Nossa Senhora e particularmente dignos de meu amor, de meu amor paterno. E que, portanto, aí está realizado o Grand-Retour. E o Grand-Retour é tal que ele é mais ou menos como uma malha. A gente numa malha corta alguma coisa, desfia aquilo tudo. Assim também o Grand-Retour, quando um punhado pequeno tiver o Grand-Retour completo, então realmente o Grand-Retour vem, porque uns poucos tendo o Grand-Retour a malha volta em sentido oposto e desfaz o jogo. (…)

uma coisa qualquer que eles não sabem qual é.

* O papel da SDL nós conhecemos apenas à meias porque a hora inteira dela ainda não chegou

(Sr. Gonzalo: […] Nós estamos viciados em coisas revolucionárias e tudo, e a Senhora Dona Lucilia parece que teria a graça de fazer-nos degustar o que é que ser contra-revolucionário. É ela que poderá nos dar a graça…)

Eu acho que sim.

(Sr. Gonzalo: Como o senhor vê o papel dela nisso?)

Eu acho que o papel dela nós conhecemos apenas à meias porque a hora inteira dela ainda não chegou. Eu acho que em determinado momento, não sei como, ela vai fazer mais, porque propriamente o que ela faz é uma preparação em ordem ao Grand-Retour. Agora, se a tarefa dela fosse essa que ela executa agora, ficaria meio incompleta. À quoi bom? Seria como você diz, muito bom, mas enfim, percebe-se que em um determinado momento, em que não sei de que maneira, ela tem que fazer algo que a gente deve aguardar com atenção, estar muito atento para não perder a ocasião de examinar bem e de perceber, mas estar muito confiante, porque no momento isso virá, e não nos afobarmos, estarmos tranqüilos.

(Cel. Poli: O senhor não tem hipóteses de como será essa ação dela futura?)

Não, não tenho hipótese. Se ela aparecerá, se ela não aparecerá, se será o atual modo agendi dela que se conserva mas tornado muito mais intenso… o que será não sei, não tenho idéia, não tenho a menor indicação disso. Mas sei que será uma coisa excelente em determinado momento, mais do que isso me é difícil ver.

Diga meu Guerreiro.

(Sr. Guerreiro: Não sei se valeria a pena gravar mais…

(…)

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