Conversa de Sábado à Noite – 6/10/90 – Sábado – p. 7 de 7

Conversa de Sábado à Noite — 6/10/90 — Sábado

Um Brasil futuro em gestação, abençoado por uma promessa da Providência: “o que vem será ainda maior!” * A semente desse Brasil é a TFP

* Desprendimento e não nacionalismo brasileiro

(Sr. Gonzalo: A respeito do áudio-visual de ontem sobre os Êremos Itinerantes, houve algo que, não obstante saber a vocação que o Brasil tem, etc., ontem aquilo saltou como uma estrela no meio da noite escura, dizendo que era assim mesmo! Ontem essa vocação saiu muito à luz, o thau do Brasil ficou evidente quase. Eu, que não sou brasileiro, me senti emocionado, e sai fortificado no thau e no amor à Contra-Revolução. O papel da SDL também uma coisa enorme. O Quadrinho pintado numa kombi, foi um milagre. Isso é uma coisa muito tocante. Outra coisa muito tocante foi o thau do primeiro estandarte ter sido conservado, e dado de presente ao senhor, depois de vinte anos. Tudo isso são comentários que nos levam a pedir se o senhor poderia se estender um pouco sobre essa vocação do país, e sobretudo sobre essa aliança de Deus, de Nossa Senhora com o senhor, com a SDL, com o Brasil. Ontem parecia que a mão de Deus pousava sobre o senhor, e que o auditório inteiro sentiu isso muito. Agora, não sei se isso corresponde à realidade? Gostaríamos que o senhor desenvolvesse um pouco isso. E depois também, que se fale mais do Brasil, porque a vocação do senhor está muito ligada ao país. E não é dizer que seja nacionalismo, porque aquilo de ontem transcendia a qualquer nacionalismo.)

E depois aquela gente tinha toda ela um desprendimento que não se compagina com o nacionalismo. O nacionalismo é um egoismo coletivo, muito mais do que um amor desinteressado à pátria, é um egoísmo coletivo. E isso não estava presente lá.

(Sr. Gonzalo: É um pedido um tanto específico, não sei se está claro, e se o senhor concorda com todas essas impressões que vieram à alma?)

Meu filho, eu concordo em gênero, número e caso com o que você disse. Eu não tenho nenhuma alteração para fazer. Eu teria apenas aprofundamentos, como você está pedindo. De maneira que eu não vou… Eu apenas queria dizer uma coisa a esse respeito… (…)

Não se sabe. Vai ver o que um alemão pensa da Colômbia, é as loucuras que decorrem do silêncio dos nossos governos. Agora, um silêncio que… evidentemente.

* A idéia dos pecados cometidos no país fazia esquecer os grandes panoramas brasileiros

Agora, acontece o seguinte. Que debaixo de certo ponto de vista, com a cessassão da Bagarre azul, alguma coisa no Brasil, e sobretudo em São Paulo, fanou. E enquanto o Brasil parecia ir para cima, etc., que houve um murchamento em certo momento, houve. Mas esse murchamento foi acompanhado de uma reação de alma não plaudenda. Foi uma espécie de deixar-se arrastar pela coisa… Bem, e o número de pecados aumentando colossalmente, como no mundo inteiro, mas aqui a gente tem os daqui em vista.

E tudo isso, portanto, levando a uma pergunta que a gente não ousava formular claramente porque percebia que isto ia contra certos outros aspectos das coisas que se deve ter. Mas a pergunta era: “Será que o número de pecados chegou a tal ponto que não haverá mais jeito?” Porque era a impressão genérica, global, era essa.

Agora, isso tem psicologicamente como efeito que apaga um tanto na memória e na sensibilidade a impressão dos lugares particularmente bonitos e particularmente abençoados por Deus que existem no país, e onde a vocação do país se exprime. Porque a vocação desse país se exprime muito pelos panoramas dele. É uma coisa característica.

* O movimento das ondas do mar, símbolo do vaivém da História

Mas, por exemplo, eu já não falo do tema comum dos panoramas marítimos nossos, que são todos muito bonitos, mas o mover das águas no mar tem uma coisa que, se eu fosse ao mar com algum dos que estão aqui, eu acharia interessante mostrar: era como os movimentos das ondas aqui, depois que a onda quebra e fica aquela desordem na água até se recompor a ofensiva das ondas, como aquilo imita os movimentos da História. É muito bonito, ouviu? Os modos, os refluxos, os avanços, a massa de água às vezes se esconde, às vezes ela finge desaparecer, ela volta depois… Há uns movimentos que são uma espécie de ludos muito bonito, e que exprime também um tanto certas habilidades da alma brasileira, certos jeitos, quer para acariciar, quer para louvar a Deus, quer também para fazer política. Existe tudo isso dentro.

Eu compreendo bem que nossa política possa não ser muito simpática para nossos vizinhos. Mas o fazer política existe. E muitas vezes as águas giram assim, etc., e a gente vê que é uma manobra envolvente de primeira ordem que se delineia ali.

* Um quadro da vocação, com algo de profético

Vocês dirão: “Fantasia!” É um quadro da vocação. É um quadro da vocação. E depois, com qualquer coisa de profético. Porque, para quem sabe interpretar um panorama, é forçoso que venha ao espírito o seguinte: “Aqui, isto é feito para cenário. Quais são os homens na proporção desse cenário?” É uma pergunta que a gente se faz.

E quais são os panoramas na proporção desses cenários? O que é que se deve passar aqui? Eu não sei se vocês têm essa sensação chegando em determinados cenários: o que é que deve se passar lá?

(Sr. Gonzalo: E muito aqui no Brasil.)

Aqui no Brasil muito. Muito. E depois, uma coisa que foi a primeira impressão que eu tive quando os rapazes entraram, e depois me acompanhou o tempo inteiro, foi o seguinte. (…)

Eles não têm a alma melódica mas têm a melodia dentro da alma. Bom, isso para mim é a prima facies.

Mas, à vista disto, impondo uma espécie de retificação visual de uma porção de coisas comentadas dentro de mim europeisticamente, tomando a Europa como analogado primário, e em comparação com a Europa sendo um saldo negativo à primeira vista fabuloso, mas tirando tudo, o que fica é uma coisa extraordinária. E acabou-se. Para mim essa é a primeira impressão.

* Há camadas da alma brasileira que a Revolução não deteriorou a fundo

Agora, vendo-os depois andarem por aquelas vastidões, com aquela gente, com aqueles povoados, com aquela coisa toda, e eles com uma dedicação igual seja qual for o lugar, fazendo sempre um apostolado com vontade, com empenho, sempre gentil à maneira deles, sempre corteses à maneira deles, sem arrogância, mas com dignidade, eu não pude deixar de me dizer a mim mesmo o seguinte: de cá, de lá e acolá há camadas na alma brasileira que a Revolução ainda não deteriorou a fundo. Existe isso. Tomem como quiserem, ponham de cabeça para baixo, façam o que entenderem com o que eu estou dizendo, mas isso é assim, não deixa de ser assim.

Quer dizer, há camadas de brasileiros que a Revolução não atingiu a fundo, mas com uma coisa curiosa: é que se percebe — isto que é particularmente bonito — se percebe que os pais deles, que eu não conheço, foram muito mais atingidos do que eles.

(Sr. Gonzalo: O senhor fala dos eremitas?)

Dos eremitas. Mas, que neles renasce uma candura brasileira até daqueles que não são de origem genealógica brasileira. Renasce uma candura brasileira, uma bondade brasileira, um lien brasileiro, uma capacidade de fazer ligação, de entrar em contato, de ser um com, que renasce neles depois de eles serem portadores de uma tradição familiar mais recente, que é toda ela tendente para uma espécie de hollywoodização de segunda.

E que há ali qualquer coisa da mão da Providência que a seu modo é como as graças que a Providência vem dando a D. Bertrand e D. Luis. Não é nada de exagerado o que eu estou dizendo, hem? Eu estou explicitando ponto por ponto o que eu senti.

* A resignação de quem está na batalha

Agora, isso era realçado por uma outra coisa. É que o pessoal que estava fazendo parte do auditório, não os mais velhos mas os mais novos, faziam uns “Ohhhhh” e umas coisas assim para as proezas deles, por onde a gente percebia o menino educado de São Paulo, educado em cidade, o horror que tinha daquele ambiente… o horror que tem de Caixa-pregos de toda ordem, e portanto como reconhecia o heroísmo deles. O que faz ver uma graça especial que baixou sobre eles mais do que sobre outros da geração, e para um fim especial

Mesmo porque, é um coisa curiosa, não é dizer que eles lá dêem a impressão de estarem insensíveis aos lados negativos daquele ambiente. É resignados. Resignados, mas como quem está resignado numa batalha. Não é como quem está resignado no hospítal deitado na cama, não. É como quem está resignado numa batalha. Essa é a resignação. E eles tocam para frente, tocam para frente, tocam para frente. (…)

* Os generosos e os egoístas diante do Êremo Itinerante

Agora, depois, uma outra coisa que me tocou muito foram duas coisas. Eu acho que falei disso ontem: uma cena deles pedindo comida, roupa lavada, etc., para aquela gente. Gente modestíssima! Favela. Aparece uma senhora assim não tão mais velha do que o eremita, mas não é uma velha de nenhum modo. É uma senhora assim de uns 40 anos para 50, que aparece para um eremita entregando para ele alguma coisa, com um certo sorriso e ele recebendo. A gente vê que ela dá de boa vontade, de bom grado, transbordante de simpatia, ele reservado, cerimonioso mas gentil. E sem dar ocasião a trivialidades de parte a parte nem nada. É uma coisa muito direita. Mas a gente vê que ela dá uma coisa que a gente olha pela casa, e pela ambientação dela, ela dá com sacrifício.

Depois eu soube que em muitas dessas casas onde els vão pedir, o que os rapazes recebem não é o menu do dia. Eles melhoram o menu, e os eremitas comem melhor do que come a casa! Isto é uma forma de generosidade…

(Sr. Gonzalo: Isso não existe em nenhum outro lugar da América do Sul. Já foi testado nos outros países, e o máximo que se consegue é a comida. Mas lavar a roupa não conseguem.)

Uma coisa do outro mundo. Lavar e depois passar.

(Sr. Gonzalo: Passar e costurar…)

Ah, pregam botão é?! E famílias para as quais até o carretel custa alguma coisa, hem?

(Sr. Poli: Um sargento uma vez me procurou e disse: “Olhe Coronel, minha mulher ficou muito contente, porque o pessoal lá passou em casa e pediu que ela lavasse a roupa. E ela lavou, ficou muito contente…”)

É, é uma graça. Mas é uma graça que fala de um futuro. É uma graça carregada de prognósticos, de belos prognósticos.

Apareceram duas casas. Uma era uma espécie de vila num jardim, não é uma casa de luxo, mas é uma casa confortável, com a grama muito bem aparada, um jardim sem grades. Mas, olhe aqui: era o lar do egoísmo!

(Sr. Gonzalo: E foi quando dessa foto que a narração diz que esses são os sapos que dão o arroz cru na marmita.)

Isso… Depois também uma casa em estilo alemão, com aquelas traves aparentes, de um aspecto agradável, mas é a casa do egoísmo! Estava na atitude da casi: “Isto é meu, para meu regalo, eu sei que a minha casa é muito melhor do que o ambiente, eu aqui vivo isolado do ambiente só para mim mesmo, mas ganhando dinheiro. Tu, transeunte, vá embora porque a tua simples necessidade me insulta! Não quero saber de ti!”

Quer dizer, a idéia da caridade cristã não está presente ali. De nenhum modo. É o contrário do Brasil.

Mas, a questão é a seguinte. Se a gente visse uma cidade com casas daquelas, etc., dir-se-ia: “Está vendo? A gente trazendo estrangeiro para cá eles criam esse ambiente. Pondo essa brasileirada, olha aqui as choças que ficam!”

Está bem, mas como são os corações?

(Sr. Guerreiro: As casas ficam mais belas, mas e os corações?)

Aí que está!

* Um Brasil futuro em gestação

E depois, outra coisa, é preciso bem dizer, também tem o seguinte: que essas são almas que existem para um estágio futuro, em que a alma do Brasil, e de todo o mundo, deve ser elevada pela graça, e em que aparecerão estilos artísticos mais conformes a eles.

(Sr. Gonzalo: Mais conforme ao coração.)

Mais conforme ao coração. Não se pode pôr naquela casa, a primeira das que eu falei, não se pode pôr absolutamente um brasileirinho daqueles. Eu concordo. Está para nascer a época deles. Mas saibamos reconhecer o futuro que está lá!

Foram essas algumas tantas das minhas reflexões.

* A kombi vira lugar de recolhimento e estudo…

Agora, por outro lado, eles dentro da kombi. Um homem que vive dentro de uma kombi, a gente tem a impressão que vive dentro de um deformatório. Porque tudo da kombi deforma.

Quando eu ouvi contar o caso de que eles vão fazer simpósio no Êremo do Amparo de Nossa Senhora, então a pessoa faz uma preleção e eles vão estudar, e que eles entram dentro da respectiva kombi, e se sentam dentro para estudar — eu fiquei arrepiado! Eu disse: “Que coisa horrorosa, porque afinal de contas eles estão conaturais com o automóvel, com o chacoalhar do automóvel, com o cheiro de gasolina, com os assentos com as molas amassadas e desiguais, com a poeira que se tornou conatural com o interior da kombi, uma coisa horrorosa, etc., e eles ainda vão se enfurnar lá durante o dia? Uma coisa horrorosa! Era preciso modificar isso, mas eu não tenho tempo! Só me resta pedir a Nossa Senhora que algum dia isso… Porque eu não tenho tempo!”

Mas, quando se vê a kombi andando, e eles recitando o Ofício dentro da kombi… Fisionomias tão distendidas — quem os filmou não tinha idéia disso — caras nas quais não se nota a menor contração, não se nota a menor pressa, não se nota o menor relaxamento. E vão fazer aquilo direitinho, etc., e que tocam a coisa… Respeito! É preciso respeitar, não tem remédio.

Depois, a idéia deles de colocarem um como que vitralzinho ali pelo meio, nostálgico das grandes catedrais, em plenos Cariris! É uma coisa que não se pode deixar de tirar o chapéu para isso.

(Dr. Edwaldo: De um certo modo a catedral está lá dentro.)

Aí que está. Mas, não é melhor isto? Mas incomparavelmente melhor?

* A História do Brasil ainda não começou!

Depois, para terminar, a sensibilidade deles para os panoramas, etc., se revela pela esplêndida seleção de panoramas que foi feita ali. Uma esplêndida seleção! Mas esplêndida! E depois pelo esforço que eles fazem para se integrar no panorama. Em certos lugares eles foram fotografados no alto de um píncaro que eu estava com medo que eles caíssem todos de lá de um momento para outro. Porque era um píncaro pequeno, subiram vários, e estavam — à maneira enjolras — tão encarapitados, que se um caísse, pegava o outro, que pegava o outro, e ia tudo para o abismo! Eles em cima olhando o panorama a la poetas…

É preciso reconhecer que nisso tem qualquer coisa! E que essa coisa qualquer que tem é muita! E, mais uma vez, chapeau!

Agora, acontece o seguinte, que por outro lado uns pores de sol e umas coisas que a gente sai de lá certo que a História do Brasil ainda não começou!

(Sr. Paulo Roberto: Aquela igrejinha que o senhor comentou, que está no meio de um casebre…)

Não, e depois a rua barra a perspectiva brutalmente! Mas tem aquela igrejinha!

* Um outro brado de “o mar! o mar!” a entrar para a história

(Sr. Guerreiro: O senhor falou do senso que eles têm dos panoramas, etc., eu me lembrei de uma caravana que fizemos em 82, que tinha por quidam justamente o Sr. Paulo Roberto. Nós fomos para o Sul, divulgar o “Sou Católico”. E fomos por uma estrada que acompanhava o litoral. Chegando em Santa Catarina, era 1 h da manhã, todo o mundo dormindo na kombi, de repente um grita: “Olha o mar!!” E todos: “Olha o mar!” Todo o mundo acordou para ver o mar, que nem se avistava bem da kombi, e numa alegria, uma coisa incrível. Eles têm um certo gosto nisso.)

A História conta que quando os guerreiros de Dario chegaram até o Mediterrâneo — eles queriam tomar a Grécia — que eles viram o Mediterrâneo do alto e começaram a gritar: “Thalassa” Thalassa!”, que queria dizer: “O mar! O mar!” Então, isto entra para a História. Por que não entra para a História o fato que você está contando?

* A semente do Brasil futuro é a TFP

Bom, tudo isso eu acho que dá como resumo o seguinte: que a semente desse Brasil é a TFP. Porque tudo quanto tem na TFP como espírito, como mentalidade, como doutrina, é feito para expandir-se inteiramente nisso. E o futuro desse país é aquela gente trabalhada pela nossa gente, para a glória de Nossa Senhora. Acabou.

Só tem uma coisa que eu creio que eu deixei passar, porque eu não ouvi bem, mas passou lá o Guararapes, não passou?

(Dr. Edwaldo: Sim senhor.)

É, mas eu não entendi bem, deixei passar, mas ali eu deveria ter me levantado para que todos aplaudissem os Guararapes demoradamente, porque supermerece!

Uma coisa que eu achei lamentável, mas simpática, é a ignorância deles de como eles batiam palmas para si mesmos… Mas isso é uma coisa que é para explicar.

(Sr. Aloísio Torres: As palmas eram para o senhor.)

(Sr. Gonzalo: O senhor não ouvia bem o texto, as as palmas sempre foram para o senhor.)

É isso?! Então algumas vezes eu bati palma para mim.

(Sr. Gonzalo: Não, a única vez que o senhor bateu palma assim foi para a Senhora Dona Lucilia.)

Bom, mas aí também tenha paciência! E não foi logo no começo. Eu só comecei a bater palma quando ficava mal não bater.

* Uma promessa da Providência: “O que vem será muito maior!”

(Sr. Gonzalo: Agora, todos nós sentimos que aquilo dava ao senhor uma alegria como há muito o senhor não tem, se se pode dizer assim, justamente porque o senhor sentia esta aliança da Providência e de Nossa Senhora com o senhor.)

É um pouco mais do que isso, ouviu? Vários dos panoramas mais bonitos e mais característicos pareciam trazer consigo uma como que mensagem, que é o seguinte. Uma coisa sempre muito grande, muito bonita, mas que a gente prestando atenção perceberia que fixando ainda mais notaria coisas ainda muito maior. Quer dizer, ou é se a gente viajasse mais ali ainda apareceria coisa mais bonita, ou prestando atenção e aprofundando chegaria a conclusões ainda muito mais bonitas do que à primeira vista.

O que criava no espírito a impressão de uma promessa da Providência dizendo: “Eu estou prometendo isso, mas o que vem, se vocês forem fiéis, será muito maior”. E isso foi uma das coisas que mais me impressionaram e mais me comoveram. Porque isso em mais de uma ocasião vinha a coisa assim: “Você não imagina como será! Isto é o sinal, mas o que vem é muito mais belo!” (Vira a Fita)

E isto era um convite para a TFP passar por cima de suas próprias fraquezas, e compreender que o que vem na ponta da realização de nossa missão é muito mais belo do que nós podemos imaginar.

Nem é o seguinte: “Se esforçem, não sei o quê”, não.

É: “Confiem! O que está sendo pedido é duro, mas confiem que o que vem por aí é muito mais extraordinário! E que aí, na proporção do que vem, esse povo também se despertará e estará à altura!”

O caminho da TFP é parecido com estas caminhadas deles, no seguinte sentido. Que nós vemos ás vezes alguns aperçus magníficos — esse foi um — mas em geral o que nós passamos foi por ambientes, por pessoas, por caminhos, etc., parecidos com os piores lugarejos… E depois, do ponto de vista físico, mas também do ponto de vista moral, hem? Que é o pior! Que é o pior! (…)

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