Conversa a Sábado à Noite – 27/12/1986 – p. 2 de 2

Conversa Sábado à Noite — 27/12/1986 — Sábado [VF 049] (Augusto César)

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Senta, meu Poli, vamos ganhando o nosso tempo. Qual é a matéria?

(Sr. Gonzalo Larraín: Hoje é a última reunião do ano e nós temos uma pergunta, mas queremos agradecer muitíssimo ao senhor dois anos de reuniões.)

Dois anos, é? Você tem a data de quando foi a primeira reunião?

(Sr. Gonzalo Larraín: Foi mais ou menos em fevereiro de 85. Quase dois anos de benções e graça de um modo que a Sra. Da. Lucilia está sumamente ligada.)

Nem tem dúvida! Não há menor dúvida!

(Sr. Gonzalo Larraín: Uma vez o senhor dizia aqui numa Conversa de Sábado à Noite que se o Grupo todo abandonasse o senhor, o senhor ficaria muito dolorido, mas no dia seguinte o senhor começaria tudo novamente. A pergunta seria como se coloca a certeza do senhor do cumprimento da vocação?)

Está bom. Quer dizer, eu tive sempre a certeza de que… Mas dessa certeza assim — não é uma visão, não é uma revelação, não é nada disso evidentemente — uma certeza interior, é tão arquitetônico, tão normal, tão correto que este modo de computar e calcular, avaliar [que] acontecimentos dariam, e eu tive toda vida como certo o que eu vou expor agora.

Quando chegasse um determinado momento de abominação do mundo, que na minha visão das das coisas, eu não conhecia ainda a IV Revolução, conhecia apenas a III Revolução, e todos vocês aqui sabem por experiência própria que quando a gente conhece só a III Revolução, ela aparece no fundo do buraco, dá a impressão realmente que não tem mais nada do que a III, depois quando aparece a IV Revolução com vislumbres da V, a gente fica horrorizado, mas é assim.

Bem, então quando chegasse a III Revolução e que ela colocasse as coisas de um modo, ela mesma colocasse as coisas de um modo que não houvesse meio de fazer a Contra-Revolução a não ser usando processos, sempre legais, mas inteiramente apropriados, que então as coisas mudariam e que nós teríamos todos os meios necessários para defender a Contra-Revolução, para fazê-la progredir por estes meios sempre legais, mas com processos apropriados.

Agora, esta idéia então tinha como corolário que vindo o comunismo, que era o fundo do poço, então viria uma interferência milagrosa de Nossa Senhora nos acontecimentos.

Milagrosa como?

Uma vez que se poderia calcular uma coisa mais ou menos como o Dilúvio, a gente deveria imaginar que o que restasse post-Dilúvio seria uma minoria. Isto não está assim na revelação de Fátima, a revelação de Fátima não autorizava expressamente esta conseqüência, mas o tamanho do pecado que esta revelação indica, e que é muito menor do que o… como de fato se deu, o tamanho desse pecado e a importância da revelação, o modo pelo qual foi feito, os milagres que a cercaram etc., etc., etc., dão a certeza de que é só mesmo por meio de um milagre, uma interferência milagrosa de Nossa Senhora que se poderia chegar a isso.

Mas uma vez que dentro do processo existem, os fatos levam a esses aprofundamentos dos termos da revelação de Fátima, porque é propriamente o que se dá, uma vez que chega a isto, então a coisa toma o seguinte aspecto, que nós nos encontramos diante de imprevistos possíveis à vista dos imprevistos de que eu falei aqui. Porque é uma coisa que é uma previsão que se manifesta verdadeira, mas carregada de imprevisto. Então, também o curso das coisas podem trazer um previstos muitos grandes.

Agora, vamos então aplicar o caso às situações que estamos considerando…(…)…

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