Conversa
de Sábado de à noite – 8/3/1985 – p.
Conversa de Sábado à Noite (Alagoas, 1º andar) — 8/3/1985 — 6ª-feira [24:00h]
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[É a única versão existente, e manuscrita.]
O que é o amor?
Vou descrever paulatinamente como eu [como era um film?]
1) Amar pressupõe uma alma que tem uma determinada virtude. Mas não basta ter à [maneira?] ter levado a desejar o aumento dela.
2) Vem uma graça que: a) apresenta essa virtude, b) em grau ainda alto; c) de modo deleitável.
3) A alma que está no estado descrito no item 1, tende para essa graça maior por duas razões: a) Porque ela desejava em grau maior., b) Pelo deleite.
4) Dai nascem duas [dejolisões?] quando o deleite [pára?] a) ela continua quando ainda mais essa virtude porque já a queria em si mesma, então ela cresce no amor, ou… b) quando o deleite para ela se desinteressa da virtude, porque ela não estava [anelando?] o grau maior. Amando o deleite, ela deixa a graça ir embora.
5) Qual o papel do deleite dentro disso? Imaginar um homem que nunca esteve no sol (animais da Inglaterra) viu foto do sol, projeções, etc. Ele sabe como é o sol, inteiramente. Pode ser que até tenha estudos sobre a composição… [ilegível] …do sol. Tem, portanto, o conhecimento do sol, de um outro nível. Vem o momento em que ele sobre e toma sol. Nesse momento ele adquire um conhecimento de outro gênero. Assim é o deleite. Assim é o conhecimento daquela virtude enquanto conhecida em um tratado de teologia. Imaginar que vem a consolação junto: é como o conhecimento que o homem tem do Sol depois que o sentiu em si: acrescenta algo ao conhecimento científico.
6) O que e o amor a essa virtude? Aquele estado de espírito inicial cujo efeito era querer mais. Então, quando se quer a virtude, quando se recebe a consolação, se quer mais a virtude que é o contrário de se querer a virtude, por causa da consolação.
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1º andar