Conversa
de Sábado à Noite (Êremo de São Bento) –
1/5/1982 – [AC V ‑ 82/05.02] – p.
Conversa de Sábado à Noite (Êremo de São Bento) — 1/5/1982 — [AC V ‑ 82/05.02]
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O sistema de invasão do demônio: “ele só chega quando ele já venceu * A maneira do demônio se fazer presente * Os dois modos de ação do demônio sobre o homem * O momento em que uma ação específica do demônio começou no Brasil * No momento em que sua ação chegou quase ao total o problema do demônio com o caminhar lento do “nhonhô” * O plano do demônio em aparecer o quanto antes; o ex. dos discos voadores * Exemplos do quanto é furado o reinado do demônio sobre a Terra * A ação do demônio nos acontecimentos para produzir a tonteira e com isso preparar os espíritos para sua “aparição”; o ex. da guerra das Malvinas * No contato com um santo uma defesa contra o demônio; o ex. dos índios com o Beato Anchieta
Mandaram preparar o meu lanche?
(Sr. João Clá: O senhor quer já?)
Não, eu gostaria de tomar antes. Veio remédio para dormir?
(Sr. –: Sim.)
Eu prefiro antes a pastilha.
Bem, quais são as perguntas…
(Sr. João Clá: Para contrastar essa ação preternatural que se dará na “Bagarre” como nunca houve na História, como será a união entre os bons, como será o governo do bem, como será essa união entre os bons, de tal maneira que cada um possa, no momento que tiver que enfrentar o demônio, possa sentir que não é ele que está enfrentando, mas uma outra força que está por detrás dele… que Nossa Senhora está por detrás… e todas as ações dos bons não sejam senão frutos do domínio do “Thau” de Nossa Senhora sobre a alma deles como nunca houve na História? Enfim, eu dizia que só numa conversa particular é que se podia perguntar…)
Não, isso aqui é uma conversa particular.
(Sr. João Clá: Sendo conversa particular o senhor pode entrar com mais…)
[Risos]
* O sistema de invasão do demônio: “ele só chega quando ele já venceu”
Nós estamos habituados a usar metáforas, é uma coisa muito legítima para exprimir nossas idéias, nossos pensamentos, etc., mas metáforas precisam naturalmente ser usadas com certo cuidado, porque do contrário elas de tal maneira nos entram no espírito, que somos capazes de sermos induzidos a enganos por elas.
Por exemplo, quanto a isso do demônio tomar conta do mundo, então dizia que o demônio vai invadir o mundo e coisas desse gênero, não se dava há pouco com a exposição do João Clá, mas é um ponto que eu julgo necessário realçar, nós somos levados a achar, como falamos de invasão, somos levados a achar que essa invasão deles se dará à maneira de invasões, como por exemplo, das Malvinas.
Se quando os ingleses invadirem as Malvinas eles descerão, encherão a ilha e expulsarão os que estão lá, ou matarão os que estão lá e as Malvinas só estará nas mãos deles, ou farão o contrário, os argentinos com alguns ingleses que estejam por lá.
Com as invasões do demônio não se dá propriamente isso; não é dizer que ele chega e depois vence, mas ele só chega quando ele já venceu. Quer dizer, a hora dele triunfar é a hora em que ele chega. Ou seja, o que quer dizer esse chega?
Ele anuncia para os que estão lá que ele já está lá. Mas ele tem penetrações sucessivas, umas sobre as outras, sobre as outras, sobre as outras, nas pessoas. E essas penetrações vão constituindo o reino cada vez mais completo dele.
* A imagem da maré montante para se compreender o sistema de invasão do demônio
Se os senhores querem ter uma idéia de como é o sistema de invasão do demônio, é preciso compará‑lo, — é uma coisa hedionda a invasão do demônio — é preciso compará‑la com uma coisa linda, que é a progressão das ondas do mar na maré montante. Os senhores verão que em geral, não é a primeira onda da maré que chega até o último ponto onde ela deva chegar. Mas a primeira onda vai até certo ponto e abre um caminho, porque a outra onda passa por cima dela e toca mais um pouco, depois vai uma terceira que passa por cima da segunda e assim as ondas vêm vindo e fazem o assalto geral.
Assim também, eu estou simplificando um pouco o fenômeno, mas para o que nos convêm basta dizer isto. O assalto geral do demônio é por meio de ondas que ele lança nos espíritos, de tal maneira que uma infestação vem em cima de outra, e outra vem em cima de outra, outra vem de outra. E os modos de domínio dele são sucessivamente mais profundos a cada modo de domínio, sobre a alma, hein! Habilita a lançar um outro modo de domínio mais profundo, de tal maneira que em determinado momento ele pode revelar que ele chegou. Mas quando ele chegou é porque há muito tempo as ondas dele estão por lá.
Nós não podemos, portanto, dizer o seguinte: quando os ingleses, se e quando, os ingleses descerem nas Malvinas, eles revelam que estão lá — revelam porque aparecem em pé, e depois tomam conta da ilha ou são expulsos da ilha — não se pode dizer isso assim. Ele, [o demônio], quando se apresenta é porque já foi muita coisa antes, porque ele já chegou por várias formas antes.
* A maneira do demônio se fazer presente
Os senhores para tomarem isso em linha de conta é preciso lembrar de que o demônio é um espírito, é bem evidente que ele não é um espírito puro, mas ele é um puro espírito, no sentido de que ele é um mero espírito, ele não é senão espírito.
E que um espírito não está num lugar a não ser pela ação que ele exerce sobre o lugar, o espírito não tem um presença física. Um anjo não pode estar nessa sala, ele tem ações sucessivas sobre a sala, há um momento em que a ação é plena, então, num certo sentido, ele está lá porque como toda a sua ação está lá, ele está lá num certo sentido.
A linguagem corrente exprime isso também de outra maneira, quando se diz, por exemplo: vamos dizer que acontecesse [que] o mar encheu Santos, ou então o Oceano Atlântico pôs‑se inteiro em Santos. É claro que não é a massa inteira do Atlântico, mas é uma massa que representa todo o furor do Atlântico que lotou Santos. Assim também o espírito está num lugar quando ele descarregou ali toda sua ação. É natural.
* Os dois modos de ação do demônio sobre o homem
Então os senhores compreendem que ele chega por ondas sucessivas e que agora se trata de perguntar há quanto tempo ele chegou [e], qual foi a primeira onda dele.
Então nós devemos distinguir dois modos de ação do demônio:
— Um modo [que] age apenas de acordo com a economia comum e depois um outro modo que vai de acordo com a possessão. São duas coisas diferentes.
Tomem um pecador que tenha caído no fundo do pecado, mas no fundo do pecado. Ele pode não ser nenhum pouco um possesso. O que [é] que o demônio fez com ele? O demônio fez luzir aos olhos dele a atração mais do que intensa de uma determinada coisa má e ele caiu, o demônio debilitou nele, mas [por] puro jogo moral, debilitou nele um lado bom e ele caiu.
Mas isto são ações que o demônio exerce por meio do homem. Toma o homem comum e o demônio apresenta ao homem comum uma coisa boa que ele faz ver como deliciosa, mas não é agindo sobre o homem, é agindo sobre a coisa.
Ele faz por exemplo aquela maçã, aquela pera ou aquela uva, parecer uma coisa fantástica para o homem e aí o homem se entrega. Mas aí houve uma ação de fora para dentro, do demônio no homem, que agiu libérrimo.
Outra forma de possessão é quando o demônio recebe de Deus a permissão de manobrar a cabeça de um homem, e de se instalar na mente de um homem como um malfeitor pode se instalar, por exemplo, num mecanismo para produzir uma ação deformada no mecanismo.
E ele então faz o homem ver coisas erradas, faz o homem ver coisas que não imaginam, ele se apodera de paixões da alma e as manobra como ele entende. E pode levar o homem a manifestações aparentemente de loucura, porque todo ele fica tomado por aquela ação do demônio. É um governo de dentro para dentro da própria alma.
Não sei se está bem distinguida a coisa.
(Sr. –: Sim.)
* O momento em que uma ação específica do demônio começou no Brasil
No pecado de fora para dentro, é um tipo de ação do demônio. O mundo chegou a esse auge que é a deturpação da Santa Igreja Católica, e o pecado contra a natureza tornado sistemático, a impiedade chegando a graus inimagináveis.
Agora, o que é? É uma outra coisa, essa ação que deforma o homem de dentro para dentro, que grau ela atingiu nos homens? Eu um dia com mais vagar se Deus quiser exponho isso. Mas eu acho que essa ação começou no Brasil aonde eu vivo, aonde eu posso notar as coisas — mais ou menos por volta de 1937, 1938 — comunicando a determinadas almas, para determinados efeitos, determinada forma de dureza e determinada maneira de “emburrecer” e fascinar as almas sobre as quais tinha ação, e que foi diminuindo a esfera da mente humana. É uma coisa diferente… naturalmente ele faz isso para tentar, para levar ao pecado, mas é uma ação de um tipo diferente.
* No momento em que sua ação chegou quase ao total o problema do demônio com o caminhar lento do “nhonhô”
E eu acho que essa ação já chegou quase ao total. O que atrapalha ele é que há muitas almas que vão se entregando a essa deglutição preguiçosamente. De maneira que um “nhonhô” que gostasse por exemplo, de estar nessa sala duas horas da madrugada de um sábado, lendo — um “nhonhô” portanto tradicional — lendo bem sentado num bom sofá, um bom livro, vamos dizer o romance do Eça.
Lendo aquilo agradável, fumando, esses vidros abertos, ele tomando ar, aqui ao lado dele um copo de whisky, ele todo escarrapachado, etc., etc… Um “nhonhô” desses podia ainda não estar inteiro sob ação do demônio, mas [poderia] estar sob uma meia ação do demônio.
Quer dizer, ele tem formas de dureza, ele tem formas de antipatia, ele tem formas de burrice, formas de excitação, formas de nervosismo, produzidas de fora para dentro, o demônio nele.
Mas como a ação do demônio é ação arrebatadora, o normal é que o homem vá cavalgando em direção ao demônio. E senão ele segue devagar; ele gostaria de estar nessa sala, o demônio não quer que ele estivesse aqui. Ele gostaria de estar lendo um livro do Eça, alguns livros do Eça, máxime quando expurgados fazem quase bem hoje em dia.
O demônio gostaria que ele não estivesse tomando um bom whisky escocês, mas que ele estivesse tomando whisky ordinário comprado aqui na venda da esquina, e ele quer o whisky escocês. Quer dizer que ele caminha com preguiça rumo ao demônio.
* O plano do demônio em aparecer o quanto antes; o ex. dos discos voadores
Essa preguiça é o problema do demônio. E de onde é que vem essa preguiça? Vem do fato que ainda há fermentos de bem, ainda há lados de bem que mantêm esta gente descendo devagar a rampa, em vez de descer depressa. E faz parte do plano do demônio aparecer o quanto antes, ele tem para isso uma porção de razões.
Então ele cria situações em que os homens se enlouquecem, se abobam, ficam tontos, etc., etc., que são para que os homens apesar de terem preguiça de vê‑lo, não se arrepiem quando [o] virem. Mas ele está querendo aparecer.
Para os senhores imaginarem simplesmente isso: os senhores tome o affaire Discos Voadores. Desde quando vários dos senhores eram meninos e não conheciam nada a respeito de… [ilegível] …não conheciam o que se passava, já os Discos Voadores estavam aparecendo pelo céu. Há pessoas que podem dizer: “isto é uma ilusão”. Mas eu pergunto: “quem é que pode imaginar que em todos os cantos da Terra muita gente afirme que viu os Discos Voadores e que seja mera ilusão? Era um fato mais anormal, do que o aparecimento dos Discos Voadores, um tal número de gagás!
E depois, a gente vai ver se são gagás e são pessoas normais, não são maníacas, não são “esquisofrenóides”, não são nada disso, são homens comuns, dizem: “eu vi!”. Não tem nisso nenhum interesse, não defendem ou podem não estar defendendo o interesse de nenhuma seita, de nenhuma corrente nem nada. Eles dizem que viram por quê? Como é que se dá uma coisa dessas, como é que é isso? Evidentemente os Discos Voadores aparecem.
Ora, os senhores já viram uma coisa mais anormal do que está aparecendo Discos Voadores, como aparece esses Discos Voadores aí? Há vinte anos pelo menos o demônio tenta por essas aparições, ir criando condições na humanidade para que ele possa vir sem arrepiar. E entretanto ele vai tentando, tentando, ele não vai conseguir.
Não sei se está claro?
(Sr. –: Claríssimo!)
* Exemplos do quanto é furado o reinado do demônio sobre a Terra
Eu tenho a impressão de que tudo conjugado, os senhores vejam o governo e o desgoverno que o demônio tem das coisas. O demônio faz o que os senhores estão vendo aí, ele é senhor da Terra. Mas é um senhor com um reinado tão furado que é possível, por exemplo, esse tipo atentar contra a vida de João Paulo II e definhar João Paulo II como definhou, o que certamente não era intenção do demônio. E o demônio não teve peito para impedir uma coisa dessas.
Mais ainda, ele deve estar louco para substituir esse João Paulo II por um Papa que seja guru, mas não faz, ele não tira o homem do lugar, não o fez matar. Como é que se explica uma coisa dessas?
Quer dizer, os senhores estão vendo um domínio muito bissexto. E eu creio que ele prepara, portanto, para além da Guerra das Malvinas ou durante a Guerra das Malvinas, uma sucessão de acontecimentos inteiramente estarrecedores, como a gente não pode imaginar. Quer dizer, a Guerra das Malvinas é um afundamento dentro do imprevisto.
A nenhum dos senhores eu nunca expus isso assim, porque não houve ocasião, nunca tivemos em particular…
[Risos]
Eu estava acompanhando, por exemplo, a expressão de fisionomia de todos e olhei para o João Clá, vi que o João Clá estava achando que era isso mesmo, que é uma coisa óbvia, é assim, não tem conversa.
* A ação do demônio nos acontecimentos para produzir a tonteira e com isso preparar os espíritos para sua “aparição”; o ex. da guerra das Malvinas
E que ele pensa atontar tanto, tontear tanto e tornar tão desconcertante os acontecimentos, que ele por aí consiga preparar os espíritos para de repente aparecer.
Então, a primeira coisa é: qual é a forma de ação dele que essa tonteira pode produzir? Por que essa pergunta? Vamos dizer que o demônio queira tomar um homem ponderado, sério, reto, e queira apoderar‑se do espírito dele. Ele pode tentar fazer isso, fazendo com que o homem ande numa estrada assim: ziguezague, ziguezague, ziguezague, o homem fique tão tonto, que aquilo produza nele uma certa perplexidade e, naquela perplexidade, o demônio entra e toma conta.
Pode acontecer. Mas vem um demônio especial, que é o demônio da tontura. Eu creio que a Escritura chama isso “espírito do abismo”, pode‑se dizer de todos os demônios, mas eu creio que mais especialmente o demônio que atira a pessoa nos abismos, nas loucuras.
Como pode acontecer isso? Podem criarem‑se situações, — eu estou falando de pessoas que o demônio ainda não conquistou — não saiba mais onde está o dever, não saiba mais onde está a vontade de Nossa Senhora, não saiba mais onde está a utilidade maior da glória d’Ela e não entenda mais nada de absolutamente nada. E tenha vontade de retirar‑se do jogo: “ninguém entende mais isso, eu vou retirar‑me do jogo”.
Num caos de acontecimentos, a pessoa fica meio louca, meio, meio assim… e o demônio então aparece e diz: “sou eu!”.
Os senhores estão vendo que esse demônio está muito mais próximo de tomar conta do homem depois que ele produz essa tonteira, do que antes de ter produzido.
Então nós temos que imaginar que nessa guerra que parece realmente estar começando. Pelas notícias que eu tive chegando em casa, — não sei se são verdadeiras, mas enfim são as que os rádios estão dando — a luta entre ingleses e argentinos continua hoje durante o dia. E já é uma luta gagá, porque os argentinos declaram que danificaram um barco pesqueiro inglês ou dois não me lembro bem. Danificaram? Mas isso é uma batalha! Uma batalha que faz umas bombinhas se rasparem, uns dois barquinhos! Isto é uma batalha! E os ingleses respondem que eles também danificaram um avião argentino, o que é danificar avião? É raspar um pouquinho pela asa, mas tão pouco que o avião não cai. O que é isso? Ou será que o piloto ficou com resfriado?
[Risos]
O que [é] que aconteceu? Mas eu acho que vem assim. E no fundo ninguém sabe nada.
Por exemplo: uma das notícias era de que, — eu recebi assim — primeira notícia: os ingleses bombardearam Comodoro Rivadávia. Não sei [se] os argentinos aqui presentes confirmam isso? Eu não sou nenhum pouco bom geógrafo, mas disseram‑me que Comodoro Rivadávia é uma da mais importantes bases no sul da Argentina e, que parece que aquedutos de luz, de gás, não sei de que, passam na região de Comodoro Rivadávia, bombardeado isso, metade de Buenos Aires pára ou, Buenos Aires toda pára, etc…
Então é uma guerra em grande estilo que já não cuida das Malvinas, mas está cuidando da Argentina continental. Essa guerra só torna possível um auxílio à Argentina com desembarque de tropas russas. Não há outro meio. O desembarque de tropas russas será tolerado por norte‑americanos?
Depois veio outra notícia: não, os ingleses não bombardearam Comodoro Rivadávia, mas corre a notícia de que vão bombardear. Uma coisa a léguas diferente de ter bombardeado Comodoro Rivadávia.
Outra notícia: Reagan interrogado a respeito do que [é] que achava do início das hostilidades, disse o seguinte: é uma coisa que me causa muita surpresa. Como quem diz: esse início de hostilidades eu não esperava. Como causa surpresa se o fato é tão provável que ele até chegou a tomar atitude oficial, o que [é] que ele faria caso arrebentasse as hostilidades? Que surpresa é essa? Então um governo diz: “em caso de guerra eu farei tal coisa”. Depois arrebenta a guerra ele diz: “ah! Arrebentou a guerra?!”. Então por que você declarou? O que [é] que você fez?
[Chega o chá]
* No contato com um santo uma defesa contra o demônio; o ex. dos índios com o Beato Anchieta
Bem, eu acho que se nós dermos atenção ao que hoje foi lido como vindo do Canadá, de repente aparece aquele homem mesmo. Mas deixando bem claro que ele não é um homem e que vem [de] Discos Voadores. Agora nós sabemos que ele é um demônio.
Agora, nas almas assim conquistadas… e haverá almas com muito “Thau”, por algum lado, com muita boa disposição, mas sofrendo por negligência própria eflúvios do demônio. Haverá entre nós almas assim. O demônio começa uma ação telepática. Como é que nós nos defenderemos disso?
Eu não sei se os senhores sentem, ao mesmo tempo dois sentimentos: o primeiro é de muita alegria vendo a guerra que chega, mas em segundo lugar…
[Vira a fita]
…Nossa Senhora haverá de dar um meio para combater isso.
(…)
…o pobre está na rua, não tem dinheiro, alguém lhe dá dinheiro. O pobre diz a ele que está doente e alguém dá o dinheiro par ele ir ao médico. Ele vai ao médico e o médico diagnostica: “você tem tal coisa assim e eu vou lhe dar tal remédio, você toma esse remédio”. E dá de graça para o pobre. O pobre agradecido leva o remédio para casa.
Ele estando em casa diz: “quer saber de uma coisa, esse remédio não cheira bem e tem uma cor que não me atrai, eu não vou tomar o remédio, mas vou pedir a Deus que me cure, independente do remédio”. Não pode, não pode! Se Deus já proveu o estado dele dando‑lhe aquele remédio, ele não pode esperar que Deus por um capricho atenda‑o de outra maneira. Aí também a demonstração é de primeira evidência, é quase um pouco infantil também, mas é que eu quero repisar e deixar nesta clareza infantil.
(…)
E assim, se Deus punha ao alcance do índio, sensível às ações do demônio, no risco de cair debaixo das garras do demônio, o contato com o Bem‑aventurado José de Anchieta, esse índio não podia dizer: “eu prefiro rezar o exorcismo, mas não apelar para esse homem”. Porque Deus tinha manifestado claramente sua intenção que ele usasse daquele homem que Ele pôs ali no caminho do índio.
Oh! Fugit!
(Todos: “Nããããoooo!!”…)
São dez para as duas já, e creio que meu relógio parou. Que horas são, Edwaldo?
(Dr. Edwaldo Marques: Três e dez.)
(Sr. João Clá: Faltam cinqüenta e cinco minutos para três e dez; são duas e quinze.)
“Hahaha!”. Mas o meu está atrasado, são dez para as duas, o seu está marcando duas e dez, não é?
(Sr. João Clá: Duas e quinze.)
Duas e quinze. É perigoso, os senhores estão vendo que o meu relógio parou, [e] eu preciso ir andando logo.
(“Ooooohhhh!”… “nãooooo!”…)
Eu perdi o controle da hora.
Bem, para deixar tudo bem claro, eu não posso acreditar que pessoas… eu não acho, em primeiro lugar, que isso se dê necessariamente só nas relações de um santo de altar com um alma reta comum. Porque o que se diz eminentemente dos santos de altar, pode‑se dizer de um modo menos eminente daqueles que não são santos de altar.
Isso posto, é bem verdade que também com pessoas não santas pode se dar isso…
(…)
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