Conversa
de Sábado à Noite – 13/6/1981 – p.
Conversa de Sábado à Noite ─ 13/06/81 ─ sábado
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A Revolução não podendo arrastar o mundo pelas vias normais dos erros dela, promoveu o abobamento para evitar as cristalizações * Qual seria o resultado de uma cristalização para a Revolução * A Revolução necessitou baixar a clave de sua vitória: é a vitória dos abobados e não dos persuadidos * Essa situação dá proporção a uma intervenção de Nossa Senhora para separar os do Reino dEla * O Sr. Dr. Plinio vive na espera da restauração e na ourtogação do “thau” para o Opinião publica para a formação do Reino de Maria * Nossas imperfeições têm adiado a realização das profecias de Nossa Senhora; esse é o maior sofrimento do Sr. Dr. Plinio * Devemos nos tomar de medo por ser responsáveis por esse adiamento e pedir que Nossa Senhora nos transforme * Terrível situação de um dos nossos que passe para o Reino de Maria sem se converter * Para combater a bobeira, a necessidade de uma graça que seja um raio de luz sobre o “estandarte”
(Sr. –: Realmente não fomos fiéis à graça.)
Não.
(Sr. –: Mas, há um grau de fidelidade aí que fica um pouco nebuloso. Qual é o quadro de virtudes máximas que, praticadas, nos levam a estarmos à altura do quadro que o Senhor expôs hoje?)
(Não seria um reconhecimento de grandeza?).
* Uma luta espiritual a ser vencida especialmente pela habilidade
Para formar um juízo, eu precisaria ver o contexto, porque tanto a coisa pode ser vista como você disse, quer dizer, pode-de levantar essa questão, como também se podia ver se no contexto, não fala especialmente de uma luta a ser vencida especialmente pela habilidade.
Então, é por causa do contexto que a virtude seria mais ressaltada?
Ou é porque vale mais em si? Isso precisaria ver, não me lembro bem.
Se em arranjarem no São Bento o contexto…
Eu acho que sem o contexto fica um pouco difícil de a gente responder. Porque habilidade poderia ser a virtude da prudência que é uma virtude cardeal, pela qual a pessoa sabe por os meios necessários para chegar aos fins bons que tem em vista. Habilidade é um dos aspectos da virtude de prudência.
Mas, podia ser que fosse uma pessoa eminente na prudência. Mas é preciso ver o contexto.
Agora…
(…)
* Nossa situação de alma é como uma catedral que não é linda, mas que tem aspectos bonitos
Por isso [é] que eu disse: “Como que converter”.
(Sr. –: O senhor dizia converter para se tornar discípulo perfeito?).
Exatamente.
Agora, por que é?
É, em última análise, porque alguma coisa em nós mudou ao longo desses 10 anos, porque se o mesmo agente seria, o atual quadro produz em uma pessoa, em duas situações diferentes, produz dois resultados diferentes, é a diferença da situação interna que mudou.
O que é?
Eu acho que, onde as coisas chegaram não é possível a gente deixar de dizer com tôda clareza, embora seja desagradável. A catedral que não é um linda catedral, mas que tem aspectos bonitos.
E, vamos dizer, em certa estação do ano, todas as tardes, quando ele vê, vê entrar um raio de luz e ao mesmo tempo vê um homem do lado de fora que dá um sinal com uma sereia para indicar, na panificadora em frente, que é hora de tirar pão do forno, a idéia do vitral, a idéia do pão quente que ele precisa pegar, se associam. E ele já fica incapaz de apreciar aquele vitral.
Nós facilitamos, com nossa bala de goma, de tal maneira, que ficamos encharcados de coisas dessas.
[Entra a Sagrada Imagem, jaculatórias]
* Dentro de toda decadência o Sr. Dr. Plinio nota um certo progresso em alguns membros do Grupo
(Sr. –:Pode-se dizer que pelo fato de a pessoa ter recusado a visão primeira, como que a pessoa voltou para uma posição pior ainda do que saiu?).
Se a pessoa chegasse a recusar inteiramente é verdade. Conosco, graças a Nossa Senhora, não se dá isso tão inteiramente. Alguma coisa fica e nós, nesse ponto, notamos um relativo progresso dentro de toda decadência.
Então, você vê que… há uma certa coisa que é um fundo de seriedade que vai até onde deve ir, com um certo senso de sobrenatural, fé em última análise, coerência e força, solenidade — digamos esses aspectos juntos — formam uma qualquer coisa de conjunto que há uma ação — não sei se é “urigueleriana”, se é diretamente preternatural, se é uma ação de caracter cultural, não sei o que é, que arrepia o homem contemporâneo de maneira a ele não querer aceitar. E nós mesmos, quando vemos isso tudo no conjunto, procuramos não ver isso.
* A seriedade que o homem contemporâneo não gosta
Não há um nome para isso. Mas, tomem qualquer coisa dessa até o fundo, por exemplo, não tem dúvida nenhuma que esta forma de seriedade desagrada o homem contemporâneo. Gosta muito de seriedade nos negócios de dinheiro com ele, para vantagem dele.
Mas, essa seriedade que nunca brinca, que é séria até mesmo em algum pequeno gracejo, ele não gosta. É ou não é verdade que esse pessoal está imerso na brincadeira a mais não poder? Mas, imerso.
Dou a coisa por outro lado, vocês podem ver bem. É ou não é verdade que o ser brincalhão, o ser engraçado e divertido a qualquer título, é um cartão de visita para simpatias incomparável. Isso é uma coisa que entra pelos olhos.
Então, o contrário também é verdade.
* Um exemplo de fé ativa, que chega às últimas consequências e que as pessoas não gostam de ver
Também fé. Eu dou um exemplo curioso: Eu sei de uma pessoa que é católica, portanto, evidentemente devota de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, das várias invocações, ou das várias devoções que se deve ter para com Nosso Senhor Jesus Cristo, aquela que a gente vê que toca mais a pessoa, é a Sagrada Eucarística. Eu tenho visto uma ou outra pessoa comentar isto a respeito dele, que ele muito salientamente tem devoção à Sagrada Eucarístia. Mas, tomam como se fosse uma devoção como outra qualquer, não entendem que, por algum lado, é por excelência a devoção da fé.
Ver aquela superficiezinha de água com trigo e crer que ali está, que ali está não, essas são as espécies eucarísticas, mas que, aquilo é o Filho de Deus Encarnado, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, tão real em cada fragmento daquilo que está real no todo, está igualmente real em todas as partículas do mesmo sibório em em todos os sibórios da Terra ao mesmo tempo, isso é uma coisa que desafia toda experiência prática e toda impressão que a gente tem do possível.
Toda noção que nós temos da superioridade infinita de Deus, tudo isso desafia. E é, portanto, uma devoção que põe em jogo a fé, enormemente.
Aliás, foi exatamente o divisor das águas nas vésperas da Paixão, com os discípulos, etc., as pessoas não gostam de ver a fé ativa a este ponto, chegando às últimas consequências de si mesma, corajosa e preferindo aquilo por onde ela desafia mais e tendo entusiasmo por aquilo, não gostam.
Ããã, ããã, ããã, mas não lhes agrada. Ou ao menos sub-agrada, muito menos do que deveria ser.
Depois vocês tomam também coerência, forma de raciocínio.
* A maior parte das pessoas de hoje em dia têm antipatia a qualquer argumento que não seja a favor dos interesses delas; não gostam de certezas
A maior parte das pessoas hoje, se a gente não dá um argumento a favor dos interesses delas, qualquer outra argumentação elas têm antipatia. A linguagem está encharcada disso. Uma palavra que até há pouco se usava muito, hoje está desaparecendo, vou dar um “palpite”, a respeito de tal coisa.
Um homem másculo, varonil, na maior parte das vêzes não tem um palpite que dar, ele vai externar uma convicção. O que é esse palpite? Palpite é um termo “plutot” caseiro que significa uma opinião a respeito da qual a gente está muito indeciso quando vai dar.
“Vou dar um palpitezinho”. Como palpitezinho? Você não é maduro, não está feito? Se você está vendo que está com todos os dados diante de você, como é que você vai dar um palpite? Tinha que dar uma opinião. Diga que você acha tais coisas, tome suas responsabilidades perante o fato. Vou dar um palpitezinho! O que é esse palpite? Isso encerra o vocabulário.
Essas certezas como estas que eu estou enunciando, não agradam.
Bem de solenidade, nem falemos. A época dos chinelos, das bermudas, é o contrário da solenidade de um modo tal que nem sei o que dizer.
Mas, isto está na ponta do tal enquanto tal. Por exemplo…
(…)
* A Revolução não podendo arrastar o mundo pelas vias normais dos erros dela, promoveu o abobamento para evitar as cristalizações
(Sr. –: O Senhor não podia repetir para o gravador?).
Respondendo a pergunta do Poli e do Guerreiro, eu digo que acho que a Revolução fez, promoveu o abobamento do mundo, como tenho dito várias vêzes porque ela notou que ela encontrava um obstáculo que não lhe permitia persuadir o mundo pelas vias normais dos erros dela e arrastar o mundo. Então ele provocou a bobeira.
Essa bobeira foi feita fundamentalmente para o seguinte: lembra-sse daquela metáfora da cobra, da [cauda], etc., se ela continuasse a ir para frente, ela determinaria, ela teria cristalizações. Se ela parasse, a cabeça entrava em deterioração e ela estava liquidada.
Por meio da bobeira, essa alternativa dilacerante para ela é evitada, porque nenhuma nem outros reagem mais, ninguém reage, e ela não tem que temer as cristalizações porque as cristalizações não se darão.
* Qual seria o resultado de uma cristalização para a Revolução
Na primeira hipótese das cristalizações, da cabeça e [cauda] de cobra, etc., o esquema era: A serpente não pode deixar de mover-se .
Movendo, determinará cristalizações. Com essas cristalizações virem uma centelha de Nossa Senhora que, entre os cristalizados, acenderá muitos para o Reino de Maria, preservará na Bagarre e levará para o Reino de Maria. Então, a cristalização era uma operação preparatória para agravar a crise dentro da serpente e para determinar, para preparar muitos para se conduzirem durante a Bagarre e irem para o Reino de Maria. Isto era a cristalização.
* A Revolução necessitou baixar a clave de sua vitória: é a vitória dos abobados e não dos persuadidos
Agora, a serpente, vendo essa situação, baixou de clave sua vitória. Não é a vitória dos persuadidos, é a vitória dos abobados. Baixando de clave a vitória, essa baixa de clave, entretanto, pelo processo natural empregada por ela, pela Revolução, deixou em determinado momento de ser uma mera anestesia, para se transformar num vício.
Como tantas vêzes acontece com as anestesias. E hoje em dia, milhões, milhões e milhões de pessoas estão viciadas na bobeira e nisto pioraram em relação ao que era no tempo da cobra com a cauda, aquela coisa toda, nisso elas pioraram.
* As pessoas se viciaram e querem a bobeira
De outro lado, é verdade, entretando, que a Revolução continua na impossibilidade de tocá-las a não ser dentro do abobamento. Elas querem o abobamento. Já não são mais vítimas inocentes, mais ou menos inocentes do abobamento. Elas o querem. Mas, elas não estão no estado de, acordando, optarem pela Revolução. Aí vêm toda a história da serpente, vêm a lenga-lenga de novo.
Isso está na maior coerência, portanto, com os panoramas que anteriormente nós vimos apresentando. É um desdobramento normal dos panoramas anteriores.
* Essa situação dá proporção a uma intervenção de Nossa Senhora para separar os do Reino dEla
Agora, tem que, como o número dos que se viciaram com a bobeira é um número colossal, estão muito aderentes à bobeira, assim como a bobeira foi um artifício preternatural usado para ilidir a questão, ilidir a tensão entre a cabeça e [cauda], assim também está na ordem das proporções uma certa interferência de Nossa Senhora tão marcante quanto é marcante esse artifício. Que, portanto, destrua tudo quanto possa ter entrado de “ureguelerização” disso, daquilo, daquilo outro, em certo momento tem que modificar. E aí Nossa Senhora separa um número menor, creio, mas separa muitos para o Reino dEla.
(Sr. –: Sem isso não há Reino de Maria).
Do jeito que está não pode. Agora, esses que vêm, veja bem a coisa em função da Igreja — já não são filhos da “heresia branca” porque a estrutura se destruiu a si própria, não são filhos do stablishment, ele se destruiu a si próprio.
Eles são filhos do que?
Eles são filhos de um vazio e de um raio, de um relâmpado.
Um relâmpago providencial.
* Nessa atual situação de abobamento como a Providência poderá atuar
Voltando hoje de Jasna Gora eu dizia aos três rapazes que estavam comigo no automóvel que haverá um determinado momento em que a Providência — eu amplio um pouco o que disse a eles — de duas uma: ou, nós, por não termos outra coisa para fazer, no escuro e na poluição, movemos mais uma vez o estandarte mas a Providência, deita, ao mesmo tempo um raio que ilumina o estandarte e quem vê, quem tiver que ver, vê; ou é o contrário, a Providência deita um raio, nós pegamos a ocasião e movemos o estandarte.
Mas, o binômio, o raio e o estandarte, esse é o binomio da hora.
E a gente sabendo ver é uma linda situação. A seu modo faz panorama. Naturalmente, não é um panorama verdinho, bonitinho, porque é bobagem. Um panorama sério, de tragédia, etc., etc., mas faz panorama. A gente querendo ver faz panorama.
(Sr. –: Diante disso, o que é a Igreja? A gente vê que o anseio do senhor, no início do apostolado era de que os católicos fossem o que deveriam ser, anti “heresia branca”, que vissem com toda naturalidade, por exemplo, aquele primeiro discurso do senhor a respeito de Maria Antonieta. Então, a Igreja, que vem agora, renovada não seria nessa linha?).
* Situação da Igreja até o Concílio: progresso em alguns pontos, decadência em outros
Eu acho que você tem razão, quando eu disse exatamente que esses seriam reuniões por essa fagulha não seriam filhos da “heresia branca”, eu entendia isso, eles não teriam essa continuidade de engratidões, de insensibilidades por tudo quanto a Igreja tem, que fala disso e que ele não querem ver.
Combatem, detestam, são o contrário. É bem isso.
Quer dizer, eles, à maneira deles, foram semi-fiéis com a Igreja, foram córneos com a Igreja. Enquanto progrediam em alguns pontos, eles foram retrogredindo em outros e acabou dando no Concílio.
Veja, por exemplo, a situação do Concílio Vaticano I, definindo a infabilidade papal, mas Santo Antonio Maria Claret dizendo que ali se revelava, em outro aspectos, uma tal decadência da Igreja que se ele fosse padre novo, iria morar na América, porque a Europa estava liquidada. Isso em 1870.
Quer dizer, apesar da infabilidade papal, quer dizer, crescendo por alguns lados, estava liquidada.
(Sr. –: A gente tem a impressão de que, quando a estrutura visse a “terna menina nos braços de um varão”, aí a coisa partiria.)
É. Isto é a morte de “Jesabel”. É a morte da Revolução. Essa é a morte da Revolução.
(Sr. –: Como isso se daria?).
Isso não sei, porque acontecimentos intermediários chegaríamos até lá, não sei. Eu acho que é alguma coisa prevista a mais não poder e de desmaiar de imprevista. Não sei como é também.
* O Sr. Dr. Plinio vive na espera da restauração e na ourtogação do “thau” para o Opinião publica para a formação do Reino de Maria
(Sr. –: O demônio conseguiu uma coisa impressionante, como o Senhor disse, que foi transformar a anestesia da bobeira em vício. Agora, isso tem que supor do lado de Nossa Senhora um revide que Ela ainda não deu ao senhor. O senhor está esperando essa graça?).
Sim, eu vivo à espera dessa graça, como outrora eu vivia à espera do “thau”, vivo à espera da restauração do “thau”. Essa graça importa na restauração e na outorga do “thau” a muitos. Restauração em muitos e concessão do “thau” a outros. É claro que muitos se salvarão sem “thau”, será a boa gente do Reino de Maria, não tem diretamente “thau”. Mas, falo o “thau” no sentido amplo da palavra.
* Nossa Senhora em sua saberdoria alterou alguns prazos da história como Deus fez com Ninive; exemplo das aparições em Fátima
Agora, dizer daí que isto é muito próximo ou não, isso não posso garantir nada. Pela razão seguinte: Eu tenho a impressão de que, no curso dos acontecimentos, várias vêzes Nossa Senhora, por assim dizer, marcou prazos e o curso dos acontecimentos humanos fez a Sabedoria dEla alterar os prazos marcados.
Vou dar uma coisa que parece desconcertante, mas duas coisas que explicam isso: A primeira é aquela coisa de Jeremias, aquele episódio de Jeremias em Nínive. Jonas, digo. Previu que Nínive iria desaparecer, ser castigada, Nínive se converteu, ele reclamou, era condicional, eles se converteram, não tem.
Mas, há um coisa muito curiosa na revelação de Fátima e muito ilustrativa a esse respeito. É o seguinte: Nossa Senhora marcou para um certo dia o aparecimento dEla, depois não apareceu. E foi porque a polícia prendeu os meninos naquele dia.
Ora, Ela tinha que saber, quando marcou, que a polícia prenderia os meninos. É mesmo uma objeção que se pode fazer às revelações de Fátima. Mas, eu acho que essa objeção se destrói esplendidamente entendendo nós que o cumprimento de onda em que essa revelação tem que ser vista, é na linha Jonas-Nínive, de uma coisa que, conforme os acontecimentos humanos, é mais adiada ou menos. Realiza-se, mas é adiada ou menos.
O que se deixa entrever no episódio polícia. E o episódio toma um sabor extraordinário aí. Extraordinário. Fica muito bonito o episódio.
Eu acho, por exemplo, que não conviria o Borelli colocar isso numa nova edição que fizesse, do esplêndido trabalho dele, porque eu acho que o público não compreenderia isso logo à primeira vista e pediria explicações sem fim, no ajustamento disso, etc. Mas, a meu ver é um dos sinais mais característicos dessa revelação é isto conjugado com a demora em virem os acontecimentos.
* Nossas imperfeições têm adiado a realização das profecias de Nossa Senhora; esse é o maior sofrimento do Sr. Dr. Plinio
É muito bonito, tem todo um sentido especial. Então, eu não sei quando é que Nossa Senhora permitirá. Acho que está muito condicionado à nossa própria atitude. E acho que nossas imperfeições tem adiado a realização da profecia.
(Sr. –: Já que a coisa caminhou até onde caminhou, e os que deveriam ser fiéis não foram, a coisa chegar até um extremo total, não tem uma importância grande para o Reino de Maria?
Tem, mas eu fico na dúvida se isto é a maior glória dEla ou se a maior glória dEla não teria sido de isso ter despencado muito tempo antes. Fica-se dolorosamente perplexo. E eu digo: Dos vários sofrimentos que eu carrego, nenhum me faz sofrer como esse, nem de longe. Se eu tivesse certeza de que nenhum de nós — eu em primeiro lugar — temos responsabilidades por esses adiamentos, eu tenho a impressão de que remoçava pelos menos 10 anos, logo de cara.
Porque você compreender o seguinte: infortúnio maior do que esse, de ser responsável por esses adiamentos, é difícil exprimir.
Quer dizer, eu sei bem que nós não ligamos para isso, mas se nós medíssemos o que isso significa, é da gente ficar sem saber o que dizer.
(…)
* Devemos nos tomar de medo por ser responsáveis por esse adiamento e pedir que Nossa Senhora nos transforme
Cabe-nos tirar da conversa vários conceitos. Mas, um proveito que está na linha da pergunta que você pos é nós tomarmos o mêdo, mas o mêdo vivo e real de sermos responsáveis por esse adiamento.
Como não ter mêdo disso?
E pedir a Nossa Senhora que nos transforme. Eu peço duzentas vêzes por dia isso, não sei quantas vêzes, clamo isso continuamente.
Se vocês eu eu tivermos qualquer responsabilidade por isso, que Ela nos ajude, nos proteja, que nos socorre, que nos tire de dentro disso à qualquer preço.
A partir disso, sendo nós como devemos, qual é o relâmpago e qual é o estandarte, isso salta aos olhos.
* Exemplos de infidelidades do Grupo em coisas relacionadas ao cerne da vocação
Por exemplo, como foi uma bolha que estourou no Grupo sem levantar maior comentário, a paralização, a suspensão dos trabalhos da comissão de Opinião Pública e, por mais que eu fale, que dificuldade em fazer o Grupo compreender que se deve interessar pela Opinião Pública. Não querem compreender.
(Sr. –: Está no cerne da vocação.)
No cerne mas não querem. É terrível.
(…)
Isso não entra na cabeça de ninguém: O discernir dos estados de espírito individuais, tem menor valor do que conhecer a Opinião Pública.
Eles, entretanto, elogiam muito — muito… digamos — desse discernimento individual e o coletivo não tem noção do que vale. Não se interessam. E é o âmago, o cerne da vocação. O cerne, vamos dizer bem direito, da missão. É o cerne da missão. A vocação tem uma missão, a missão é essa.
O suco da glória de Nossa Senhora, que por sua vêz é o suco da glória de Deus, é isso. Está bem. Não se interessam. Acabou-se. Não adianta, pode falar, pode fazer o que quiser, não me interessa.
Meus caros, conversamos uma enormidade. E o tempo foge irreparavelmente. Acho que tivemos uma conversa muito profeitosa. Não é meu Fernando?
(Sr. Fernando: Muito curta.)
Ahahah!
(Sr. –: Pergunta.)
* Ter confiança: o estandarte não deixou de existir porque está na escuridão. Nossa Senhora o iluminará na hora H
«USN»É isso, ter uma confiança em Nossa Senhora, nas trevas.
A gente não pensar que o estandarte deixou de existir porque a gente não o vê na escuridão. Nossa Senhora o iluminará com o raio da hora H.
(Sr. –: E sofrer o isolamento que o estandarte sofre).
Isolado ao pé da letra.
(Sr. –: Não se pode partilhar outro teto que não seja o do estandarte).
* Terrível situação de um dos nossos que passe para o Reino de Maria sem se converter
Ah! Não. Isso a gente sente bem se a gente imaginar o seguinte: o Reino de Maria — imagine essa situação — vir o Reino de Maria e um dos nossos ser, não perseverar e ser permitido que atravesse a Bagarre e fique vivo sem se converter depois da Bagarre e seja apontado como o homem que foi chamado e recusou. Que vergonha esse homem teria da própria situação!!! Esse homem era capaz de ter tentação de suicídio.
(Sr. –: Que diferença que tem com agora?).
É que a pessoa imaginando isso, compreende melhor a torpeza da situação que está agora. É para medir a situação que está agora. É um modo de medir.
A situação dela é essa. Mas, esse é o modo de poder medir bem.
Bom, meus caros, eu acho que vocês devem estar cansados, e querendo ir deitar.
(Sr. –: Queremos o estandarte).
Queremos Nossa Senhora. “Pulchra et luna, electa ut sol, terribile ut castrorum acies ordinata”.
(Sr. –: Quando perguntei se pelo fato do demônio ter dado um lance ousado, simetricamente Nossa Senhora daria uma graça, não entendi bem.)
* Para combater a bobeira, a necessidade de uma graça que seja um raio de luz sobre o “estandarte”
É isso. Deus não está, na sua onipotência, não está vinculado de tal maneira a essas simetrias, mas é o normal. Se não for isso, é para alguma coisa mais excelente do que isso.
E quando falei, há pouco tempo atrás, do lado da bobeira, assim como o demônio da bobeira, assim Nossa Senhora deveria dar uma graça que seria o tal raio no estandarte, eu estava respondendo sua pergunta.
(Sr. –: Essa graça do São Bento…).
Não, não, ela é um sinal precursor, é uma coisa que nos convida a todos nós, o desenvolvimento natural dela dá nisso. É um precursor muito bom, muito convidativo, talvez não tenha havido melhor na história do Grupo, isso é outra questão para estudar. Mas ela, de si, ainda não é isso. Se quiser é a aurora, mas ainda não é o dia.
(Sr. –: Daí a teoria das demoras que pode se dar devido nossa atuação.)
Exatamente, é isso.
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