Santo
do Dia – 5/10/69 – Domingo .
Santo do Dia — 5/10/69 — Domingo
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Leitura de textos sobre a fase do Terror na Revolução Francesa * O que o demônio promete é precisamente o que vai tirar; nas atrocidades da Revolução Francesa se vê claramente o aspecto satânico desta * Inspirado pelo ódio, o revolucionário percebe a reversibilidade entre aristocracia e religião — A profanação de Hóstias e a aclamação de um “deus” republicano * O espírito do ódio revolucionário manifestado na Revolução Francesa não só é o mesmo de nossos dias, mas foi se tornando cada vez mais radical
Hoje dia cinco de outubro não há santo em nosso calendário. Nós vamos estudar portanto uma das fichas de ódio contra-revolucionário. É uma ficha tirada do livro de história universal de João Batista Weis.
* Leitura de textos sobre a fase do Terror na Revolução Francesa
Para aumentar na população a sede de sangue, durante a Revolução Francesa isto, que houve contra o cristianismo anunciava-se para o dia dez de novembro em que [Don Chounné?] começou a profanação dos templos em Paris uma festa em honra de [Charmier], o deus salvador como uma festa da razão. [Charmier?] fazia o papel de salvador portando do gênero humano.
Eu mesmo nem sei quem é esse [Charmier?]. Talvez o professor Fedeli saiba.
(Professor Fedeli: É que é um revolucionário que cometeu grandes atrocidades em […inaudível] era quase comunista o [Charmier?]. Até não se […inaudível] comunista claramente porque morreu antes, foi assassinado. Foi realizado um festa em homenagem a ele eu creio que depois da morte dele.
Agora teve outra festa anterior à morte que é uma das duas foi considerado […inaudível] espécie de [ramenzoni?.)
* O que o demônio promete é precisamente o que vai tirar; nas atrocidades da Revolução Francesa se vê claramente o aspecto satânico desta
Os senhores estão vendo, portanto, é um verdugo, é um homem que cometeu atrocidades até que foi considerado “deus”.
E a festa dele, isso é bem uma coisa do demônio, foi um dia de festa da razão. Mas isto assim é bem o demônio: “vou dar a você a independência de sua razão”, tenha a certeza que é o que ele vai tirar, não é?
Então a festa da razão é pegar um criminoso e aclamar como deus, isto é a razão as coisas se passam assim.
E na madrugada troaram os canhões em honra do novo deus. As oito horas começaram os roubos de todos os vasos sagrados de […inaudível] a destruição de todas as imagens e estátuas das igrejas, aniquilação de todas as coisas que poderiam sustentar um sentimento de devoção.
As hóstias consagradas foram atiradas ao chão e calcadas aos pés. Logo começou a grande procissão em honra de [Charmier?] ia a diante a música militar depois quatro jacobinos?…
Jacobinos os senhores sabem que são espécie de comunistas do tempo.
… levaram um formoso palanque com o busto de [Charmier?].
Ia de outro lado uma urna que iam suas cinzas.
Ele portanto tinha morrido.
E de outro lado uma pomba em que se dizia que ele tinha [ilegível] no cárcere e tinha tido com ele as suas últimas alegrias.
Uma [bomba?] de ciubista. O que é que é um ciubista? Espanhóis. Ciubista, “c, i, u, b, i, s, t, a”.
(Professor Fedeli: Deve ter havido algum engano. Dever ser clubista)
Há! Clubista. Está mal datilografado. Uma bomba de clubista é uma bomba do clube de jacobinos; perfeitamente aqui houve um erro de datilografia.
E de mulheres de lo ultimo, não quero qualificar, iam gritando continuamente:
Abaixo os aristocratas, viva a república, viva a guilhotina.
* Inspirado pelo ódio, o revolucionário percebe a reversibilidade entre aristocracia e religião — A profanação de Hóstias e a aclamação de um “deus” republicano
Os senhores estão vendo bem como eles entendiam o eixo das coisas não é?
Eles [fizeram?] uma festa em que ao mesmo tempo que profanaram as hóstias e quebram as imagens eles gritaram abaixo a aristocracia e viva a guilhotina, isto para adorar o novo “deus”.
Agora a muito católico que a gente fala de aristocracia: “Ah! Não sei o que é que tem isso com a religião”. O outro sabe, o demônio sabe, o bandido sabe. O católico não sabe. Isso é a miséria das coisas.
…depois vinham os profanadores das igrejas com as insígnias dos bacantes e a […inaudível] dos demônios iam bebendo se embriagando usando os vasos sagrados, os cálices sagrados. No meio deles, eles traziam um asno com uma mitra de bispo na cabeça uma capa pluvial nas costas, um crucifixo, um Antigo e Novo testamento pendurados no pescoço. Levava também uma estola
Atrás do asno vinham três comissários da Convenção. Quer dizer, três representantes da comissão: Fouché, Callot Dubois e Laport, com ares devotos para estimular risada, debaixo de um pálio como se usa na procissão do Santíssimo Sacramento.
Uma escolta militar encerrava a procissão, se movia por muitas ruas até a praça [Decor?]. Ali se tinha erigido sobre uma elevação um novo altar. Sobre o qual se colocava com veneração para ser adorado o busto de novo deus [Charmier?].
Formou-se um círculo em torno do altar do qual saiu, um depois de outro, cada um dos comissários da comissão dobrou o joelho e desse uma oração no sentido da nova religião do assassinato. E a oração e essa:
* A oração blasfema de um dos principais corifeus da Revolução Francesa
Essa é a oração de Callot Dubois que é um dos principais da Revolução Francesa.
“Deus e salvador, olha a nação prostrada a teus pés pedindo-te perdão pelo ímpio crime que pôs fim à vida do mais virtuoso dos homens. Tu hás de ser vingado nós. Te faremos pela República”.
Fouché suspirou primeiro e depois pronunciou essas palavras.
Fouché era padre apóstata.
“Mártir da liberdade, os canalhas te sacrificaram. O sangue dos criminosos é a única água lustral que pode expiar a tua alma com razão [ilegível].
“[Charmier?] nós te juramos diante de tua imagem tomar vingança de tua execução. [ilegível] o sangue dos aristocratas te perfumará como um incenso”.
E o [ignóbil?] Laport beijou com veneração a fronte da imagem e só disse: “morte aos aristocratas”.
Logo se pôs fogo a um turíbulo e se incensou a imagem daquele mostro.
Todos jogaram ao fogo então crucifixos antigos e novos testamentos e se deu beber ao burro com um cálice. Se deitaram na terra, jogaram no chão hóstias sagradas e se as calcaram aos pés.
Eu consegui tirar do meio dos objetos profanados um objeto sagrado que eu queria guardar…
Quem é o autor dessas memórias?
…para evitar que a multidão a profanasse.
* O espírito do ódio revolucionário manifestado na Revolução Francesa não só é o mesmo de nossos dias, mas foi se tornando cada vez mais radical
Bem eu acho que para os senhores não é muita surpresa talvez que a Revolução Francesa tenha cometido esses horrores.
O que os senhores precisam pensar é o que se passa nos nossos dias de hoje.
Quer dizer esse espírito não mudou. A Revolução Francesa não pode ser vista como uma explosão de loucuras que acabou e que depois dela passaram cento e cinqüenta anos de paz. Mas pelo contrário o espírito da Revolução Francesa foi se tornando cada vez mais radical, cada vez mais intenso.
As suas crueldades foram-se repetindo nas revoluções engendradas pela Revolução Francesa. Para não exemplificar outras, a Revolução Comunista russa de 1917 e tantas outras revoluções comunistas que tem havido por aí.
Os senhores encontram ainda uma manifestação dessa crueldade no rapto de que o embaixador dos Estados Unidos fora objeto. Quer dizer, os senhores querem uma coisa mais, para simplificar os dados, uma coisa mais nefanda do que isso?
Quer dizer, é um homem do qual não consta que tenha cometido nenhum crime.
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