Santo
do Dia (Auditório da Santa Sabedoria) – 30/7/1968 –
3ª-feira – p.
Santo do Dia (Auditório da Santa Sabedoria) — 30/7/1968 — 3ª-feira
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Devoção às almas do Purgatório; rezar a elas que nos auxiliem; máximas de Santo Inácio; aplicações atualizadas; desconfiar dos maus quando elogiam reformas na Igreja; também quando fazem algo de bom devemos desconfiar; eles usam conosco essa tática: rejeitam-nos em toda medida.
* Devoção às almas do Purgatório * Pontualidade no acordar * Máximas de Santo Ignácio de Loyola * Quando os maus elogiam novidades na Igreja, desconfiem * Igreja, sociedade sobrenatural * Desconfiar da boa ação dos maus * Tática de nossos adversários:rejeitar tudo da TFP
Santo Ignácio De Loyola
* Devoção às almas do Purgatório
… [faltam palavras] …para acordar na hora certa, é para as almas do Purgatório. Não sei se os senhores fizeram essa experiência, é uma coisa extraordinária. Eu me lembro que eu já recomendei aqui. É só dizer o seguinte: se eu me acordar na hora, eu rezo três “Ave Marias”, ou eu rezo uma jaculatória, por exemplo, Sagrado Coração de Jesus, sede meu Amor, Imaculada Coração de Maria, sede minha salvação. Cada uma dessas jaculatórias tem 300 dias de indulgência. Eu rezo, por exemplo, três, ou três “Ave Marias”, para libertação das almas do Purgatório. Os senhores acordam mesmo.
* Pontualidade no acordar
Eu me lembro que, quando eu era estudante eu tinha muita dificuldade de acordar para ir para a aula, e então eu dei de fazer essa jaculatórias. Eu acordava tão pontualmente , que eu deixei de fazer a jaculatória. Porque a gente acorda com naturalidade, sem sono levanta-se com um pouco de sacrifício, mas pode perfeitamente levantar. Só não levanta quem não quer. Eu não queria, infelizmente. Eu bato no peito. Eu ainda não era Congregado Mariano quando isto aconteceu, mas tal é a pontualidade da coisa.
* Máximas de Santo Ignácio de Loyola
Bem, vamos ver rapidamente um pensamento qualquer para o Santo do Dia. Algumas máximas de Santo Ignácio de Loyola.
Ao invés de reprovar aquilo que está em uso na Igreja Católica, deve-se sempre ter razões prontas para defender este uso contra os ímpios e os libertinos.
Refere-se aqui o que é de uso tradicional na Igreja. A gente poderia quase acrescentar mais um dado, quando aparece na Igreja uma coisa nova, em contradição como todo o antigo, e quando a gente vê os ímpios e os libertinos aplaudirem, a gente deve ficar quieto e não deve elogiar. É o contra-peso do que nós acabamos de ouvir.
* Quando os maus elogiam novidades na Igreja, desconfiem
É uma coisa curiosa como muitas coisas inovadas na Igreja agradam a gente ímpia e libertina e como eles elogiam. Por exemplo, essa história de reduzir o número de imagens nos altares. Olhem que existe realmente alguns altares com demais imagens, é verdade, não há uma “coluninha” onde não haja uma peanha com uma “imagenzinha”. Houve um pequeno exagero disso, no que fazem um cavalo de batalha absolutamente despropositado e ridículo. Os senhores vão conversar com gente de mau espírito, eles dizem: não, é muito importante! É para o bem da própria Religião! Etc., etc… Eles, que atacam a Religião, se tomam de repente de um zelo pelo bem da própria Religião. Quando a gente vê os maus aplaudirem algo, dizendo que é para o bem da Religião, desconfiem. Porque a tristeza das coisas é que em geral os maus percebem melhor o que é nocivo para a religião, do que os bons percebem o que é vantajoso.
Bem, outra máxima de Santo Ignácio:
Por mais iluminados que sejamos, jamais devemos julgar as coisas divinas com vistas humanas!
* Igreja, sociedade sobrenatural
Naturalmente, quer dizer, por mais que a pessoa seja culta, inteligente etc., não deve julgar as coisas de Deus, as coisas da Igreja, tomando em consideração apenas à ordem natural das coisas. A Igreja é uma sociedade sobrenatural, e ao sobrenatural, antes de tudo, que deve ser tomado em consideração.
Outra máxima:
Tudo aquilo que vem dos heréticos, deve ser suspeito, os livros sobretudo, por melhores que sejam, porque quando se lê um livro de um homem mau, nós nos afeiçoamos insensivelmente ao autor, até crer algumas vezes que tudo aquilo que ele escreveu é razoável e ortodoxo.
* Desconfiar da boa ação dos maus
Esta é uma regra sapientíssima, quer dizer o seguinte: mesmo com as coisas boas dos homens maus, nós devemos ter desconfiança, porque a gente aplaude aquilo, acaba com simpatia pelo homem. Acabando com simpatia pelo homem, acaba com simpatia pelos erros do homem, e começando por amar o homem, a gente acaba amando os erros do homem, e aí pos senhores vêem muito bem apanhando o perigo desse falso Ecumenismo que corre por aí. “Não, nossos irmãos protestantes”, eu ouvi de um Bispo isto. Disse: “é, esteve aqui um ex-protestante que me cantou umas canções protestantes tão bonitas, eu até fiquei comovido”, está compreendendo? Naturalmente esse Bispo ouvindo: Tradição, Família, Propriedade! — ele fica… “não, isto não presta, [Isto] vem daquela gente” etc., etc.
* Tática de nossos adversários:rejeitar tudo da TFP
É engraçado o seguinte: todos os nossos adversários praticam contra nós a máxima que Santo Ignácio mandava praticar contra os hereges. É uma coisa curiosa. Nós praticamos contra os hereges as máximas que os nossos adversários praticam contra nós. Por exemplo, os senhores já ouviram alguém dizer: Eu não gosto da TFP, mas acho “Catolicismo” um jornal admiravelmente paginado? Não tem saída. Os senhores já ouvirem alguém inimigo da TFP dizer: eu sou católico-progressista, mas presto homenagem a esses lindos estandartes? — Não tem saída. Que dizer por que? Porque eles percebem que eles fazendo qualquer elogio a nós, elogiam também aquilo que há em nós e que eles não gostam. Porque que eles não aplicam a mesma regra com os Protestantes? É porque eles não se sentem separados dos protestantes. Eles se sentem separados de nós. Bom, “au revanche”, nós nos sentimos separados deles. E nesta certeza animadora, vamos pedir a Nossa Senhora que abençoe o nosso repouso de hoje e nosso trabalho de amanhã.
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Auditório da Santa Sabedoria