1ª Reunião após a doença de 1967 (Sede do Reino de Maria) 13/1/68 – p. 3 de 3

Primeira reunião após a doença de 1967 (Sede do Reino de Maria) — 13/1/1968 — Sábado

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A minha alma transbordou de gratidão para com Nossa Senhora no momento em que foi cantado aqui o Magnificat” * “A doença no começo se apresentou a mim como a nuvenzinha do Profeta Elias. Depois o horizonte foi tomado e caiu uma grande chuva” * “Não era a hora em que Nossa Senhora teria dito: ‘Eu feri o pastor e dispersarei o rebanho’?” * “A primeira lufada de esperança que eu tive foi quando entrou a imagem…” – O Senhor Doutor Plinio se emociona

* “É tal o tumulto das impressões, das reflexões, tal o sentimento das meditações feitas durante esses meses de provação que eu me sinto embaraçado de fazer um improviso”

Excia. Reverendíssima, meus caríssimos amigos, meu caríssimo Luiz.

Eu não contava com a oportunidade de responder a uma saudação nesta reunião.

Dado o caráter imprevisado da reunião, dado o fato de que ela se realizava quase que numa espécie de reunião de emergência, antes da retomada das reuniões normais, eu estava certo, pelo hábito de ser bem tratado pelos senhores, de que haveria uma saudação quando voltasse à Rua Pará. Eu não imaginava de nenhum modo que houvesse uma do Luiz.

E é tal o tumulto das impressões, das reflexões, tal o sentimento das meditações feitas durante esses meses de provação que realmente eu, pela primeira vez na minha vida me sinto embaraçado de fazer um improviso.

Me sinto embaraçado porque eu teria de pôr em ordem muito coisa, eu teria de alinhar muitas reflexões, eu teria de me referir a dedicação extraordinária de todos, mas depois eu teria de me referir especialmente a muitas dedicações que dentro do extraordinário se sobre-elevaram no extraordinário para merecerem quase a palavra de inaudita, eu deveria alinhar tudo isso para poder dizer o que me vai na alma no momento em que eu recebo dos senhores a primeira saudação.

* “A minha alma transbordou de gratidão para com Nossa Senhora no momento em que foi cantado aqui o Magnificat”

Eu passo por cima de tudo isso e apenas digo o seguinte: que a minha alma transbordou de gratidão para com Nossa Senhora no momento em que foi cantado aqui o Magnificat.

Realmente por cima de tudo e acima de tudo o que nos deve mover é um sentimento de gratidão e de reconhecimento em relação a Ela.

* “A doença no começo se apresentou a mim como a nuvenzinha do Profeta Elias. Depois o horizonte foi tomado e caiu uma grande chuva”

Quando eu adoeci, no começo a doença se apresentou para mim como a nuvenzinha do Profeta Elias. Quer dizer, como uma coisa que causava uma certa perplexidade, uma certa apreensão mas que era apenas uma nuvenzinha. Foi quando eu me senti mal e o Dr. Edwaldo apareceu em casa, e então eu usando uma expressão que o Pe. Fischer tivera para comigo a tarde, disse a ele: “Edwaldo, Pe. Fischer me disse hoje a tarde: ”, e ele vinha numa missão assim… numa função um pouco investigadora, um pouco inquisitorial para me obrigar a me tratar.

Depois, o horizonte inteiro foi tomado por essa nuvem e caiu uma grande chuva…

* “Não era a hora em que Nossa Senhora teria dito: ‘Eu feri o pastor e dispersarei o rebanho’?”

E eu me perguntei a mim mesmo o que que era isso. Se não seria afinal o momento – a cogitação me emociona demais – o momento em que Nossa Senhora cansada de mim, haveria de liberar a nossa alma.

Perguntei-me isso e era essa a minha grande aprensão e a minha grande angústia.

Ela é misericordiosa, Ela me ampararia até nessa extremidade, e eu morreria com os olhos postos na misericórdia d’Ela.

Mas me ficaria a dor de ser o responsável pelo fato desta obra não ser levada a pleno, porque talvez Ela não a levasse a pleno nestas circunstâncias.

Eu estou tão cansado de mim e eu quisera ser tão diferente do que eu sou, quisera ser tão melhor… [o Senhor Doutor Plinio se emociona e faz uma pausa].

E então me perguntava se não era a hora em que Nossa Senhora teria dito: “Eu feri o pastor e dispersarei o rebanho”.

Porque não sou só eu o infiel. Quantos de nós, quantos castigos merecia…

* “A primeira lufada de esperança que eu tive foi quando entrou a imagem…” – O Senhor Doutor Plinio se emociona

A primeira lufada de esperança que eu tive foi quando entrou a imagem… [o Senhor Doutor Plinio volta a se emocionar] …eu não consigo prosseguir, é melhor eu fazer assim: quando a gente não consegue falar, a gente… … diz mais….

Haverá uma ocasião em que eu possa falar de Nossa Senhora de Genazzano. Agora…

[O Senhor Doutor Plinio não consegue prosseguir.]

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