Santo
do Dia – 17/4/1967 – p.
Santo do Dia — 17/4/1967 — 2ª-feira
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Considerações sobre a epígrafe de São Galdino
São Galdino, bispo e confessor. Cardeal e bispo de Milão, entregou a alma a Deus depois de um sermão contra os hereges.
Que linda morte! Está aí como eu gostaria de morrer! Depois de fazer a coisa mais violenta de minha vida inteira contra os hereges, pronunciando as palavras “Nossa Senhora”, morrer. É como se deve morrer; no último lance de violência.
Como outros morrem de amor eu gostaria de morrer de ódio, morrer da violência; no fim, com a coisa pior possível, mais rigorosa, mais intransigente de minha vida, no ápice morrer. Isto me encheria a alma. Nossa Senhora disporá.
Recebi o seguinte recado: Dr. Plinio. Não havendo ficha para hoje, o Dr. Paulinho pediu que fosse encaminhado esse pedido de chilenor, que é comentar este trecho do ato de oferecimento de Santa Teresinha do Amor Misericordioso.
Como sabem, Santa Teresinha fez uma consagração de sua vida ao Amor Misericordioso. Aqui está um trecho que nossos amigos do Chile pediram que fosse comentado: “quisera consolar-vos da ingratidão do amor e suplico-vos tirar-me a liberdade de vos desagradar. Se por fraqueza cair alguma vez, que logo vosso divino olhar purifique minha alma… [ilegível] …todas as minhas imperfeições com o fogo que transformam todas as coisas. Agradeço-vos ó meu Deus todas as graças que me concedestes, em particular por me ter feito passar pelo cadinho do sofrimento. É com júbilo que vos contemplarei no último dia apanhando o cetro da cruz, pois que vos dignastes fazer-me partilhar desta cruz tão preciosa, espero no Céu contemplar-me a Vós e ver brilhar em meu corpo glorificado os Vossos estigmas da paixão.
Após o exílio da terra espero gozar de Vós na pátria, mas não quero acumular méritos para o Céu, quero trabalhar só para o Vosso amor, com o único fim de Vos agradar, consolar vosso coração sagrado e salvar almas que vos amem eternamente. Na tarde desta vida comparecerei então com as mãos vazias; pois não vos peço, Senhor, contar minhas obras. Toda a nossa justiça é manchada aos vossos olhos. Quero pois revestir-me de vossa própria justiça e receber de vosso amor a posse eterna de vós mesmo.
Não quero outro trono e outra coroa senão vós, é me bem-amado. O tempo é nada a vossos olhos, um só dia é como mil anos. Podeis, pois preparar-me nesse instante para comparecer perante vós. A fim de viver num ato de perfeito amor, ofereço-me como vista de holocausto a vosso amor misericordioso, suplicando-vos ao consumir sem
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