Os impropérios – 23/3/67 – 5ª feira . 13 de 13

Santo do Dia — 23/3/67 — 5ª feira

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Os impropérios

A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo está consubstanciada nos Impropérios * Cada passo da Paixão está ligado à nossa luz primordial e convida-nos a uma meditação especifica * Peçamos as graças superabundantes que os sentimentos expressos nos Impropérios inspiram às nossas almas * No pecado mortal estávamos sepultados na terra da morte, como os hebreus no Egito * Terra Prometida, pré-figura da Santa Igreja Católica e o maná pré-figura da Sagrada Eucaristia: por quais desses benefícios Me pregais numa cruz com teus pecados, ó filho meu? (pág. 5)* Ao mutismo de quem recebe os Impropérios, só cabe a atitude de contrição e a suavidade das músicas sacras temperando a amargura da contrição * Participando da graça capital do Redentor, nosso Fundador e Pai comenta o vinagre amargo da ingratidão * “O lugar que eu mais amo no mundo depois da Catedral de São Pedro é pia batismal da igreja de Santa Cecília onde entrei na Igreja Católica” * Chamado para o mais fértil dos solos da Igreja, que frutos tenho produzido nesta sacral vinha: generosidade, alegria, entusiasmo, dedicação? Ou tiradas de corpo, pecados, sabuguismo, tibieza? * Então o Vingador da Paixão de Nosso Senhor flagela os que açoitam a Igreja, para minha edificação, e eu o flagelo com minha tibieza? * O gládio inflexível da lógica pliniana exorcizando as manhas do sentimentalismo * Por meio da Vocação também adiante de meus passos Deus caminhou. Como correspondi a essa ternura infinita? (pág. 10)* Assim como a Historia é a mestra da vida, a Paixão do Salvador é a mestra da História: a apostasia da Cristandade européia e a tibieza do filão eliático repetem o drama do deicídio * Só do madeiro da Cruz é que desce o perfume da verdadeira alegria * O esplêndido equilíbrio da Igreja: do auge da compunção ao extremo da alegria, porque é sobretudo na Crucifixão que se manifesta a misericórdia infinita de Deus E neste momento então que a Face de Cristo se volta para nós, quer dizer, nós sentimos piedade, devoção considerando a Face de Cristo com a face de Nossa Senhora. * Se possuíssemos um pedaço de nossa própria cruz, como deveríamos adorá-la, guardadas as proporções como se adora o Santo Lenho!

* A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo está consubstanciada nos Impropérios

Como amanhã é sexta‑feira, nós desejamos já hoje, quando a Igreja medita em Nosso Senhor no sepulcro, e já começou a comemoração, passou a comemoração eucarística, e já começou a comemoração das dores d’Ele, eu tenho a impressão de que é oportuno nós cogitarmos em fazer uma reunião a respeito da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. E um dos mais belos modos de fazer a meditação sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, consiste em meditar esses impropérios da Semana Santa que fazem parte da liturgia e que são inspirados no Antigo Testamento. E esses impropérios, que são como que o suco da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. De que maneira e em que perspectiva? A Igreja é figurada nos impropérios que Nosso Senhor Jesus Cristo está falando para o povo quando Ele pergunta ao povo o seguinte:

Que mal Eu te fiz para você por esta forma Me perseguir? Ou que mal Eu te fiz a ti fiel, a ti povo judaico, a ti pessoa do século I, como do século XV, como do século XX, como do século, não sei se chegaremos até lá, XXV, que mal eu fiz para ser perseguido por esta força? Então, Ele vai lembrando de modo pungente todo o bem que Ele fez, então pergunta: é por causa desse bem que tu me persegues? Enfim, o que está no fundo da idéia é o seguinte: tornar patente aos nossos olhos a suprema injustiça do procedimento daqueles que atormentaram a Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas depois como Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu com os pecados dos homens daquele tempo e com os pecados dos homens de todos os tempos, e todos os nossos pecados tiveram presente a Ele durante a Paixão, e o fizeram sofrer naquela ocasião, então se aplica a cada um de nós. E nós num pensamento de piedade devemos imaginar Nosso Senhor presente a nós, mas Nossa Senhora como estava nos vários passos da Paixão, Nosso Senhor da agonia do Horto, Nosso Senhor flagelado, Nosso Senhor crucificado, Nosso Senhor morto, ou anteriormente a isso, Nosso Senhor carregando a cruz.

Nós devemos imaginar em cada passo da Via Sacra, por exemplo, Nosso Senhor que passa e faz essa pergunta para nós. Nos vários passos da Via Sacra a gente pode dizer que tem uma graça própria. Assim, uma é a graça que recebe aquele que medita a agonia de Nosso Senhor, outra é a graça que recebe aquele que medita em Nosso Senhor, por exemplo, coroado de espinhos, outra é a graça que recebe aquele que medita em Nosso Senhor sendo pregado na cruz, etc.

* Cada passo da Paixão está ligado à nossa luz primordial e convida‑nos a uma meditação especifica

Então, cada alma é atraída mais especialmente por um passo da Paixão de Nosso Senhor. É uma coisa ligada à luz primordial, é uma coisa ligada ao dinamismo que a vida espiritual tem em um modo espiritual a graça convida as pessoas para a vida espiritual, e é até uma coisa bonita, nós fazermos um esforço em nos preocupar­mos aos poucos em saber qual é o passo da Paixão de Nosso Senhor, que dizer mais à nossa alma, que é então que ele nos convida mais especialmente a meditarmos a respeito d’Ele. E se algum dos senhores já sabe definidamente qual é o ponto da Paixão que mais lhes fala à alma, pode imaginar Nosso Senhor nesse ponto da Paixão lhe falando, isto é, uma pura imaginação, uma coisa profundamente teológica porque em cada passo da Paixão Nosso Senhor de fato tinha esse pensamento, de maneira que não é uma concepção piedosa tirada do ar, mas é historicamente certo que não houve um minuto da sua Paixão em que Ele não tivesse este pensamento a respeito dos homens e a respeito de cada homem e a respeito, portanto, de mim e de cada um dos senhores que se encontram nesta sala.

* Peçamos as graças superabundantes que os sentimentos expressos nos Impropérios inspiram às nossas almas

E assim nós podemos ir tomando cada um desses impropérios que vão ser cantados na cerimônia de amanhã à noite. E na cerimônia que nos vai ser descrita daqui a pouco, nós podemos ir tomando cada um desses impropérios e verificando às nossas almas como é que isso confer, para tirar daí sentimentos de compunção, sentimentos de remorso, um remorso sem agonia, um remorso sem perturbação, é o remorso tranqüilíssimo, suavíssimo, amarguíssimo de São Pedro. Não é um remorso perturbado, agitado e horroroso de Judas, é um remorso cheio de confiança, é um remorso aos pés de Nossa Senhora, mas é um remorso. Remorso pelo que é o momento de nós fazermos uma introspecção para nos lembrarmos de nossa vida passada.

Cada um de nós, que pecados cometeu na sua vida passada? Que graças recebeu? Que uso fez dessas graças?

Depois considerar o estado presente de sua própria alma, no momento presente. O que é que eu estou dando depois de graças colossais que recebi? Graças que custaram pedaços de carne de Nossa Senhora e gotas de sangue d’Ele, e as chagas d’Ele e as lágrimas sem conta de Nossa Senhora?

Eu devo então perguntar no momento, no meio dessas graças todas que eu recebi, o que é que eu estou dando. Não haverá um recanto de minha alma que eu poderia dar e que eu não estou dando? Não era o caso de eu pedir a Nosso Senhor para ver isto, para saber o que é que me falta dar para eu acabar dando, ou se eu sei que é o momento de eu pedir a Ele, pelas chegas d’Ele, pelo pranto dulcíssimo, pelos gemidos amargos, pelo Consumatum Est da última agonia, pedir a Ele que tenha pena de mim e que me dë coragem de fazer aquilo que ainda não tive a coragem de fazer? Nós devemos nos lembrar de que a graça tem graus. Há graças suficentes que apenas basta para nós cumprirmos os nossos deveres, mas há graças abundantes, e existe até a graça superabundante, e essa graça superabundante como que nos arrasta onde nossa fraqueza é tão grande que nós não nos movemos com a graça suficiente nem com a abundante. Peçamos nesse momento a graça superabundante, é a hora da misericórdia, é a hora em que o Bom Ladrão, foi convertido, e que ele que não valia nada que era um malfeitor, entretanto, foi o primeiro santo canonizado.

De tal maneira foi grande a abundância da graça naquele momento. Pois bem, esse momento se repete na Sexta‑feira Santa. Em toda Sexta‑Feira Santa se repetem as graças do dia em que Nosso Senhor morreu.

Então, é razoável que eu peça a Nosso Senhor por meio de Nossa Senhora, que olhe por minha alma, e que dê a graça do Bom Ladrão, que me dê a graça de uma conversão imediata, fulminante, que me mude afinal de contas, como mudou o Bom Ladrão.

Estas considerações os impropérios aqui torna mais vivas torna mais pungente e então nós vamos aqui analisar o impropérios.

O primeiro impropério é o seguinte:

Povo Meu, que te fiz Eu? Em que te contristei? Responda‑me…

É Nosso Senhor quem diz. E vejam a ênfase do que é isto, advinhando o silêncio de quem não tem o que dizer, porque Nosso Senhor é perfeito, Ele não contristou ninguém e não fez mal a ninguém, advinhando o silêncio da pessoa a quem Ele se dirige, ele pede: responda. Como que fazendo notar, note que você não tem o que dizer, note o silêncio de tua boca, para notar até que ponto você deve se arrepender de seu pecado, e continua:

* No pecado mortal estávamos sepultados na terra da morte, como os hebreus no Egito

Porque eu te tirei da terra do Egito, preparaste uma cruz para o teu Salvador?

Realmente o povo judeu foi tirado por Nosso Senhor da terra do Egito. Eles eram escravos do Egito e Nosso Senhor os conduziu maravilhosamente através do deserto do Monte Sinai, até a Terra Prometida. Ele pergunta então aos judeus: foi porque Eu te tirei do cativeiro do Egito, que você está triste coMigo? Quer dizer, por causa deste benefício que você me odeia? Oh, meu filho, mas então quem é você que odeia Aquele que te faz bem? Esse é o pensamento que está no fundo.

Ora, a ida do povo judaico do Egito para a Terra Prometida, é um símbolo da conversão que nós temos do estado de pecado original no qual nascemos, para a ordem da graça para Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo, e depois é mais uma vez um símbolo de todas as nossas conversões.

Quantas vezes nós cometemos pecados mortais e estávamos com a alma morta. Se morrêssemos naquela ocasião teríamos ido para o inferno! Entretanto, Deus teve pena de nós e nos tirou desta Terra do Egito. Quer dizer, dessa sepultura, onde jazíamos mortos e nos restituiu a vida, a graça, a amizade d’Ele. Então a pergunta feita aos judeus cabe a nós também. É porque Eu salvei tua alma, é porque Eu tirei tua alma da lepra do pecado mortal, livremente contraído por ti, é por causa disto que tu agora me odeia?

Os senhores compreendem a pergunta pungente. Então a sua maldade é tão grande, chegou a tal ponto que você não só não olha para o benefício recebido, mas você me odeia, por causa do benefício que lhe fiz? Meu filho, veja o estado de tua alma e muda a tua alma. Este é o fundo do conceito.

* Terra Prometida, pré‑figura da Santa Igreja Católica e o maná pré‑figura da Sagrada Eucaristia: por quais desses benefícios Me pregais numa cruz com teus pecados, ó filho meu?

Porque Eu te conduzi quarenta anos pelo deserto, te alimentei com maná e te introduzi numa terra esplêndida, preparaste uma cruz para o teu Salvador. É mais uma vez a imagem da Terra do Egito tomada de outra maneira. O maná que foi dado aqui aos judeus, é um símbolo da Eucaristia e a pergunta para nós é essa: porque eu me fiz Hóstia, porque Eu assumi o estado que Eu tenho no Santíssimo Sacramento para habitar no meio dos homens e para entrar em cada homem por meio da Eucaristia, é por isso que tu me persegues? Porque eu te introduzi para a terra esplêndida, qual é a terra esplêndida aqui? É a Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana, é a terra perfeita, é a pátria de nossa alma. Então porque Eu te pus como filho da Santa Igreja a maior honra que o homem possa ter na terra a maior felicidade ser filho da Santa Igreja, por causa disso, tu Me persegues? Os senhores estão vendo, ponto por ponto, como veio a recriminação doce, mas ao mesmo tempo de uma lógica tremenda em que nós não temos o que dizer e que a possibilidade de nossa justificação desaparece completamente.

A única saída é nós mudarmos de vida, é nos ajoelharmos diante de Nosso Senhor e dizer: “eu pequei, tende piedade de mim.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, lavai a minha alma, tirai o meu pecado”. É a única solução que existe. Continuou depois: que mais te deveria fazer que não tivesse feito?

Veja a pergunta admirável, não é? Realmente o que é que mais Nosso Senhor poderia fazer por mim, que Ele não tivesse feito? Entre outras coisas inapreciáveis deu‑nos como Mãe a própria Mãe dele, não é verdade?

Então, o que mais Ele deveria ter feito? Nada, eu não tenho o que responder.

* Ao mutismo de quem recebe os Impropérios, só cabe a atitude de contrição e a suavidade das músicas sacras temperando a amargura da contrição

De Sua parte Ele me fala e do meu lado se advinha a resposta: sempre o mutismo. A única coisa que pode vir da minha parte, ou é um pranto ou é o ruído de meu punho batendo no peito, porque eu não tenho outra coisa a dizer, de fato eu pequei.

É, portanto, o cântico do pedido de Nosso Senhor da contrição. Ele pede a nossa contrição nesse cântico. E vai ser bonito os senhores ouvirem ser cantado pelo coro porque isso que parece de uma lógica um pouco amarga, entretanto, não é. A música soube colocar todas as inflexões da doçura e da súplica de Nosso Senhor Jesus Cristo, e é uma coisa tão tocante que valeria a pena, eu creio que não haverá tempo, acompanharem o coro, ouvindo cada um dos impropérios, de tal maneira toca à alma vê com que suavidade a música da Igreja canta o cântico de uma lógica, tão esmagadora, é um misto de força e de doçura que exprime bem a santidade infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Depois continua:

* Participando da graça capital do Redentor, nosso Fundador e Pai comenta o vinagre amargo da ingratidão

Qual vinha especiosíssima Eu te plantei e tu para Mim te converteste em excessiva amargura pois em minha sede Me deste a beber vinagre, e com uma lança atravessaste o lado de teu Salvador.

Isto é dirigindo aos judeus não é?

Quer dizer, o povo eleito foi plantado na terra prometida como uma vinha de grande qualidade, como o agricultor planta não uma vinha qualquer mas uma vinha de grande qualidade.

Agora, esta vinha que deveria produzir uvas doces, produziu uvas de uma amargura excessiva, de uma amargura que passa completamente da conta. É o seguinte: na hora de beber Ele teve sede, Lhe deram não água, mas vinagre, depois outra: com uma lança atravessando o lado do teu Salvador, aquela lança de Longinos furou o flanco d’Ele e tirou o último sangue. Quer dizer, foi uma coisa pungente, foi ferido o coração que é o símbolo do amor e o último sangue foi arrancado de uma ferida do coração e que a crueldade foi levada até onde podia ter sido levada, e esta crueldade foi de todo povo judaico.

* “O lugar que eu mais amo no mundo depois da Catedral de São Pedro é pia batismal da igreja de Santa Cecília onde entrei na Igreja Católica”

Agora, sempre acontece que isso é prefigurativo e que tem cabimento para as nossas almas. Em que sentido tem cabimento? Eu fui uma vinha que Nosso Senhor plantou na terra preciosíssima que é a Santa Igreja Católica. Sempre que eu vou à igreja de Santa Cecília, eu gosto de olhar e às vezes para rezar no lugar que eu mais amo no mundo depois da Catedral de São Pedro, e é o meu batistério, está ali a fonte batismal aonde eu entrei na Igreja Católica.

Quer dizer, ali me foi feita esta graça que é a vida de todos nós. Eu ali me tornei católico, eu fui posto nesta terra. isso vale muito mais do que dez mil terras prometidas.

A Igreja Católica é a terra para a nossa alma, não é? Eu fui posto lá e eu deveria produzir para Nosso Senhor, frutos de doçura, quer dizer, eu deveria cumprir os Mandamentos d’Ele, eu deveria amá‑Lo, eu deveria obedecer a Ele inteiramente, eu não deveria ter tido nem um olhar, nem um pensamento que por um minuto me afastasse d’Ele, mas não foi essa a minha vida, eu cometi ações contrárias a Ele, eu pequei, eu me transformei na uva amarga que pega mal ao agricultor cuidadoso. Pior, eu também fiz isto na hora em que Nosso Senhor me pedia que na amargura da posição d’Ele, eu desse a Ele ao menos a água para beber de uma reparação límpida, nesta hora precisamente eu não fiz isto e em lugar de fazer isto eu pequei.

Quer dizer, Nosso Senhor está pregado na cruz, a água para ele seria minha reparação, seria minha consolação, e ou dou sempre essa consolação, ou eu sou tíbio, eu sou imperfeito.

* Chamado para o mais fértil dos solos da Igreja, que frutos tenho produzido nesta sacral vinha: generosidade, alegria, entusiasmo, dedicação? Ou tiradas de corpo, pecados, sabuguismo, tibieza?

Há um outro solo em que Nosso Senhor plantou: esse solo não é o solo da Igreja Católica, mas é a quintessência do sola da Igreja Católica. A Igreja Católica é como uma terra magnífica que tem solos todos férteis, mas alguns ainda mais férteis do que outros.

Que fertilidade é o Grupo. Nossa Senhora me chamou para o Grupo, me deu a graça de pertencer ao Grupo, deitou as minhas razões todas no Grupo, eu que é que fiz: Eu deveria produzir para o Grupo, frutas de doçura, eu deveria ser um membro entusiasta do Grupo, um membro fácil de tratar, um membro alegre, um membro obediente, um membro de uma fidelidade contínua, eu tenho sido isto?

Quantas recalcitrâncias, quantas frustrações, quantas tiradas de corpo, quantas coisas feitas que não deveriam ter sido feitas. Quer dizer, que eu também fui a uva amarga do agricultor cuidados que plantou uma vinha esplêndida.

Meu Deus, quem sabe se às vezes eu fiz pior do que isso, eu pus no coração de Jesus a lança de Longínos. Nossa Senhora me amou tanto, Ela me preferiu tanto, a tantos outros homens colocando‑me dentro do Grupo.

Será que eu não cometi algum pecado mortal? Será que com esse pecado mortal eu não fiz como Longinos, eu não feri o Coração de Jesus? Se for bater no peito, pedir perdão. Não é só o pecado mortal, é o ensabugamento, é o hábito velho da tibieza: não muda, não progride, nem quer progredir, vê os outros progredirem e não se incomoda, não toca o barco: “o que importa, eu continuarei na mesma!”

Não há aqui um impropério de Nosso Senhor para mim? Não há algo para eu pedir para Ele que pela dor que eu fiz Ele sofrer, Ele tenha pena de mim, porque aqui está o magnífico da esperança: quem meteu a lança nEle foi Longinos. Longinos na hora recebeu sobre o rosto dele um pouco daquela água com sangue. Ele era catacego e adquiriu a vista e ao mesmo tempo se converteu, e transformou‑se, segundo a tradição, depois num santo. Quem sabe se nesta hora eu recebo também esta graça, esta graça eu devo pedir.

Continua os impropérios:

* Então o Vingador da Paixão de Nosso Senhor flagela os que açoitam a Igreja, para minha edificação, e eu o flagelo com minha tibieza?

Por tua causa flagelei o Egito e os seus primogênitos, e tu aos açoites me entregastes.

Quando o povo judeu saiu do Egito, Nosso Senhor para proteger a fuga do povo judeu, feriu com uma praga todos os primogênitos de maior nação do mundo, Foi como um açoite que os judeus açoitaram Nosso Senhor.

Quanta gente Nosso Senhor tem açoitado para fazer bem à minha alma! Quantas pessoas eu vejo que têm sido pisadas, humilhadas pelo Grupo, santamente, dignamente para edificação de minha alma, eu vou e açoito Nosso Senhor. É uma outra pergunta pungente, e continua numa lógica inflexível.

* O gládio inflexivel da lógica pliniana exorcisando as manhas do sentimentalismo

Eu abri o mar à tua passagem, tu me abristes o lado com uma lança.

Há um benefício mais esplêndido do que abrir o mar para um povo fugitivo passar? Há um crime mais horroroso do que pagar esse benefício furando com a lança o autor desse benefício? Quer dizer, a lógica é sempre tremenda, não é? E mostra bem o fundo lógico de toda virtude católica, a virtude católica não é a base do sentimentos, é a base da lógica, o sentimentos borbulha a partir de lógica, mas o fundamente é a lógica, a lógica é uma lógica inflexível, e aí termina.

* Por meio da Vocação também adiante de meus passos Deus caminhou. Como correspondi a essa ternura infinita?

Caminhei diante de ti em uma coluna luminosa e tu Me levaste ao pretório de Pilatos.

É sempre a mesma história. Ele como uma coluna levou o povo pelo deserto, o povo paga levando e até arrastando, levar, e levar ao Pretório de Pilatos para ser julgado por Pôncio Pilatos.

Na minha vida isto se aplica. Deus caminhou na minha frente como uma alegria de minha vida em uma coluna luminosa e me levou Deus a tal ponto de eu pecar contra Ele, quer dizer, então como é isto?

Depois continua: alimentei‑te com maná no deserto e tu Me feristes com bofetadas e açoites. O maná era uma comida delicadíssima que tinha toda espécie de gostos e de que cuja ingestão nunca ninguém se saciava e caía com uma abundância sem dar trabalho que dava para todos se fartarem.

A Sagrada Eucaristia é como um maná. Ela tem para as almas todos os sabores e é tão abundante que dá para todos nós nos fartarmos. Está bem. Como resultado deste maná da Sagrada Eucaristia, o que é que eu pago? Eu deveria receber muito bem, eu pago com bofetadas! Os senhores estão vendo mais uma vez a contradição flagrante.

E depois disse:

Fez brotar da pedra, água de salvação para te saciar, e tu com fel‑vinagre Me debelastes.

É mais uma vez o mesmo pensamento. Moisés bateu com uma vara na pedra e saiu água, e água abundante, milagre para matar a sede do povo. Nós na sede de Nosso Senhor nós demos vinagre, nós demos fel para Ele, nós pagamos a água com fel. É assim o pecador.

Depois continua:

Por tua causa feri os reis de Canaã e tu com uma cana feristes a Minha cabeça.

Aqui há um jogo de palavras, cana e Canaã, não é? E sabe que Nosso Senhor quando estava com uma coroa de espinhos na fronte, aqueles malditos batiam com uma vara na coroa para aumentar as dores d’Ele.

Então, o dito é este: “eu matei os reis de Canaã que era terra prometida, acabei com todos aqueles reis para esvaziar de um povo impuro aquelas terras e entregar aos judeus. O resultado é que eu mato os reis e tu em vez de Me considerares Rei, Me pondes uma coroa de espinhos na cabeça e bates com uma vara da ignomínia?

Depois continua:

Dei‑te um cetro real…

Quer dizer, a realeza na terra prometida é o cetro e a coroa de espinhos que nós já acabamos de falar deles.

Depois continua:

* Assim como a Historia é a mestra da vida, a Paixão do Salvador é a mestra da História: a apostasia da Cristandade européia e a tibieza do filão eliático repetem o drama do deicídio

Exaltei‑te a um grande poder, e tu Me suspendestes no patíbulo da cruz.

O povo judaico era um povo pequeno, ele chegou a ter um grande poder no tempo de Salomão, mas o pagamento que foi dado ao Nosso Senhor, pelo povo judaico foi que Jesus, Deus elevou o povo judaico e o povo judaico elevou Jesus na Cruz. Quer dizer, pregou Jesus na cruz e o apresentou como um infamado nos altos de todos os povos do mundo.

Com as nações do Ocidente se pode dizer tudo isto, como se poder dizer da Europa cristã, da antiga Cristandade, como a gente pode dizer que ela foi elevada por cima de tudo no mundo de maneira a ser o primeiro continente da Terra, nunca houve coisa tão bela nem tão gloriosa na Terra quanto a Europa cristã.

O que é que a Europa cristã fez para recompensar a Nosso Senhor de todos esses benefícios? Ela fez essa coisa simplesmente terrível: ela fez a Revolução e a Revolução é uma segunda crucifixão de Nosso Senhor.

Com vários que estão aqui e que estiveram comigo na Europa, eu comentei a impressão horrível que se tem, vendo ao lado daqueles monumentos veneráveis, andar e entrar às vezes naquelas edifícios um povo que já não liga mais para aquilo e que tem a alma completamente modernizada, aterrizada, esclerosada, já não se incomoda mais com essas coisas.

A impressão que se tem é de apostasia, de ruptura com aquilo.

Eles passam indiferentemente diante de tesouros que aqui no Brasil ou na Argentina, ou no Chile, seria um ponto de peregrinação nacional. A gente vê, por exemplo, na Catedral de Barcelona, eu comentava isto outro dia no Giordano, o Cristo de Lepanto que era o crucifixo que D. João d’Áustria trazia na frente de sua nave durante a passagem de Lepanto, na nau capitânia e a imagem está ligeiramente voltada de lado porque se diz que um ímpio, um maometano deu um tiro contra ela e ela se moveu para não ser atingida pelo tiro. É um milagre portanto. A gente entra na Catedral de Barcelona, as pessoas entram e saem, vão para um altar, vão para outro altar diante desse crucifixo. O que nós faríamos se fosse no Brasil, se estivesse no Amazonas, nós iríamos até ao Amazonas para oscular esse crucifixo, uma piedadezinha como diante e um crucifixo qualquer como se encontra dentro de qualquer igreja, até é indiferente, Lepanto, Santo Cristo é uma coisa comum, são coisas gastas para eles. Por causa disto também a Europa que era o mais alto continente da Terra começa a receber lições humilhantes do resto do mundo, ela está sujeita àquela ameaça vergonhosa e horrível da Rússia, que já não é bem a Europa, mas uma espécie de semi‑Europa bárbara, ela está sujeita ao poderia do dólar americano, que isso valha e até outros povos menores estão sujeitando a Europa à humilhações.

Eu me lembro que quando estive na Europa, eu conversei com um irmão do Go Dim Diem, um arcebispo, que me contou que conversando com um monsenhor progressista romano, o monsenhor disse a ele, ao arcebispo vietnamita: “Vossa Excelência precisa modernizar os hábitos da religião católica no Vietnã para fazer apostolado e alcançar maior expansão”.

Ao que ele respondeu:

Monsenhor, o número de vocações no Vietnã é tão maior do que em Roma, querendo pode transmitir ao Santo Padre a seguinte sugestão: a abertura de uma paróquia de padres vietnamitas em Roma para ajudar a evangelização das almas na cidade eterna”. E acabou‑se, não é?

Depois é preciso ficar quieto, não tem mais nada que dizer e o tal monsenhor quieto também. O mais extraordinário é que valia a pena pôr lá uma paróquia vietnamita porque isto é mais real e corresponderia uma necessidade, não é verdade?

É o que resta da velha Europa pisada, esmagada porque ela não foi fiel.

Meus caros, algumas coisas assim se dá com o Grupo também. O Grupo vive disso, de glória, esta simples reunião aqui, por exemplo, tem qualquer coisa de glorioso, hoje, nós pudemos ostentar esta gloria aos olhos de “Santificetur”. Ele pediu seis pessoas para ir carregar o pálio, eu pedi para o Mário Navarro acompanhar seis pessoas lá e dizer a ele que não havia nenhum de São Paulo, que um era de Santiago do Chile, outro era de Buenos Aires, outros eram dos outros Estados do Brasil, provavelmente Rio, Curitiba, Minas, etc., que não havia nenhum de São Paulo. Para mostrar a extensão e a universalidade de nosso apostolado, isto é, porque nós procuramos ser fiéis a Nosso Senhor.

Em nosso apostolado não nos preocupamos com a glória mundana, não nos preocupamos com glória humana, vamos fazendo o que for preciso. Se os homens rirem de nós, que riam; se eles nos atacarem que ataquem, nós fazemos aquilo que nós devemos fazer.

Acontece que no meio de muita humilhação Nosso Senhor nos eleva e nos dá glória, mas se nós tivéssemos a desgraça de ser infiéis, toda espécie de ilusão viria a esse respeito. A gente começava procurar falsas glórias em vez da gloria verdadeira, e depois acabava pisado como a velha Europa está pisada e como a Cristandade está pisada também.

É bom lembrar isto nesta hora dos impropérios. E nós chegamos enfim, à oração final.

* Só do madeiro da Cruz é que desce o perfume da verdadeira alegria

Senhor, nós adoramos a Vossa Cruz, celebramos e glorificamos a Vossa Santa Ressurreição porque foi pelo madeiro da cruz que alegria apareceu no mundo inteiro.

Aqui o contraste é muito bonito e a gente vê isto na liturgia. A liturgia fala de todo negrume da cruz e de todo sofrimento da cruz, mas assim pelo meio de todas as trevas a esperança da alegria que a cruz trouxe para o mundo, toda alegria que há. Não há alegria verdadeira no mundo a não ser a alegria católica, a alegria cristã, por exemplo, a alegria de Natal, não do natal comercializado de hoje, mas do verdadeiro Natal.

Aquela alegria é uma alegria que baixa do Céu, é uma alegria que nasce da cruz. Foi do sofrimento de Nosso Senhor, das lágrimas de Nossa Senhora, nasceu a alegria verdadeira, que não é a alegria do vício, mas a alegria da virtude.

Os senhores, creio que não conheceram quase, mas os mais velhos aqui ainda conheceram a alegria da Páscoa. Quando as cidades eram pouco ruidosas, e quando se ouvia o bimbalhar dos sinos e quando chegava ao meio dia e que se celebrava a Ressurreição de Nosso Senhor, e que a gente começava a ouvir todos os sinos de todas as igrejas da cidade tocavam e os moleques que saíam pelas ruas espancado bonecos que se representava Judas, era a Aleluia que se cantava por toda parte.

Então começava as festas pascais, as pessoas se cumprimentavam, distribuíam ovos de páscoa, algumas famílias faziam piquenique para exprimir a sua alegria, tudo isto a propósito da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. As igrejas se enchiam, a liturgia manifestava uma pompa enorme. É este o fundo da alegria, e os senhores notam essa alegria no mais trágico da Paixão de Nosso Senhor, quando Nosso Senhor ao morrer disse aquelas palavras que à primeira vista parece até de desespero:

Meu Pai, meu Pai, por que Me abandonastes?”

Aqui é o começo de um salmo, são as primeiras palavras de um salmo que tem hinos, que tem manifestações de alegria. Alegria porque de fato o abandono não foi real, porque de fato Deus teve pena, porque de fato nasceu de toda aquela tristeza e de toda quela dor nasceu a imensa alegria da Páscoa.

Então por causa disto nós vemos uma afirmação da alegria da cruz.

Então disse:

* O esplêndido equilíbrio da Igreja: do auge da compunção ao extremo da alegria, porque é sobretudo na Crucifixão que se manifesta a misericórdia infinita de Deus

Deus se compadeça de nós e nos conceda a Sua bênção, faça resplandecer sobre nós a luz de Sua Face, e tenha piedade de nós. Senhor, nós adoramos a Vossa cruz.

É muito bonito porque esses impropérios poderiam me dar uma atitude de alma quase de liquidação, de prostração, mas a liturgia lembra ao contrário, por mais que nós estejamos fora de qualquer explicações possíveis.

Deus é Deus de misericórdia, e que sobretudo na cruz, Ele é fonte de todas misericórdias. Então vêm o pensamento: Deus tenha pena de nós.

Quer dizer, Deus quer ter pena de nós. Peçamos a pena d’Ele que Ele vai ter e vai nos salvar, nós não vamos ficar nesse estado, nós soubemos contar com Ele por meio das lágrimas e das preces de Medianeira Universal e que Ele quis tornar necessária que foi Nossa Senhora. Portanto, coragem, confiança, ânimo.

A gente se levanta dessa meditação compungido, mas cheio de esperança e com alegria dentro da alma. Virá um momento em que eu receberei uma graça tão grande que eu serei limpo do meu pecado ou dos meus defeitos espirituais. Então, tem esta expressão muito bonita que veio do Antigo Testamento, mas que no Novo Testamento tem um som muito mais bonito do que no antigo: “Deus faça resplande­cer sobre nós a Sua Face”.

Os judeus diziam que o Antigo Testamento está todo impreganado de frases destas, que quando Deus está alegre com os homens, Ele se volta para os homens e tudo se torna alegre, facil, suave, brilhante, é o momento em que Deus volta a Sua Face para os homens.

Pelo contrário, nas épocas de castigo, Deus desvia a Sua Face dos homens, Ele não olha para os homens e como toda alegria dos homens é a vida da dos homens veio da Face de Deus.

Quando Deus volta a Sua Face é como o sol que desaparece. Quando Deus vira a Sua Face para nós, é, pelo contrário, como um sol que brilha com toda sua intensidade. Mas falar da Face de Deus em termos do Antigo Testamento é muito bonito. Mas falar em termos do Novo Testamento é mais bonito.

Nosso Senhor Jesus Cristo voltar para nós Sua Face divina, e então não mais com aquele aspecto sublime, mas que é por alguns lados um pouco terrificante do Santo Sudário, mas com um aspecto de misericórdia, volta para nós e nos olha com olhos de bondade, com olhos de perdão, como Ele olho São Pedro.

E neste momento então que a Face de Cristo se volta para nós, quer dizer, nós sentimos piedade, devoção considerando a Face de Cristo com a face de Nossa Senhora.

Neste momento então a graça no ilumina e nós sintamos outros. Nós podemos pensar no nosso ressurgir, a nossa vida espiritual caminha para a frente e esta linda oração se termina com esta simples afirmação que é uma espécie de conseqüência.

* Se possuíssemos um pedaço de nossa própria cruz, como deveríamos adorá‑la, guardadas as proporções como se adora o Santo Lenho!

É a frase final como quem diz: nós compreendemos que o preço exorbitante­mente grande foi esse madeiro. Se foi o sofrimento havido nesse madeiro, o preço exorbitantemente grande, Senhor, nós adoramos a vossa Cruz.

Quando nós dizemos a Deus que nós adoramos a cruz d’Ele, nós não podemos acrescentar alguma outra coisa?

Há um pensamento muito bom a esse respeito: é pedir a Ele de amarmos também a nossa própria cruz. Cada um de nós na vida tem uma cruz a carregar, cada um de nós quereria ser algo que não é, quereria ter algo que não tem, quereria poder algo que não pode, queria fazer algo que não faz, é preciso uma renúncia de nossa parte para nós aceitarmos isto e para ser o que não quisermos, etc. È esta cruz que nós temos que carregar.

Então pedir a Nosso Senhor que nos dê o amor à nossa cruz como Ele teve à Cruz d’Ele, como nós temos à cruz d’Ele. O que nós faríamos se nós tivéssemos uma relíquia do Santo Lenho, uma relíquia da Santa Cruz? Como nós adoraríamos esta relíquia se assim se pode dizer, e se pode dizer porque há a adoração do Santo Lenho na liturgia.

Bem, imagine que alguém nos desse um pedaço de madeira que aos olhos de Deus simbolizasse o nosso próprio sofrimento, nós deveríamos amar muito também. Nós o deveríamos ter uma relíquia d’Ele o dia inteiro, nós deveríamos colcoar isso sobre o nosso leito, para esta no leito de nosso repouso enquanto nós estivéssemos fora para santificar os nossos dias e as nossas noites.

Quer dizer, é aquilo que Deus pede de mim, que evidentemente é o que mais me dói, é a maior renúncia, mas é o que eu quero fazer porque Ele merece tudo.

Então pedir a Nosso Senhor que pela santidade da Cruz dele faça‑me tomar a minha cruz e fazer o que se não me engano, Catarina Emmerich conta e eu tenho várias vezes comentado, do momento em que a cruz foi dada a Ele. Em vez de tomar a cruz com horror, procurar fugir e sair correndo, pelo contrário, Ele tomou a cruz, abraçou e beijou carinhosamente com muitas lágrimas porque era com aquela cruz que Ele ia cumprir a missão d’Ele na Terra.

A nossa cruz é o nosso modo de cumprirmos a nossa missão na Terra, que nós então abracemos a nossa cruz com muitas lágrimas e com muito carinho, dizendo: “isto me custa, pois bem, a força de rezar e de pedir eu acabarei dizendo: isto é o que eu quero, eu tomarei esta minha cruz e a levarei até o alto de meu calvário!

Christianus alter Christus. Nossa Senhora me acompanhará com dor, como Ela acompanhou Nosso Senhor Jesus Cristo, mas também bendizendo o meu martírio interior, o meu holocausto, porque Ela quer que todos os seus filhos passem pela cruz por onde passou o seu Filho adorável, e incomparável Nosso Senhor Jesus Cristo. Essas seriam as considerações que a meditação dos impropérios me sugerem.

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