Santo do Dia – 12/10/1966 – p. 3 de 3

Santo do Dia — 12/10/1966 — 4ª-feira

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Foi rei da Inglaterra, nasceu em 1585. o pai foi destronado e o príncipe educado no exílio. Mais tarde Edwin lutou pela obtenção de seus direitos subindo ao trondo de Notumbéria, um dos sete Reinos em que se dividia a Inglaterra, nessa ocasião. Pagão ainda, teve um sonho em que foi-lhe dado ver seus futuros triunfos, sendo que lhe seria obrigado a presentar obediência a … [falta palavra] …que lhe fazia sinal com a mão. Casou-se com uma princesa católica, comprometendo-se a não impedir as práticas de sua religião e prometendo estudar as verdades da Fé cristã. São Paulino depois bispo de Norta, foi o fiador dessas promessas, por ocasião de suas bodas. Edwin recebeu uma carta e um presente do Papa Bonifácio V. entretanto o soberano continuou pagão. Por essa época saiu ileso de um atentado que o Rei da Saxônia do Leste preparara contra ele. No mesmo tempo nascia seu primogênito, primeiro cristão nascido no seu Reino, e comoveu-se ante os dois datos e prometeu converter-se, caso vencesse na guerra. O rei inimigo que o mandara assassinar, conseguiu o que desejava mas não cumpriu a promessa.

Os senhores estão vendo que ele era “quadrado” mesmo e cabeça dura, não é?

São Paulino decidiu então interferir, temendo a continuidade dessa atitude do Rei. Ao aproximar-se de Edwin, este reconheceu no Bispo o personagem do sonho que tiveram anos antes, arrependeu-se, recebeu o batismo, tornou-se cristão exemplar, transformou-se no apóstolo de seu povo, e concorreu esforçadamente para que a Fé se propagasse entre os outros súditos da Heptaquia vigorante na Inglaterra, entretanto, a nova atitude do Reisuscitou-lhe ódios e o Rei da Narcia, em conjunto com os Bretões e os Celtas, invadiram a RRotumbéria. Edwin lutou em defesa de Deus e de sua Pátria, mas seu exército, numericamente muito inferior, foi destroçado e ele pereceu heroicamente na batalha, aos 48 anos de idade … [falta palavra] …ou melhor, de outubro de 632. conquistou o título de mártir. Muitas igrejas foram construídas em sua honra uma em Londres, outra na Província de “Excercert”. Ele é o patrono da cidade de Aorta.

É preciso fixar, haveia muitos traços para fixar na vida desse rei, militar, guerreiro; mas, é preciso fixar um traço que é muito importante, habitualmente quando se fala dos reis desse período, que nós podeíamos chamar de fundação da Europa, nós vemos que eles são homens vencedores, homnes gloriosos, como Clovis, por exemplo. Eles, em geral, pelo mérito do batismo, eles vencem todos os seus advesários e se impõem, impõem a religião católica ao culto de todos aqueles que ainda duvidam dela. Impunha não pela força, mas pelos argumentos, mas de fato impunha.

Agora, aqui nós temos um derrotado. Nós … [falta palavra] …reique custou para se converter, mas que se converteu sinceramente e que morreu mártir. Mas o sei Reino foi invadido e derrotado, e sua obra, na aparência, foi espezinhada. Nós devemos com isto nos entretermos bem em conta o seguinte: é um erro pensar que um ultramontano é sempre vitorioso. Há aqui uma espécie de triunfalismo, a que nós somos por vezes sujeitos, e que nós temos a impressãode que nenhum lance de nossa luta pode dar numa derrota, e que nós em nossas guerras são uma espécie de passeata militar, que vai sempre para frente com pequenos peteleques majestosos, derrubando todo mundo que se opõe a nós, ainda dando uma gargalhada na suficiência para os que se oõe a nós, e passando pelo Arco do Triunfo sem derramamento de sangue. Ou se é com deramento de sangue, é sem ter sofrido humalhação de uma derrotada. E se estabelece, eu recei, isso pelo menos no nosso subconsciente, uma pouco a idéia de que há um pacto de Nossa Senhora com nós, por onde Ela assumiu uma obrigação de nós nunca sermos derrotados. De maneira tal que se em alguma coisa formos derrotados, a gente tem a impressão que Ela nos abandonou e de nós esarmos desorientados, e que não sabemos mais o que devemos fazer. Não é verdade. A coisa não é esta.

Não há ação prolongada que não tenha derrota, sobretudo se for uma ação a favor do bem, a favor da Santa Igreja Católica, porque nos somos imitadores de Nosso Senhor Jesus Cristo, e Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo de certo ponto de vista foi o grande derrotado, não houve quem fosse mais derrotado do que Ele. Crucificado, morto e sepultado, derrotado e esmagado pelos seus adversários, com seus amigos todos fugindo e tendo apenas aos seus pés um discípulo, o qual entretanto no Monte das Oliveiras fugiu também – tendo a seus pés apenas um discípulo e um grupo de mulheres piedosas. De sua vida inteira não restava de sua existência terrena, não restava outra coisa a não ser isso: uma derrota completa, umfracasso completo. Mas esses fracassos, essas derrotas são o sangue cristão, que é fecundo em mártir e daí [exatamente] que vêm as reparações, daí é que vêm as graças que vão atrair os pecadores empedernidos.

De maneira que não há possibilidades de uma luta católica importante, ser verdadeiramente meritória, sem que ela seja marcada por imprtantes derrotas. No “Bileitro” está aquele princípio … [falta palavra] …eu creio que já expliquei aqui o sentido desse princípio, se não expliquei, me lembrem de algum dia explicar, é o princípio histórico que está por detrás, importa de algum modo, nessa verdade: a causa do bem, a causa ultramontana, pode sofrer tremendas derrotas, quando pode também depois desferir golpes pavorosos; mas, a derrota está na lógica das coisas e nada me espantaria mais, do que nós chegarmos ao ápice da vitória sem passarmos por negras e sinistras derrotas também, nós já as temos no passado. Os senhores sabem que no passado, várias vezes, nós sofremos derrotas termendas. Não porque tivéssemos cometido erros de tática, mas porque de fato as forças do adversário foram superiores às nossas nos desalojaram de posições muito importantes, voltaram contra nós uma opinião pública, que nós tínhamos semi-conquistado de nosso lado, e nos obrigrama começar, não da estaca zero, mas numa coisa que seia quase uma posição negativa, cheia de inconvenientes para nós. Desta derrota, aceita com humildade, com resignação, decorreu o movimento que está aqui, que representa hoje em dia, muito mais do que aquilo que nós perdemos. Mas a derrota é normal, a derrota entra nos riscos da luta.

Eu me lembro que, uma vez durante a guerra mundial eu creio que já mencionei aqui esse fato – eu li um elatório num jornal italiano de um bombardeio que os ingleses contra umas ilhazinhas minúsculas, italianas, do Mediterrâneo: ilha de [Portilha] e de Panteleria, a principal olhava-se mesmo… [ilegível] …Bem, então o relato diz|: Esses miseráveis britânicos, nós atiramos contar eles, eles são bárbaros que jogaram bombas também sobre nós. – É muito lógico de alemão também bnão é: de de todo mundo. Eu tive uma governanta alemã a Primeira Guerra Mundial. Muitas vezes ela dizia: Aqueles infames britânicos! Nós mandamos aeroplanos – era o tempo de aeroplanos – para vingar a nossa honra, mandamos aeroplanos a Londres e quando nós estávamos no exercício de nossos direitos de bombardearmos Londres e Paris, eles, que não tinham direito algum, iam bombardeando Berlin”. Meu Deus do céu! Quem entra na guerra, … [falta palavra] …apanha, não há razão

Imagem 6, fast am Ende.