Santo
do Dia (Rua Pará) – 1/5/1965 – Sábado [SD
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Santo do Dia (Rua Pará) — 1/5/1965 — Sábado [SD 165]
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Rezar diante do Estandarte, quando seria mais razoável fazê-lo diante de uma imagem de Nossa Senhora ou de Nosso Senhor * Deus utiliza seres criados como seus símbolos — Os animais são muitas vezes citados na Escritura como símbolos de Deus * Pode-se usar o Estandarte para frente a ele se rezar, pois nos fala de Deus, assim como outros símbolos
* Rezar diante do Estandarte, quando seria mais razoável fazê-lo diante de uma imagem de Nossa Senhora ou de Nosso Senhor
… qual a razão pela qual nós nos reunimos, todas as noites, diante desse estandarte para rezar a Nossa Senhora, quando seria mais razoável que o fizéssemos diante de uma imagem da Virgem ou de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A pergunta é bem razoável e revela um desejo louvável de conhecer esse costume. Assim, na noite de hoje, satisfarei a questão.
Nosso Senhor quis … [inaudível]… através de todas as criaturas … [inaudível]… à sua imagem e semelhança. E aquelas que nos falam mais diretamente d’Ele são as criaturas espirituais. Antes de tudo, Nosso Senhor Jesus Cristo se nos revela em sua humanidade santíssima. Depois, Nossa Senhora, devidamente chamada Espelho da Justiça e da qual a santidade de Deus se reflete como num espelho. Depois, todos os santos da Igreja Católica. Depois, todas as criaturas fiéis que, enquanto tais, unem-se a Deus pela santidade e pela virtude.
Naturalmente, esses sãos os meios mais adequados para nós, desde já, nesta vida, termos alguma idéia de Deus e nos prepararmos para adorar a Deus, Nosso Senhor, na eternidade.
* Deus utiliza seres criados como seus símbolos — Os animais são muitas vezes citados na Escritura como símbolos de Deus
Mas a sabedoria de Deus, considerando a alma humana e sua necessidade de completar a compreensão de sua perfeição infinita, criou os seres materiais, que não têm alma espiritual. E com isso, Ele criou todo o universo material, criou os animais, as plantas, os seres inanimados, e cada um, a seu modo, nos fala também de Deus. E como Deus … [inaudível]… para isso, entendemos que é uma coisa indispensável e humana (ninguém tem o direito de dizer que se contenta com a ordem humana para compreender Deus, porque a outra é secundária e sem importância).
Se Deus criou com essa magnificência, isso não é secundário e sem importância, mas é um secundário muito importante. E devemos nos servir também disso que Deus nos deu para conhecê-Lo.
As coisas, os animais, enfim, tudo quanto há no universo material, de algum modo nos fala de Deus. E é com esse fundamento que a Escritura toma uma porção de animais como símbolos de virtudes. Tanto o animal pode ser tal símbolo, como um homem pode sê-lo.
É por causa disso que Nosso Senhor chamou-se a si próprio o Cordeiro de Deus, para dar a conhecer o que havia de magnífico em sua humanidade santíssima, hipostaticamente unida à sua divindade. Ele escolheu um animal, para desse símbolo fazer conhecer ao homem sua própria santidade.
Em outra ocasião, aconselha ao homem ser inocente como a pomba e astucioso com a serpente, tomando novamente animais como símbolos. Em outras ocasiões, fala-nos de cores como símbolos de sua santidade. Por exemplo, seus intuitos pacíficos e misericordiosos em relação à Humanidade, Ele simbolizou através da forma da consistência luminosa e do prodígio do arco-íris.
* Pode-se usar o Estandarte para frente a ele se rezar, pois nos fala de Deus, assim como outros símbolos
Portanto, todas estas coisas também nos falam de Deus a seu modo. E é este o fundamento da heráldica religiosa: escolher no mundo material alguns símbolos tirados do reino material, do reino animal, do reino vegetal ou da matéria bruta, símbolos que, reunidos artisticamente, nos falem de Deus.
Então, a confecção de um escudo, de um estandarte, podem e devem ser usados como veículos de crescimento para o amor de Deus. Rezar diante deste estandarte é rezar diante de um objeto … [inaudível]… símbolos que nos levam a conhecer melhor a glória de Deus. Não a glória de Deus apenas in generi, mas algo de específico … [inaudível]… a glória de Deus num raio determinado. E este raio é o espírito deste movimento que Ele quis suscitar e que Ele fez constituir … [inaudível]… nesta época.
Quer dizer, as virtudes que devem distinguir este espírito e as verdades que este espírito deve ter especialmente em vista … [inaudível]… com coisas materiais e com esta intenção de se … [inaudível]… constituir-se … [inaudível]… que está para nós como a … [inaudível]… de uma nação está para a nação, e que toma uma vinculação conosco, que é uma vinculação que passa a ter um valor próprio, que é um valor convencional, já então símbolo do nosso movimento, e uma convenção que produz seus efeitos: diante de nosso estandarte, lembramos nosso espírito de combatividade, o thau que nos marca, o desejo de difundir nosso sangue pela glória de Nossa Senhora, o reinado de Nossa Senhora expresso pelo arminho, a proclamação de que Nossa Senhora vencerá esmagando a cabeça da serpente. Tudo isto é expresso de modo simbólico em nosso estandarte, para exprimir o desejo de aniquilar a Revolução e sobre os escombros da Revolução construir o Reino de Maria, que é a Contra-Revolução. Isto dá glória a Deus de modo especial e em frente daquilo que é a nossa bandeira é justo que cantemos à nossa Rainha, pois é sua bandeira.
De maneira que é bom também, em certas circunstâncias, [que] rezemos diante do estandarte. E o que devemos pedir diante dele? Devemos pedir a Nossa Senhora que nos obtenha este espírito, que nos obtenha esta energia, que nos obtenha estes propósitos.
Esta, então, é a razão pela qual rezamos diante de nosso estandarte.
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