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Santo do Dia — 23/4/1964 — 5ª-feira

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* Combatividade, virtude católica * Sejamos autênticos e venceremos * Causa da derrota da contra-revolução: as pessoas não vencerem as próprias paixões * Mal-estar da “heresia-branca” * Membro do Grupo ao morrer

* Combatividade, virtude católica

Um santo de ilustre família que ocupou as primeiras dignidades do exército. Protetor das Forças Armadas. Uma devoção especial nossa por ele se justifica exatamente por causa de nossa preocupação em acentuar tudo quanto possa pôr em relevo, em realce, o caráter combativo como uma das virtudes da religião católica. Assim, devemos invocá-lo na noite de hoje.

Para amanhã, teremos a festa de São Fidelis de Sigmaringa, Mártir, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Sua relíquia venera-se em nossa capela.

O José Fernando deu-me dois pensamentos muito bonitos da vida de São Fernando. Calham bem para o dia de hoje, em que se festeja São Jorge, santo militar. Diz São Fernando:

Não temo aos meus inimigos enquanto tenha, de minha parte, meu Deus e Senhor. Vença eu minhas paixões, que os meus inimigos serão vencidos.

* Sejamos autênticos e venceremos

Isto é estupendo e, no gênero, é a última palavra daquilo que pensamos. Se no movimento ultramontano, cuidarmo-nos de nos santificar e nos vencer, Nossa Senhora nos dará a vitória contra os inimigos. Mas se não cuidarmos de nos vencer, nada adianta — golpes, truques, dinheiros, habilidade política —, nada adianta. Nossa vitória tem que ser feita sobre a vitória sobre nossas paixões. Notem como é profundamente consoante com a “RCR” esse pensamento.

* Causa da derrota da contra-revolução: as pessoas não vencerem as próprias paixões

A causa da derrocada das instituições contra-revolucionárias — por exemplo, de uma forma de governo contra-revolucionária, etc. — é o fato das pessoas não vencerem suas paixões. Entra em consonância com o que víamos, de aparecer uma fermentação revolucionária na corte do Rei Carlos I. Como se explica que essa gente trabalhasse contra seus próprios interesses? A fermentação de suas paixões. Não vencem suas paixões e se acaba fazendo haraquiri, suicidando-se etc; mantenham-se as paixões em ordem, com espírito sobrenatural, e tudo anda bem. Isto, como frase de um rei guerreiro, considero…

(…)

Outra frase, no dia da morte, ou melhor, na noite da morte:

Filho meu, reinai como quem há de morrer. Quero que minha herança, preferida por vós, seja o ódio aos inimigos de Cristo.

* Mal-estar da “heresia-branca”

Isto para a “heresia branca” ouvir, é estupendo! Para a “heresia branca”, a frase a se dizer, antes de morrer, seria: “Meu filho, antes de morrer, penso nas almas dos mouros que tive a desventura de matar. Diga à mouraria que foi involuntariamente que o fiz, e que morro pensando nos órfãos”. O fato de São Fernando ter dito a frase que disse antes de morrer, fê-lo um santo arquivado. Não se fala de São Fernando. Fala-se um tanto na Espanha, e o resto acabou-se.

Continuando São Fernando:

Se assim o fizerdes, recebei minha benção; se não o fizerdes, recebei minha maldição.

* Membro do Grupo ao morrer

Isto é que, ao morrer, cada um de nós deveria dizer aos continuadores do Grupo: “Morro neste Grupo, contente, feliz. Peço que me perdoem pela insuficiência que tenha tido no serviço da Igreja. Para os que ficam, minha benção, ou minha maldição de moribundo, está na consonância com isso”. Eu sugiro que seja posto na “Circular Boletim” e depois seja posto na gaveta do congresso, porque isso temos que aproveitar largamente. “Verdades Esquecidas” também.

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