®OF10¯®PL58,61,50¯®TP0¯®BT1¯®PT113¯®LM2¯®RM63¯®IP5¯®JU¯®LS1.3¯®LL.2¯®WD2¯®OP2¯®SSN,pt=113,ju,fl,ll=0.25,ip=5,md=nm¯®SSAST,fc¯®SSP,pt=52,lm=13,ju,fl,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSL,pt=42,lm=13,ju,fl,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSPR,pt=52,lm=13,fr,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSLR,pt=42,lm=13,fr,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSPC,pt=52,lm=13,fc,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSLC,pt=42,lm=13,fc,ls=1.25,ll=0.25,ip=2,md=nm¯®SSS,pt=93,nj,ls=1.5,ip=0,2,ll=.15,rm=50,md=bo,hy=0¯®SSS1,pt=114,nj,fl,ip=0,2,lm=13,ll=.15,rm=46,md=rv,hy=0,al=1¯®SSS2,pt=113,nj,fl,ip=0,2,ll=.15,rm=36,md=bo,hy=0,al=1¯®SSE,pt=111,nj,ll=0.25,ip=0,0,lm=33,md=rv¯®SSR,pt=51,lm=13,ju,fl,ls=1.25,ll=0.25,ip=5,md=rv¯®SSA,pt=112,ju,fl,ll=0.25,ip=5,md=rv¯®SSDATA,pt=113,nj,fl,ll=0.25,ip=0,md=rv¯®SSC,pt=118,nj,ip=0,fc,ls=1.5,ll=.4,lm=8,rm=57,md=bo,hy=0,al=1¯®SSCC,pt=118,nj,ip=0,fc,ls=1.5,ll=.4,lm=8,rm=57,md=bo,hy=0,al=1¯
®USC¯Cap¡tulo V

®USCC¯Doutrinas do Sr. Dr.ÿ20Plinio a prop¢sito de governo numa sociedade orgƒnica®LBcap-5#¯

®USS¯Organicidade
®USN¯Nosso Pai e Fundador Ä com base nos ensinamentos da Santa Igreja Ä defendia, como ideal da reta constitui‡„o das sociedades, de seus governos e do pr¢prio Estado, a sociedade orgƒnica formada no contexto de uma civiliza‡„o crist„.
®USN¯Como o pr¢prio nome j  o indica, esta concep‡„o considera que os corpos sociais retamente ordenados tˆm um funcionamento an logo ao de um organismo vivo, constitu¡do por sistemas, e c‚lulas, cada um com finalidades pr¢prias, de modo tal que mesmo os mais insignificantes tˆm o seu papel.
®USN¯A sociedade orgƒnica n„o ‚ o fruto do planejmaneto t‚cnico de nenhuma equipe de s bios. Ela surge do pr¢prio e sadio crescimento natural dos grupos humanos. S„o as retas originalidades que, pela natureza social do homem, sob a a‡„o da gra‡a sobrenatural e a inspira‡„o da Igreja, v„o dando lugar a fam¡lias, munic¡pios, escolas, universidades, corpos de defesa e regi”es, num imprev¡sivel tecido expontƒneo de rela‡”es e amizades sociais conforme afinidades e circunstƒncias geogr ficas e hist¢ricas. Em certo momento das rela‡”es j  mais complexas de um conjunto de regi”es com todos os seus corpos intermedi rios e as leg¡timas autonomias correspondentes, surge o reino ou a na‡„o cuja plena soberania se completa no Estado.
®USN¯Amputar ou inutilizar qualquer um dos ¢rg„os de um ser humano, ou interferir indevidamente no bom funcionamento deles prejudicar  todo o organismo.
®USN¯O mesmo ocorrer  numa sociedade organicamente constitu¡da, se o governo resolver intervir arbitrariamente nela para remodel -la a seu bel prazer.
®USN¯Em v rias ‚pocas o Sr. Dr. Plinio estudou e ensinou na TFP esta bela doutrina, parte essencial da no‡„o do que seja uma autˆntica civiliza‡„o crist„.
®USN¯No in¡cio dos anos 90, numa s‚rie de nove almo‡os, com a Comiss„o de Estudos sobre a Sociedade Orgƒnica(®FN1 Tais almo‡os foram realizados nos dias 6 e 7 de junho, 25 de julho, 8, 9, 16 e 20 de agosto, 3 e 13 de setembro de 1991.¯), o Sr.ÿ20Dr. Plinio p“de repassar uma a uma as diversas caracter¡sticas desse tipo de organiza‡„o social. Alguns membros de tal comiss„o sintetizaram-nas numa compila‡„o, da qual extra¡mos os seguintes trechos, por bem ilustrarem o presente trabalho:

®USP¯* A sociedade orgƒnica ‚ uma sociedade boa em que preponderam os bons, gerando uma espontaneidade reta, fruto do bem.
®USP¯* A alma de uma sociedade orgƒnica ‚ a s„ espontaneidade, a qual se deve … a‡„o da gra‡a.
®USP¯* Tal espontaneidade n„o elimina a necessidade do governo para orientar os indiv¡duos e realizar o que o conjunto destes n„o conseguiria fazer por si.
®USP¯* O governo numa sociedade orgƒnica ‚ uma emana‡„o dessa organi~cidade.
®USP¯* Quando uma dinastia deixa de explicitar a na‡„o, ela tende a desaparecer.
®USP¯* A sociedade sadia ‚ uma convivˆncia orgƒnica entre os representantes da na‡„o e o rei que a governa. Aqueles s„o mais informantes do que legisladores, suprindo o que o conhecimento humano n„o abarca no ƒmbito do esp¡rito p£blico ou do direito do p£blico.
®USP¯* A s„ espontaneidade n„o afasta o homem inteligente da elabora‡„o orgƒnica. A sociedade foi feita para o homem, e ele pode e deve melhor -la e retific -la.
®USP¯* As coisas orgƒnicas n„o s„o destrut¡veis com um piparote. Se elas caem aparentemente com um golpe, ‚ porque j  estavam destru¡das por dentro. Aqui entra o papel do homem clarividente que discerne a decadˆncia e a corrige. Ou, se as coisas orgƒnicas est„o bem, ele as melhora.
®USP¯* Aquele que interv‚m para restaurar a organicidade decadente ou ferida deve conhecer perfeitamente o organismo a ser restaurado.
®USP¯* O todo depende de uma certa vitalidade do conjunto dos ¢rg„os, e os ¢rg„os dependem de uma certa vitalidade do todo. Deve haver uma esp‚cie de recinto com vida pr¢pria dentro do todo e, ao mesmo tempo, algo de vital que o ¢rg„o recebe do todo.
®USP¯* O que sustenta uma sociedade ‚ a vitalidade existente em suas c‚lulas, ¢rg„os e organismos. A sa£de da sociedade reside no bom relacionamento desses elementos, expandindo cada um, conforme a lei de Deus, o caracter¡stico daquele lugar.
®USP¯* O senso conservador e o bom senso do homem bom comum leva-o, antes de tudo, a conservar o que existe e tender a melhorar a partir do que existe. E n„o fazer t bula rasa em vista de um projeto te¢rico que ningu‚m, na regi„o, tinha pensado.


®USN¯No almo‡o de 6 de junho, o primeiro da s‚rie, nosso Pai e Fundador se queixou, dizendo: ®MDRV¯"A doutrina da sociedade orgƒnica ‚ pouco conhecida dentro do Grupo. Sem conhecˆ-la n„o se compreende como eu dirijo o Grupo"®MDNM¯.
®USN¯ triste que isto tenha se dado. Todavia, mais lament vel ainda ‚ que isto tenha acontecido com os que agora se al‡aram ao topo da dire‡„o de nossa entidade no Brasil. Foi o pr¢prio Dr. Paulo Brito que o reconheceu, na citada reuni„o sobre sociedade orgƒnica, no dia 6 de mar‡o de 1997, ao comentar aquela queixa de nosso Pai e Fundador:

®USP¯Quase que a gente diria: Sem coment rios. Passemos adiante.
®USP¯Mas os senhores vejam ®MDBO¯como teria sido melhor se todos n¢s v¡ssemos o Sr.ÿ20Dr. Plinio governando o Grupo, aplicando o princ¡pio de sociedade orgƒ~nica®MDNM¯.  o que ele vai dizer depois, os senhores v„o ver.


®USN¯N„o pode deixar de ser que esses "todos n¢s", referidos pelo Dr.ÿ20Paulo Brito, sejam primordialmente aqueles que quiseram assumir o comando da TFP ap¢s o falecimento de nosso Pai e Fundador. O fato ‚ que, agora, ®MDBO¯todos n¢s®MDNM¯®LBfora#¯ no movimento sentimos as conseqˆncias do desinteresse deles em haurir, com todo o amor e cuidado no exemplo de nosso Pai e Fundador, seu modelo de governo.

®FC¯*  *  *

®USN¯A sociedade medieval, fundamentalmente orgƒnica e nascida sob a inspira‡„o da Igreja, teve tolhido o seu desenvolvimento quando o poder real passou a caminhar rumo ao absolutismo mon rquico.
®USN¯Nosso Pai e Fundador considerava que a concep‡„o absolutista, mecƒnica e intervencionista do poder destr¢i os organismos e hierarquias naturais intermedi rias e viola a leg¡tima liberdade de uma sociedade retamente ordenada. Para ele, o governo absolutista constitui uma manifesta‡„o do esp¡rito e da doutrina anticrist„ igualit ria, e portanto visceralmente contr rio ao ideal de sociedade orgƒnica defendido pela TFP.
®USN¯No seu livro "Revolu‡„o e Contra-Revolu‡„o", o Sr. Dr.ÿ20Plinio deixa muito claro que o ®MDRV¯"absolutismo mon rquico tende a p“r os s£ditos, mesmo os mais categorizados, num n¡vel de rec¡proca igualdade, numa situa‡„o diminu¡da que j  prenuncia a aniquila‡„o do indiv¡duo e o anonimato que chegam ao auge nas grandes concentra‡”es urbanas da sociedade socialista."®MDNM¯ Isso porque, explica o Sr. Dr. Plinio no mesmo t¢pico, os igualit ~rios querem a ®MDRV¯"aboli‡„o dos corpos intermedi rios entre os indiv¡duos e o Estado, bem como dos privil‚gios que s„o elementos inerentes a cada corpo social. Por mais que a Revolu‡„o odeie o absolutismo r‚gio, odeia mais ainda os corpos intermedi rios e a monarquia orgƒnica medieval."®MDNM¯ (Parte I, cap. VII, n§ 3, A, f).
®USN¯E no livro sobre a Nobreza, ele comenta:

®USP¯®MDBO¯5. A monarquia absoluta, hipertrofia da realeza rumo ao Estado totalit rio populista®MDNM¯
®USP¯O resultado harm“nico assim alcan‡ado na sociedade feudal come‡ou a desfazer-se com a dissemina‡„o dos princ¡pios dos legistas e ainda em conseqˆncia de outros fatores. A partir disto, e at‚ a Revolu‡„o de 1789, em toda a Europa o poder real foi caminhando no sentido de absorver cada vez mais as antigas autonomias, e de se tornar sempre mais centralizador.
®USP¯®MDBO¯a) A monarquia absoluta absorve os corpos e poderes subordinados®MDNM¯
®USP¯Muito diferente daquele sistema de elites superpostas, nobres ou n„o, que se podiam encontrar disseminadas nas mais diversas na‡”es, era a ¡ndole da realeza absoluta que, em quase todas as monarquias europ‚ias, foi enfeixando nas m„os do rei (o qual, por sua vez, se identificava cada vez mais com o Estado:®MDRV¯ "L'tat, c'est moi"®MDNM¯, constitui m xima atribu¡da geralmente a Lu¡s XIV) a plenitude dos poderes, outrora difundidos entre os corpos intermedi rios, como j  se viu.
®USP¯Ao contr rio do monarca feudal, o monarca absoluto dos Tempos Modernos tem em torno de si uma nobreza que o acompanha noite e dia. Ela serve-lhe principalmente de elemento ornamental sem qualquer poder efetivo. Desta forma, o rei absoluto acha-se separado do resto da Na‡„o por um valo profundo, melhor se diria por um abismo. Era tipicamente assim o rei de Fran‡a nos Tempos Modernos, o qual teve em Lu¡s XIV, o Rei Sol, o seu modelo mais completo.
®USP¯[...] Esse tipo de monarca causava ao observador um primeiro impacto admirativo pela sua omnipotˆncia, a qual entretanto pairava t„o-s¢ na superf¡cie da situa‡„o. Pois tal aparˆncia de poder ilimitado n„o fazia sen„o velar a impotˆncia profunda em que se colocavam os reis absolutos pelo seu pr¢prio isolamento.
®USP¯®MDBO¯b) S¢ lhe resta ent„o apoiar-se em burocracias civis e militares Ä as pesadas "muletas" da realeza absoluta®MDNM¯
®USP¯Com efeito, desligados cada vez mais de nexos vitais com todos os corpos intermedi rios que constitu¡am a Na‡„o, esses monarcas absolutos j  n„o tinham os seus apoios naturais, ou tinham-nos debilitados pelo estado de asfixia crescente em que o seu pr¢prio absolutismo os punha.
®USP¯Incapaz assim de se manter de p‚, de andar e de lutar com o apoio dos seus elementos constitutivos naturais Ä os grupos intermedi rios Ä a monarquia absoluta era obrigada a apoiar-se em redes de burocracias cada vez maiores. Esses organismos burocr ticos eram as pesadas muletas, reluzentes mas fr geis, dessa realeza de fins do s‚culo XVIII. Com efeito, o funcionalismo, quanto maior, tanto mais ‚ pesado. E quanto mais pesado, tanto mais onera aqueles mesmos que, para estarem de p‚ e andarem, s„o obrigados a carreg -lo.
®USP¯Assim, a realeza absoluta e burocr tica foi devorando ao longo dos tempos o Estado paterno, familiar e orgƒnico.(®FN1 Op. cit., p. 120-121.¯)


®USN¯O absolutismo mon rquico foi o long¡nquo precursor do Estado comunista omnipotente, diz o Sr. Dr.ÿ20Plinio nesse mesmo livro:

®USP¯Em s¡ntese, e tamb‚m a mero t¡tulo de r pido olhar prospectivo sobre o estado actual desse processo centralizador, cabe dizer que no s‚culo XIX j  se esbo‡ava o Estado burguˆs superpotente, em na‡”es, algumas apenas residualmente mon rquicas, outras j  ovantemente republicanas.
®USP¯Ao longo da ®MDRV¯Belle poque®MDNM¯, como do per¡odo entre as duas guerras, ou no ap¢s-guerra de 1945, mais e mais as Coroas foram caindo e o Estado democr tico superpotente foi abrindo as vias hist¢ricas para o Estado prolet rio omnipotente.
®USP¯A narra‡„o da hist¢ria do ®MDBO¯absolutismo do Estado prolet rio Ä ao mesmo tempo furioso detractor e long¡nquo continuador do absolutismo mon rquico da Era das Luzes®MDNM¯ Ä e do surgimento da ®MDRV¯perestroika®MDNM¯, da ®MDRV¯glasnost®MDNM¯ e da autogest„o socialista Ä como reac‡”es por sua vez detractoras e continuadoras do absolutismo prolet rio Ä est  nitidamente fora da tem tica do presente trabalho.(®FN1 Op. cit., p. 126-127.¯)

®USN¯ poss¡vel que certas pessoas, admiradoras incondicionais do absolutismo mon rquico, e pouco atentas aos ensinamentos que, ao longo dos anos, nosso Pai e Fundador foi-nos legando, fiquem surpresas quanto …s afirma‡”es que acabamos de transcrever. Mas a¡ est„o elas, irrefut veis: o Estado prolet rio comunista ‚ ®MDRV¯"ao mesmo tempo furioso detrator ®MDBR¯e long¡nquo continuador do absolutismo mon rquico da Era das Luzes®MDRV¯"®MDNM¯...
®USS¯A teoria da influˆncia e do mando e sua aplica‡„o ao governo da TFP
®USN¯Passemos … abordagem dos ensinamentos de nosso Pai e Fundador a respeito do exerc¡cio do mando e da influˆncia, intimamente relacionados com os princ¡pios da sociedade orgƒnica.
®USN¯No mesmo livro "Nobreza e elites tradicionais an logas...", o Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio d  uma precisa e pormenorizada defini‡„o do que seja a verdadeira autoridade:

®USP¯®MDBO¯Requisitos intelectuais do detentor de autoridade®MDNM¯
®USP¯O exerc¡cio de tal autoridade exige essencialmente do seu titular ®MDBO¯uma clara e firme no‡„o de quais sejam a finalidade e o bem comum do grupo®MDNM¯ sobre o qual ela se exerce, e o ®MDBO¯l£cido conhecimento dos meios e t‚cnicas de ac‡„o necess rios … consecu‡„o desse bem.®MDNM¯
®USP¯Ao detentor do poder, na esfera privada, n„o basta estar dotado desses predicados, que residem todos na inteligˆncia.
®USP¯Ele precisa saber, ‚ bem certo. Mas cumpre-lhe tamb‚m comunicar o que sabe e, quanto poss¡vel, persuadir das suas pr¢prias convic‡”es os que dele dissentirem. Por mais amplos que sejam os poderes de um tal chefe, por mais dr sticas que sejam as penalidades estatu¡das pelos princ¡pios normativos do grupo social contra quem lhe desobede‡a, por mais honrosas e remuneradoras que sejam as recompensas conferidas a quem lhe obedece, tudo isto n„o bastar  ao chefe para fazer-se obedecer. Torna-se imprescind¡vel existir um ®MDBO¯consenso profundo e est vel®MDNM¯, entre ele e os seus subordinados, sobre as metas que ele tem em vista atingir e os m‚todos que prefere; bem como haver ®MDBO¯da parte dos subordinados uma s‚ria confian‡a na sua capacidade de empregar acertadamente esses m‚todos e de atingir essas metas,®MDNM¯ tudo com vistas a alcan‡ar o bem comum.
®USP¯®MDBO¯Requisitos da vontade e da sensibilidade®MDNM¯
®USP¯Tamb‚m n„o basta ao chefe apenas persuadir mediante argumenta‡„o l¢gica impec vel. Outros predicados, ainda, lhe s„o necess rios. Estes situam-se no campo da vontade e da sensibilidade.
®USP¯Antes de tudo, o chefe, dirigente ou l¡der Ä seja qual for o t¡tulo com que no grupo se o designe Ä deve ser dotado de um ®MDBO¯senso psicol¢gico penetrante®MDNM¯. Esta qualidade requer o exerc¡cio simultƒneo da inteligˆncia, da vontade e da sensibilidade. Pois uma pessoa super-inteligente, por‚m ab£lica e sub-sens¡vel, ordinariamente carece de senso psicol¢gico at‚ para conhecer dados elementares da sua pr¢pria mentalidade. E quanto mais as de outrem: c“njuge, filhos, alunos, empregados, etc.
®USP¯Ora, ao chefe desprovido de senso psicol¢gico ‚ dif¡cil n„o s¢ persuadir as inteligˆncias como ainda coligar as vontades, para uma ac‡„o comum.
®USP¯Por‚m, nem este senso psicol¢gico lhe basta.  preciso que o detentor de autoridade, ou simplesmente de lideran‡a, disponha tamb‚m de uma ®MDBO¯riqueza de sensibilidade suficiente para emprestar a quanto ele diz o sabor do real, do sincero, do autˆntico, do interessante, do atraente, enfim, de tudo quanto leva os que lhe devem obediˆncia a segui-lo com agrado.®MDNM¯
®USP¯
®USP¯Este ‚, muito sumariamente tra‡ado, o elenco das qualidades sem as quais quem preside a um grupo social privado n„o tem as condi‡”es normais para exercer com ˆxito a sua miss„o.(®FN1 Op. cit., p. 104-105.¯)


®USN¯E noutro trecho da mesma obra, no sugestivo t¡tulo "Como n„o governar Ä como governar", vemos mais uma vez como deve se comportar o verdadeiro chefe, no entender de nosso Pai e Fundador:

®USP¯Governar n„o ‚ s¢, ®MDBO¯nem ‚ principalmente, fazer leis e ditar penas para os que as transgridam®MDNM¯, compelindo a popula‡„o a obedecer mediante uma burocracia, tanto mais eficaz quanto mais abrangente, e uma for‡a policial, tanto mais coercitiva quanto mais invasora e intimidativa. ®MDBO¯Assim se pode governar, na melhor das hip¢teses, uma pris„o®MDNM¯. N„o um povo.
®USP¯Como foi observado no in¡cio deste cap¡tulo, ®MDBO¯para governar homens ‚ preciso, antes de tudo, obter-lhes a admira‡„o, a confian‡a e o afeto®MDNM¯. A esse resultado n„o se chega sem uma ®MDBO¯profunda consonƒncia de princ¡pios, de anelos, de rejei‡”es®MDNM¯, sem um corpo de cultura e de tradi‡”es comuns a governados e governantes.(®FN1 Op. cit., p. 135.¯)


®USN¯Em uma reuni„o o Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio comentava um texto que descrevia a figura de Santo Odilon, abade do mosteiro de Cluny, um dos luminares da Idade M‚dia. O autor escrevia: ®MDRV¯"Ele [Sto. Odilon] era de estatura m‚dia. Seu rosto exprimia a uma vez a autoridade e a benevolˆncia."®MDNM¯
®USN¯Diz o Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio:

®USP¯Esse autor acentua muito bem os contrastes. Pouco antes ele disse que Santo Odilon tinha qualquer coisa que dava o desejo de vener -lo. Inspirava o desejo da venera‡„o. Mas, ao mesmo tempo, o desejo da imita‡„o.
®USP¯Quer dizer, ®MDBO¯era uma dessas venera‡”es que n„o exclu¡a, que n„o barrava, que n„o empurrava o sujeito para longe®MDNM¯, mas que atra¡a. Uma venera‡„o ®MDBO¯que n„o se impunha®MDNM¯ ao sujeito, dizendo o seguinte: "®MDBO¯Fique sabendo que eu sou assim e que vocˆ n„o ‚®MDNM¯", que ‚ o [modo] de o "mega" [se impor]. Mas ‚ uma venera‡„o que dizia o contr rio: "Eu sou assim. Muito mais, infinitamente mais do que eu ‚ Nosso Senhor Jesus Cristo. Se eu devo ser perfeito como Ele, por que vocˆ n„o procura ser perfeito como eu?". 
®USP¯ um convite para aproximar-se, para unir-se, para subir, n„o ‚? Assim era Santo Odilon.
®USP¯Aqui vem outro contraste muito bonito: ele era cheio de autoridade e de benevolˆncia. 
®USP¯A Revolu‡„o procura nos fazer acreditar que o homem que tem autoridade ‚ mal‚volo. ®MDBO¯ uma esp‚cie de fera que subiu, e que fica content¡ssima porque encontra oportunidade de passar o porrete nos outros, como quem diz: "Eu apanhei at‚ subir, agora que eu estou em cima, desconto dando nos outros"®MDNM¯.
®USP¯Isso ‚ ®MDRV¯de lo £ltimo®MDNM¯ do ponto de vista cat¢lico, mas ‚ ®MDRV¯de lo £ltimo®MDNM¯! ®MDBO¯N„o pode ser mais ordin ria uma concep‡„o de autoridade do que essa®MDNM¯.(®FN1 Santo do Dia de 23/9/72.¯)

®USN¯Vejamos mais um exemplo hist¢rico, desta feita a respeito de Lu¡s XIV. Durante um almo‡o, nosso Pai e Fundador comentava:

®USP¯Imagine o imperador com um poder absoluto sobre o povo. Ent„o ele pode mandar o povo fazer tudo quanto ele queira. ®MDBO¯Se ele for um bom imperador e fizer o povo executar tudo … risca, ele corre o risco de se iludir sobre a verdadeira situa‡„o do povo. Ele pensa que o povo est  bem, [mas] de fato o povo est  mal. Est  obedecendo porque n„o tem rem‚dio. Pol¡cia em cima, e est  acabado. Forma uma esp‚cie de estado policial®MDNM¯. [...]
®USP¯Ele [Lu¡s XIV] era um rei absoluto, mas n„o s¢ com muito poder jur¡dico de mando, mas tamb‚m com poder pessoal de mando, a pessoa dele era muito imponente, era at‚ deslumbrante, e encantava o povo, e o povo gostava de obedecer a ele, etc.
®USP¯Mas acontece que ele, por causa disso, ia mandando, mandando, mandando, e fazendo, fazendo, fazendo. Ele construiu ®MDRV¯Versailles®MDNM¯, um pal cio grandioso, uma f bula, mais bonito do que o senso de beleza do povo dele e at‚ da fam¡lia dele suportavam. Quando ele morreu, come‡aram a demolir algumas das coisas mais bonitas que ele fez em ®MDRV¯Versailles®MDNM¯. Por exemplo, ®MDRV¯l'Escalier des Ambassadeurs®MDNM¯ era uma escada cuja beleza devia deslumbrar, e deslumbrava, os embaixadores estrangeiros. E por ela passavam os embaixadores que tinham acesso a ele. Com m rmores fabulosos, etc. 
®USP¯Luis XV apenas tornado maior, e podendo mandar portanto, mandou destruir ®MDRV¯l'Escalier des Ambassadeurs®MDNM¯ para colocar no lugar saletinhas encantadoras para a intimidade dele. Era o quˆ?... E o povo ficou encantado, hein!... Mas era o quˆ?  que Luis XIV tinha elevado as coisas a um grau de amor … imponˆncia que era uma virtude, mas ele fez mais imponˆncia do que a virtude do povo suportava. Ele em vez de trabalhar para o povo querer mais aquilo, ele fez aquilo...
®USR¯(D. Lu¡s: Trabalhou para a pr¢pria gl¢ria.)
®USP¯Trabalhou para a pr¢pria gl¢ria. Ele errou.
®USP¯ o princ¡pio da monarquia de S„o Lu¡s. ®MDBO¯S„o Lu¡s n„o pode ser acusado de rei relapso ou liberal, nem horrores desse gˆnero nem nada que se lhe pare‡a isso®MDNM¯. Mas ele tinha plasticidades, flexibilidades inteligentes. O que tem ‚ que para fazer isto, essa pol¡tica que eu estou preconizando, ‚ preciso ser muito refletido, muito ponderado e at‚ um tanto inteligente, e isto ‚ que d  pregui‡a …s pessoas.
®USP¯Ä N„o! Mando fazer a ®MDRV¯escalier!®MDNM¯
®USP¯Ä Est  bom, ela te cai em cima da cabe‡a.

®USN¯Neste mesmo almo‡o em Amparo, nosso Pai e Fundador dizia tamb‚m:

®USP¯A gente n„o deve fazer um uso da obediˆncia, ®MDBO¯artificial®MDNM¯. Se eu tenho uma autoridade inteira sobre uma pessoa e posso obrigar a pessoa a fazer tudo direito como eu quero, ®MDBO¯eu n„o fiz por essa pessoa tudo quanto eu devo®MDNM¯, porque... ®MDBO¯o principal fim da obediˆncia ‚ fazer a pessoa querer o que ela deve querer®MDNM¯. E n„o apenas fazer o que eu a mandei fazer porque ela se obrigou a fazer o que eu mando.(®FN1 Almo‡o no õremo do Amparo de Nossa Senhora de 10/8/93.¯)


®USN¯Infelizmente, ‚-se obrigado a constatar que para esse uso artificial da obediˆncia, cont¡nuo e permanente, caminha o ¡mpeto dirigista da atual c£pula da TFP brasileira. Vejam-se dois exemplos recentes:
®USN¯1§) Na sede do "õremo de Nossa Senhora da Divina Providˆncia", situada nos arredores de Jundia¡, seu encarregado, o Cel. Carlos E. H. Poli Ä que pertence agora ao mesmo c¡rculo do chamado "grupo da Martim" Äÿ20decretou ser obrigat¢rio o comparecimento, de todos os "eremitas", com menos de 40 anos (!), a reuni”es de forma‡„o, iniciadas em outubro de 97, dadas exclusivamente por ele e por outros poucos partid ~rios da atual diretoria. O Cel. Poli chegou … min£cia de declarar ser obrigat¢rio assinar a lista de presen‡a e prestar aten‡„o na mat‚ria dada!... Pela £ltima not¡cia que recebi, os pobres "eremitas" estavam agora estudando os povos da antiga Mesopotƒmia.
®USN¯2§) De outro lado, a mesma diretoria assiste …s reuni”es plen rias das 5¦sÿ20feiras e dos s bados, no audit¢rio Nossa Senhora Auxiliadora. Tendo estado o Dr.ÿ20Caio Vidigal recentemente numa delas, de 5¦ feira, constatou n„o ser muito numeroso o p£blico no audit¢rio. Logo em seguida, passa um ®MDRV¯fax®MDNM¯ ao Sr.ÿ20Jo„o Cl , declarando-se escandalizado com o fato, reclamando secamente. Como se o Sr. Jo„o fosse culpado pelo desinteresse que algumas exposi‡”es despertam no conjunto da entidade.
®USN¯O Dr.ÿ20Caio Vidigal, um dos cinco membros da "Martim" que quiseram assumir o comando da TFP ap¢s o falecimento de nosso Pai e Fundador, visava, evidentemente, com essa reclama‡„o, pressionar o Sr.ÿ20Jo„o Cl , de modo a que este, usando de seu prest¡gio junto … maioria dos membros da TFP, os obrigasse a comparecer …s reuni”es de 5¦ feira, inclusive usando da obediˆncia, como fez o Cel. Poli.
®USN¯Esta mania dirigista, que deseja obrigar os membros de nossa entidade at‚ com rela‡„o …s reuni”es …s quais devem assistir, ‚ completamente estranho ao estilo de governo de nosso saudoso Fundador. N„o ‚ … base de decretos que se tem sucesso nesta mat‚ria, mas criando circunstƒncias onde os membros da TFP reconhe‡am o eco do esp¡rito de seu Fundador.
®USN¯Vem a calhar transcrever as palavras do Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio no j  citado ®MDRV¯"R‚plica da Autenticidade..."®MDNM¯ precisamente a respeito deste assunto, quando responde …s invectivas do Sr.ÿ20J.A.P.:

®USP¯®MDBO¯A pedagogia pr¢pria da TFP: um sistema adequado para as gera‡”es novas
®USP¯Ent„o n„o h  na TFP cursos sistematizados? Toda a forma‡„o intelectual e moral da entidade se faz principalmente por meio de ®MDRV¯"conversas informais"®MDNM¯? Ä  o que poderia perguntar quem lesse as precedentes considera‡”es.
®USP¯Sempre desconhecedor do ambiente deste Pa¡s no qual se sup”e integrado, o sr. JAP imagina que seria natural que houvesse na TFP, como em alguma organiza‡„o n¢rdica imagin ria, reuni”es regulares, qui‡  em forma mais ou menos escolar, na qual fossem dadas aos novatos Ä na sua maioria adolescentes Ä no‡”es sistem ticas e abrangentes cujo t¡tulo global poderia talvez ser ®MDRV¯Tudo sobre a TFP®MDNM¯.
®USP¯Esse curso deveria incluir a revela‡„o e a explica‡„o, at‚ do que o ne¢fito j  tivesse por si notado e pedido explica‡”es durante as conversas informais. E, ®MDRV¯a fortiori®MDNM¯, dos v rios pontos que n„o tivessem sido levantados nessas conversas.
®USP¯J  se fez notar (cfr. Cap. VIII, 1, B) quanto o dirigismo formalista ‚ oposto … ¡ndole do brasileiro.
®USP¯A experiˆncia mostra que, por efeito de m£ltiplas circunstƒncias, das quais a televis„o ‚ provavelmente a mais atuante, o homem contemporƒneo, e os jovens adolescentes mais do que ningu‚m, s„o pouco propensos (para dizer s¢ isso...) …s exposi‡”es orais ou escritas sobre temas de qualquer natureza: reli~giosos, filos¢ficos, cient¡ficos, liter rios ou outros, por mais atraentes, subs~tanciosas, met¢dicas ou claras que elas sejam. Estamos na aurora (ou melhor seÿ20diria na boca do abismo) do que Paulo VI qualificou de ®MDRV¯"civiliza‡„o da imagem"®MDNM¯ [...].
®USP¯Por isto, as conferˆncias ou discursos p£blicos dos intelectuais nacionais ou estrangeiros da maior nomeada est„o sistematicamente expostos ao risco de n„o contar com o comparecimento sen„o de algumas dezenas de ouvintes. [...]
®USP¯Mas como ent„o se arranja a TFP para comunicar aos que freqentam suas sedes o interesse e at‚ o entusiasmo que os s¢cios e cooperadores tˆm manifestamente em rela‡„o …s doutrinas e …s metas da entidade?
®USP¯®MDBO¯Certo autor definiu a pol¡tica como "a arte do poss¡vel"®MDNM¯. O que ‚ verdade, sem embargo dos muitos abusos que se procura justificar aqui e l , com base nesse pensamento.
®USP¯®MDBO¯E tem ele merecida aplica‡„o no que concerne … forma‡„o dada pela TFP. Esta faz o "poss¡vel"®MDNM¯. E este ®MDBO¯"poss¡vel"®MDNM¯, ideado e realizado mais ou menos …s apalpadelas, em meio aos m£ltiplos e confusos obst culos da ‚poca, resultou no que segue.
®USP¯Freqentemente, este ou aquele tema assume vivo interesse nas fileiras da TFP: ao sabor de uma controv‚rsia interna amistosa mas particularmente viva, surgida nas livres conversas entre freqentadores das sedes, ou ent„o de algum acontecimento externo, nacional ou internacional, particularmente pr¢prio a causar sensa‡„o. E de acontecimentos desse gˆnero se mostram cada vez mais pr¢digos os anos que v„o correndo. O desejo de n„o se contentar sobre o assunto com opini”es vagas e pastosas desperta ent„o um interesse geral pelos aprofundamentos hist¢ricos, t‚cnicos ou doutrin rios que caibam.
®USP¯Realizam-se assim conferˆncias ou palestras nas quais os expositores tratam imediatamente do assunto, inserindo-o sistematicamente em toda a amplitude de horizonte que ele comporta. E fazendo a este prop¢sito as explana‡”es religiosas, filos¢ficas ou culturais apropriadas. Assim se realizam sucessivas exposi‡”es sobre a mat‚ria, e outras conexas Ä durante o tempo, ora curto, ora longo Ä em que perdure o interesse geral pelo tema. Durante esse tempo, com facilidade a freqˆncia ‚ quase total. ®MDBO¯Se o expositor n„o tem suficiente discernimento para perceber os primeiros sintomas de que o interesse vai declinando, expor-se-  a um inevit vel decl¡nio no ¡ndice de comparecimentos.
®USP¯®MDBO¯Fixar, em conferˆncias que deixaram de interessar, a aten‡„o de um audit¢rio, ‚ coisa t„o imposs¡vel quanto deter a mar‚ descendente segurando com as m„os as ondas que fogem sob a a‡„o irresist¡vel do Sol e da Lua®MDNM¯.
®USP¯ este o modo de forma‡„o ideal? N„o. E nem de longe. Mas ‚ o ®MDBO¯poss¡vel®MDNM¯.
®USP¯Que resultados tem dado na TFP esse sistema? De modo geral, ele tem atra¡do para a leitura e para o estudo todas as pessoas aptas a tal nas fileiras da TFP. [...]
®USP¯O produto de todo esse estudo filtra para os menos afeitos a mat‚rias de tal eleva‡„o, em boa parte pelas conversas informais que, como j  se viu, ocupam papel relevante na TFP. E da¡ resulta que, com freqˆncia, pessoas que, durante as campanhas de rua da TFP, abordam com perguntas ou obje‡”es s¢cios e cooperadores da entidade que tenham suficiente tempo de freqenta‡„o nas sedes desta, acabam por manifestar sua agrad vel surpresa ante o modo seguro e preciso com que a tudo eles respondem. E isto, por vezes ainda quando o s¢cio ou cooperador ‚ muito jovem, e manifestamente de condi‡„o social muito modesta. [...]
®USP¯Ora, esse m‚todo de t„o fecundos resultados, todo consuetudin rio e condicionado fortemente pelas circunstƒncias "analfabetizantes" da era da imagem que vem substituindo a era do pensamento, j  existia em seus prim¢rdios ao tempo em que o sr. JAP freqentou as sedes da TFP (Nota: Os primeiros elementos desse m‚todo come‡aram a germinar nos anos 50, no grupo de redatores do mens rio "Catolicismo". Anteriormente, pois, … funda‡„o da TFP [cfr. ®MDRV¯Meio s‚culo de epop‚ia anticomunista®MDNM¯, Editora Vera Cruz, S„o Paulo, 1980, 4¦ÿ20ed., pp. 409 a 455]). Por‚m, disto ele fez t bula rasa...(®FN1 Op. cit., p. 220-225.¯)


®USN¯Se uma autoridade dentro da TFP acha que deva obter o comparecimento maci‡o dos membros a certas reuni”es, procure criar um clima de afabilidade e persuadir da necessidade disso. N„o pretenda impor seus des¡gnios aos "subordinados", mas procure, como fazia nosso Pai e Fundador, despertar neles anelos que os levar„o a desejar tais des¡gnios.
®USN¯ isto que nosso Pai e Fundador repete, ao explicar, certa vez, como ele tivera de esperar pacientemente muitos anos at‚ conseguir levar algumas pessoas a formarem o c¡rculo de estudos que ficou conhecido como a "Comiss„o M‚dica":

®USP¯Quer dizer, debaixo desse ponto de vista, dirigir a TFP ‚ extremamente duro. Porque ®MDBO¯‚ muito mais deix -la dirigir-se do que dirigi-la®MDNM¯. E entra aqui uma teoria do governo. [...]
®USP¯Mas a verdadeira coisa ‚ essa: ®MDBO¯manda quem obedece®MDNM¯. Quer dizer, ®MDBO¯quem percebe que aqueles em quem ele manda est„o dispostos a receber determinadas ordens e pratic -las®MDNM¯. E que por causa disso recebem dele as ordens que eles querem, eles ent„o aclamam o grande chefe que tˆm. Mas eles n„o percebem que o chefe n„o faz outra coisa sen„o aquilo que eles querem, e que ®MDBO¯ele agu‡a, estimula, d  andamento, n„o p”e nada que atrapalhe e aquilo anda. E que de fato, para o comum das fun‡”es de mandar, mandar ‚ isso®MDNM¯.
®USR¯(Sr. P‚ricles: Mandar, em tese ‚ isso?)
®USP¯N„o. Em tese mandar n„o ‚ isso.
®USP¯Em tese, mandar ‚ uma fun‡„o ®MDRV¯a la®MDNM¯ Guilherme II: "Eu quero. Vocˆ n„o quer. Eu digo a vocˆ ajoelhe: te dou uma ordem em nome da obediˆncia, vocˆ faz."
®USP¯®MDBO¯Isso funciona cinqenta vezes, cem vezes. Na vez cento e um ou vocˆ est  um homem completamente desgastado, e eu estou mandando num morto vivo por assim dizer e que, portanto, ainda que queira n„o far  o que eu quiser ou qualquer outra coisa de errado aconteceu. Se eu souber encontrar naquilo que eu quero aquilo que vocˆ ‚ capaz de querer tamb‚m, eu tenho um encontro que ‚ verdadeiramente o mando®MDNM¯.(®FN1 Reuni„o da Comiss„o M‚dica de 8/8/93.¯)
®USS¯No mando leg¡timo, o fator mais importante ‚ a influˆncia
®USN¯Vejamos agora um esquema, sem data, feito pelo Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio de pr¢prio punho, para uma reuni„o da "Comiss„o A"(®FN1 Ou seja, para os pr¢prios membros da Martim que deveriam dar forma‡„o aos grupos da Aureliano e do Alc cer.¯) a respeito de "Influˆncia e mando". Embora conciso, consubstancia seu pensamento a respeito da mat‚ria:

®USPC¯®MDBO¯Influˆncia e mando®MDNM¯®LBinflue#¯
®USP¯1) Duas formas de mandar:
®USP¯a) influenciar;
®USP¯b) impor a vontade juridicamente.
®USP¯2) H  uma forma que ‚ impor a vontade ilegalmente Ä tirania [do] forte sobre o mais fraco, mando usurpat¢rio.
®USP¯3) ®MDBO¯Mando leg¡timo Ä o fator muito mais importante ‚ a influˆncia®MDNM¯.
®USP¯4) O que ‚ a influˆncia em um Grupo:
®USP¯O que ‚ influˆncia? Correr Ä ®MDRV¯in fluens®MDNM¯ Ä de um para o outro.
®USP¯5) ®MDBO¯Quando todos tˆm genericamente o mesmo objetivo mas uma minoria tem muito mais claramente seu objetivo na cabe‡a, e n„o s¢ tem em mente, mas ‚ [quem] ama mais esse objetivo e se identifica com ele, a¡ nasce a influˆncia.
®USP¯®MDBO¯Atrav‚s deles todos recebem a vitalidade desse objetivo e recebem tamb‚m o impulso, a atra‡„o para atingir esse objetivo. Esses, ent„o, legitimamente mandam e todo o prest¡gio corre para eles®MDNM¯.
®USP¯6) O que ‚ poder jur¡dico.
®USP¯O normal ‚ que o cargo de mandar esteja com os influentes. Mas quando n„o est  porque os que tˆm o cargo n„o s„o, ®MDBO¯de longe®MDNM¯(®FN1 Sublinhado no original.¯), os mais identificados com a finalidade, formam-se duas vias jur¡dicas que caminham como um carret„o, e a vida vive como que por detr s, por dentro, e que ‚ o perp‚tuo tormento dos que tˆm a vida jur¡dica, porque ®MDBO¯convida … usurpa‡„o®MDNM¯. Essa dualidade de coisas conduz a uma "tenta‡„o": o vital abolir o jur¡dico, e o contr rio; Carol¡ngeos com Merov¡ngeos; Pepino, o Breve, e S„o Zacarias.
®USP¯7) ®MDBO¯Obriga‡„o deles: ou s„o, de longe, os mais identificados ou s„o apenas a vida jur¡dica®MDNM¯.
®USP¯8) ®MDBO¯Ou ficam um grupo n£mero 1, mais antigo, [com] servi‡os prestados, mas sem mando: pergaminho®MDNM¯.
®USP¯9) Veteranos: ®MDRV¯vetus®MDNM¯ = velho.
®USP¯Dois modos: um, velha-guarda Ä Napole„o Ä ponto de influˆncia do ex‚rcito. Ou veteranos aposentados Ä grupo dos velhos.
®USP¯Portanto, ®MDBO¯ou todos os esfor‡os tendem para ser cada vez mais influentes ou eles esclerosam a sua fun‡„o®MDNM¯.


®USN¯Sobre esse esclerosamento da fun‡„o, vem a prop¢sito transcrever alguns trechos de um artigo escrito por nosso Pai e Fundador no long¡nquo ano de 1938 para o ®MDRV¯Legion rio®MDNM¯, no qual ele dizia que ®MDBO¯um dirigente deve estar consciente de que seu cargo n„o ‚ uma oportunidade para mostrar-se®MDNM¯: ®MDRV¯"Dirigir n„o ‚ exibir-se, mas servir"®MDNM¯. ®MDBO¯Servir®MDNM¯®LBservir#¯, eis uma palavra-chave nesta quest„o. Neste artigo o Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio descrevia como n„o devia ser um dirigente:

®USP¯A diretoria ‚ o cerne da associa‡„o. Bem constitu¡da, ela far  florescer o sodal¡cio. Mal constitu¡da, ela abafar  consciente ou inconscientemente todos os germens de vitalidade que aparecerem, e, inevitavelmente, conter  o surto das associa‡”es de vida interior vigorosa, e far  definhar as que tiverem seiva fraca.
®USP¯Diria M. de la Palisse que a ®MDBO¯primeira qualidade que se deve exigir de um Presidente de associa‡„o religiosa, e de seus companheiros de diretoria, ‚ uma compreens„o larga, clara e positiva, de seus deveres®MDNM¯. [...]
®USP¯®MDBO¯Dirigir n„o ‚ exibir-se, mas servir®MDNM¯. Quem ocupa um cargo de dire‡„o e n„o tem tempo, dedica‡„o ou aptid„o para servir, rouba a associa‡„o. Rouba-a, porque abusa de sua confian‡a. Rouba-a, porque a frustra do desenvolvimento a que teria direito. ®MDBO¯Rouba-a, enfim, porque se apropria das discut¡veis honrarias que os cargos de dire‡„o conferem, sem prestar em troca disto os servi‡os que seriam necess rios®MDNM¯. Dizendo que eles roubam a associa‡„o, empregamos uma express„o por demais fraca. ®MDBO¯Digamos a verdade inteira: eles roubam as almas®MDNM¯. Roubam-nas porque a associa‡„o por culpa deles n„o atingir  as almas alheias ao seu seio, que jazem …s vezes nas trevas, … espera da Verdade. ®MDBO¯Roubam-nas, porque n„o d„o aos pr¢prios associados os bens espirituais que a diretoria lhes deve®MDNM¯. [...]
®USP¯Se o crit‚rio para a elei‡„o dos membros de associa‡„o religiosa fosse sempre este nas assembl‚ias dos associados, n„o ‚ exato que, em S„o Paulo, o movimento cat¢lico teria o dobro do que atualmente tem em intensidade, extens„o e brilho?
®USP¯No entanto, como se passam as coisas de modo diverso em certas associa‡”es! Tˆm elas um n£cleo de "benem‚ritos". S„o membros antigos, que ter„o (ou n„o ter„o) prestado em outros tempos servi‡os consider veis. Por uma raz„o ou outra, aposentaram-se no servi‡o de Deus. J  n„o trabalham. J  n„o podem trabalhar. E j  n„o sabem trabalhar, porque j  n„o conhecem a ‚poca, o meio e o ambiente no qual devem agir. ®MDBO¯No entanto, ‚ entre esses "benem‚ritos", e s¢ entre eles, que se distribuem todas as responsabilidades. Por ocasi„o das renova‡”es das diretorias, ‚ sempre o mesmo grupo. O presidente passa a vice, e o vice sobe a presidente. O tesoureiro passa a secret rio, e o secret rio passa a tesoureiro. Membro novo, nenhum®MDNM¯. A diretoria s¢ ‚ nova porque seus membros trocaram de fit”es. Na primeira reuni„o da "nova" diretoria, um dos membros prop”e um voto de louvor … diretoria anterior. O voto ‚ aceito por unanimidade. Convocam-se os associados para uma reuni„o geral. Dos 100 ou 150 s¢cios, comparecem 20 ou 30. Lˆ-se um relat¢rio massudo, que ningu‚m escuta. O relat¢rio ‚ aprovado. O deficit da caixa ‚ eliminado por algum rica‡o que tem a bondade de ser amigo do primo do tesoureiro ou do presidente, e que, quando muito instado, abre …s vezes um pouco a bolsa. Depois, tudo continua como dantes, e a poeira continua a se sedimentar sobre os bancos da sala de reuni”es, at‚ a sess„o geral do ano que vem. Os pap‚is v„o se tornando amarelos. Os dirigentes v„o se tornando enrugados. Tudo fenece.
®USP¯E isto ‚ vida? Isto ‚ movimento? Isto ‚ a‡„o?(®FN1 ®MDRV¯Os dirigentes®MDNM¯, "Legion rio", n§ 307, 31/7/38.¯)


®USN¯Estes dirigentes descritos por nosso Pai e Fundador s„o tipicamente os que n„o possuem influˆncia em sua entidade, mas se aboletam nos cargos de dire‡„o para usufruir do prest¡gio e satisfazer a ambi‡„o do mando.
®USN¯Ora, o que ‚ mais importante: mando ou influˆncia? Nosso Pai e Fundador, como temos visto nos textos aqui transcritos, opta decididamente pela influˆncia, e, conforme o esquema redigido por ele (p. ®REPinflue#¯), o normal ‚ que, por seu entusiasmo pelos fins da entidade, os dirigentes sejam ao mesmo tempo os mais influentes.
®USN¯No texto seguinte, o Sr.ÿ20Dr.ÿ20Plinio trata com clareza deste tema, e termina aplicando tal princ¡pio … TFP:

®USP¯N¢s chamamos sociedade de almas um circuito de influˆncias. [...] Este circuito de influˆncias se caracteriza pelo fato de que as pessoas que dele participam atuam no circuito desigualmente e acaba se destilando dentro do circuito algumas lideran‡as, e …s vezes uma chefia. [...]
®USP¯E isto no seu conjunto ‚ propriamente o que se chama um ambiente.
®USP¯Um ambiente ‚ a situa‡„o doutrin ria e moral decorrente de algo que circula num circuito e que influencia os seus membros, os membros do circuito, n„o mais por uma mera influˆncia individual, mas por uma influˆncia do todo sobre cada um. [...]
®USP¯No plano natural, vamos dizer num clube, os destinos de um clube de ca‡a e pesca n„o s„o propriamente os destinos marcados pela diretoria, a n„o ser numa medida fraca, mas s„o os grupos dentro do clube na medida que sentem, vivem e pensam a ca‡a e pesca, que constituem uma influˆncia total que arrasta a pr¢pria diretoria.
®USP¯®MDBO¯Quer dizer, o circuito de influˆncia ‚ o verdadeiro governo, ‚ o principal governo do mundo®MDNM¯.
®USP¯ ®MDBO¯claro que a diretoria tem um certo peso dentro disso, ela pode por exemplo tentar desmontar um circuito por meio de pol¡tica, pode querer opor-se ao circuito, tudo isso pode ter uma certa influˆncia na hist¢ria de um clube. Mas que a grande for‡a do clube s„o os c¡rculos de influˆncia®MDNM¯ ou o circuito total que no clube existe isso para mim ‚ uma coisa que ‚ indiscut¡vel.
®USP¯No Grupo como em toda institui‡„o, e em toda ordem religiosa, acaba sendo o seguinte: o auge consiste quando o circuito de influˆncia est  posto de forma que aqueles que encarnam a mentalidade do Grupo tˆm influˆncia dominante.
®USP¯®MDBO¯A partir do momento em que eles perdem a influˆncia dominante, a obra come‡a a decair, estabelece-se o caos, a invers„o. O circuito no Grupo, dada a estrutura, a natureza do Grupo, etc., ‚ um circuito de receptividades a mim por meio de sustenta‡„o colateral®MDNM¯. Esse ‚ o circuito do Grupo.
®USP¯Na medida em que o Grupo tenha um chefe que tenda para p“r em circula‡„o a mentalidade do Grupo, e que ele saiba dar o melhor do seu apoio …queles que s„o mais receptivos e que esses receptivos correspondam, nesta medida o Grupo pode passar por prova‡”es tremendas, mas sobrevive.
®USP¯®MDBO¯Mas se [...] o chefe se distancia do Grupo, das duas uma: ou ele acaba rompendo com o Grupo, ou acaba o Grupo rompendo com ele, ou ele acaba alaranjando a obra para n„o romper com o Grupo®MDNM¯. [...] De alaranjamento em alaranjamento ®MDBO¯a obra desaparece®MDNM¯. No fundo a vida do Grupo ‚ feita de ter um chefe que tenha a verdadeira miss„o, o verdadeiro conte£do ideol¢gico do Grupo para p“r em participa‡„o, ‚ o primeiro ponto, e em segundo lugar que os receptivos principais sejam apoiados por ele, recebam e transmitam. Essas s„o as coisas fundamentais.(®FN1 Reuni„o da Comiss„o B de 11/12/65.¯)
®USS¯As obriga‡”es da autoridade e o fracasso de quem quer se impor aos berros
®USN¯Um dos trechos mais interessantes do Sr. Dr. Plinio a respeito de mando e influˆncia ‚ de um "Santo do Dia" de 1993, no qual ele tecia coment rios sobre a mat‚ria tratada no seu livro sobre a Nobreza. Ap¢s dizer que o s£dito tem o dever de obedecer, nosso Pai e Fundador mostrava tamb‚m o dever da autoridade, bem maior que o do s£dito a tal respeito:

®USP¯Mas acontece que na natureza humana h  muitos obst culos ao obedecer. O primeiro obst culo ‚ o obst culo em si mesmo. O homem freqentemente n„o quer obedecer porque ele tem a tendˆncia nativa nele, desfigurada pelo pecado original, de fazer aquilo que ele entende que deve fazer e n„o o que o outro est  mandando. E por causa disso quando ele recebe uma ordem que ele n„o compreende, ou se ele a compreende e com a qual ele n„o est  de acordo, quando essa ordem vier penosa e o obrigar a um sacrif¡cio que ele julga que n„o seria necess rio se a autoridade mandasse outra coisa, quando ele acha que a autoridade tem raz„o mas ele n„o quer fazer esse sacrif¡cio porque ele detesta fazer aquele sacrif¡cio em concreto e, portanto, se recusa a obedecer, por todas essas raz”es conjuntas, acontece que o esp¡rito humano tende a levantar-se contra a autoridade e dizer: 
®USP¯"Est  bom, o senhor est  mandando. Eu vou lhe mostrar com quantos paus se faz uma canoa, eu n„o vou obedecer."
®USP¯E se levanta por causa de uma indigna‡„o que nasce nele pelo fato de ter sido mandado, e pelas outras circunstƒncias que eu indiquei aqui.
®USP¯®MDBO¯Ent„o se configura uma situa‡„o doentia, uma situa‡„o enfermi‡a, m , perigosa, uma situa‡„o de crise nas rela‡”es entre quem manda e quem obedece. Ent„o ‚ preciso que quem manda saiba compreender que a situa‡„o de crise ‚ uma situa‡„o que pode ter resultados imprevistos, e que se aquele que est  mandando for mandando … chibata de qualquer jeito, pode ser que …s vezes ele tenha a melhor, mas pode ser que n„o tenha®MDNM¯. E que depois de empregar, n„o digo a chibata no sentido f¡sico da palavra, porque isso n„o entra em cogita‡„o, mas ®MDBO¯se ele for empregar a autoridade no estilo duro e aos berros: "Eu estou obrigando! E baixa a cabe‡a! e tatatat ", pode ser que o problema que ele deveria resolver, ele agrave, e que o s£dito, machucado pelo pr¢prio rem‚dio que a autoridade deveria aplicar, a autoridade agrave a crise e leve a uma explos„o, uma fuga, a uma ruptura e at‚ a uma agress„o.
®USP¯®MDBO¯Ent„o isso n„o ‚ a vit¢ria da autoridade, ‚ o fracasso da autoridade®MDNM¯.
®USP¯Outro item ‚ que isso se compreende tanto melhor quanto, em geral, a ordem ‚ dada para benef¡cio daquele que est  obedecendo. Mesmo que lhe seja um sacrif¡cio. [...]
®USP¯De maneira que a autoridade tem obriga‡„o de colocar diante de si o problema seguinte: diante do fato da recusa ou da acolhida mal-humorada em que aquele que obedece, obedece de m  vontade, com m  cara, e obedece relaxadamente, obedece minimalisticamente, fazendo o menos poss¡vel, a autoridade tem um problema que ‚ um problema moral e ‚ um problema psicol¢gico. E esse problema a autoridade deve resolver.
®USP¯Qual ‚ o problema?
®USP¯Como agir sobre a alma daquele s£dito de maneira que ele mude de ƒnimo, que ele queira fazer aquilo que ele deve, e que sua vontade n„o se rebele contra a vontade da autoridade, mas que pelo contr rio haja um consenso entre ele e a autoridade, e que assim as rela‡”es daquele que manda e daquele que obedece, atinjam o auge de sua normalidade que ‚ a rela‡„o pai-filho?
®USP¯®MDBO¯Bom pai mandando no bom filho, isto ‚ o auge da disciplina, ‚ o auge da boa ordem de coisas. E aquele que exerce a autoridade deve fazer o poss¡vel para que este teor de rela‡”es se estabele‡a entre uns e outros®MDNM¯.
®USP¯Como ‚ que ele deve fazer para isso ser assim?
®USP¯Isto est  claro?
®USP¯A primeira coisa que h , ‚ o seguinte: ®MDBO¯a autoridade deve fazer-se compreender de todos os modos por aqueles sobre quem est  mandando, de maneira que Ä eu digo de todos os modos de prop¢sito Ä aquele que deva obedecer tenha todas as facilidades para que n„o se levantem nele esses vagalh”es de inconformidades, pelo contr rio, ele tenha alegria, tenha boa disposi‡„o de alma em fazer o que deve®MDNM¯.(®FN1 Santo do Dia, 28/7/93.¯)


®USN¯Tendo dito tais palavras, nosso Pai e Fundador aplica, na mesma reuni„o, esses princ¡pios de mando e influˆncia … TFP:

®USP¯Isto, meus caros, ‚, entretanto, tamb‚m na vida de cada um. 
®USP¯E ‚ dentro da vida da TFP, na vida quotidiana de cada um dos senhores comigo. Na vida quotidiana de cada um dos senhores com os dirigentes ime~diatos dos servi‡os, das sec‡”es ou dos ˆremos em que est„o. Cada um com cada um, irm„o com irm„o, igual com igual, vivendo do mesmo modo, com o mesmo princ¡pio da harmonia proporcional, do ¢dio e do amor a coisas muito maiores do que n¢s, que nos excedem completamente. [...]
®USP¯E n¢s nos queremos porque n¢s queremos juntos o mesmo ideal.
®USP¯E ‚ porque n¢s queremos juntos o mesmo ideal, ‚ por isso que n¢s nos queremos. Esse ideal ‚ t„o grande, ‚ t„o verdadeiro, t„o perfeito, que n¢s faremos tudo por ele. Conseqˆncia: faremos tudo um pelos outros. ®MDBO¯Conseqˆncia: na hora de uns mandarem e outros obedecerem, um particular amor, uma particular solidariedade nos re£ne, ‚ o pensamento seguinte:
®USP¯®MDBO¯"Ele est  mandando em mim para a gl¢ria de Nossa Senhora. Vou obe~decer!"®MDNM¯
®USP¯Eu vou mandar em fulano, para a gl¢ria de Nossa Senhora, ®MDBO¯com que cuidado, com que respeito, com que afeto eu vou tocar esta alma que foi posta nas minhas m„os para que eu mande nela.®MDNM¯ Como eu saberei escolher a hora oportuna, como eu saberei escolher a palavra oportuna, no momento em que eu veja que este meu filho est  em crise. Como eu saberei escolher at‚ a inflex„o de voz oportuna, e o olhar oportuno, para ajud -lo de dentro dos escombros de si mesmo a se reerguer e a se refazer. Quando ele sentir que eu estou com mais pena dele do que ele tem pena de si pr¢prio, mas que eu quero que ele cumpra o dever, que isto n„o d  em moleza, d  em est¡mulo, mas cumpra o dever! E ‚ isso que ‚ preciso.
®USP¯Bem, quando isso se d  ®MDBO¯e ele percebe que eu n„o entro com vantagem pessoal nenhuma, n„o procuro bem pessoal para mim nenhum, mas procuro apenas a vit¢ria da Causa da Contra-Revolu‡„o, a¡ eu terei sabido mandar®MDNM¯.(®FN1 Santo do Dia de 28/7/93.¯)
®USS¯O governante na doutrina da Santa Igreja
®USN¯A doutrina social da Santa Igreja vem confirmar os sapienciais ensinamentos do Sr.ÿ20Dr. Plinio. As virtudes, qualidades, prerrogativas e defeitos dos governantes est„o muito bem esquematizadas pelo afamado moralista, Pe. Royo Mar¡n:

®USP¯II. Sinais do bom ou mau governo
®USP¯A) Governa-se mal:
®USP¯1. Pretendendo, acima de tudo, governar.
®USP¯2. Absorvendo as iniciativas e as atividades dos s£ditos: metendo-se em tudo.
®USP¯3. Obrigando a proceder com retid„o … for‡a de coarctar a liberdade leg¡tima.
®USP¯4. Diferindo a corre‡„o por temor de desgostos pessoais.
®USP¯5. Mudando o rumo do que ‚ tradicional contra o sentir de todos.
®USP¯6. Extrapolando a vigilƒncia...
®USP¯7. Desconfiando dos s£ditos sem fundamento racional.
®USP¯8. Desalentando com observa‡”es inoportunas ou uma conduta imprudente.
®USP¯9. Se predomina o rigor da disciplina, das san‡”es...
®USP¯10. Pretendendo uma mal-entendida carˆncia de faltas.
®USP¯11. Se procura o aplauso interesseiro.
®USP¯12. Se reina o descontentamento; se impera a instabilidade e a desordem.
®USP¯
®USP¯B) Governa-se bem quando:
®USP¯1. Observa-se um regime humano.
®USP¯2. Envolve a satisfa‡„o geral.
®USP¯3. Respeita-se e se ama sinceramente a autoridade.
®USP¯4. Existe liberdade de a‡„o, plenamente harmonizada com o exato cumprimento do dever.
®USP¯5.  est vel a paz e a convivˆncia.
®USP¯6. Os s£ditos sentem a mudan‡a do superior.
®USP¯7. Trabalha-se com seriedade e alegria.
®USP¯8. Consegue-se ver nos superiores um reflexo da bondade e autoridade de Deus.(®FN1 Pe. Royo Mar¡n, O.P., ®MDRV¯Teolog¡a Moral para Seglares®MDNM¯, BAC, 1961, p. 744-747.¯)


®USN¯O texto ‚ t„o elucidativo que dispensa coment rio. Esses ensinamentos adquirem importƒncia especial nestes dias conturbados, em que sobressaem mais as caracter¡sticas do ®MDBO¯governa-se mal®MDNM¯ do que as do ®MDBO¯governa-se bem®MDNM¯.
®USN¯Quem n„o compreender que se deve guiar escrupulosamente por esses ricos e sapienciais parƒmetros estabelecidos pela doutrina cat¢lica e seguidos por nosso Pai e Fundador, e n„o estiver disposto a servir antes que ser servido (vide p.ÿ20®REPservir#¯), a se imolar por seus subordinados, como nos deu exemplo incompar vel o Sr. Dr. Plinio, n„o possui qualifica‡„o para exercer o governo do Grupo. Pior, coloca em perigo o futuro de uma Obra providencial.
®USN¯Profundo conhecedor da psicologia humana, tinha perfeita consciˆncia o Sr. Dr.ÿ20Plinio dos riscos pelos quais passaria a TFP ap¢s sua morte, dependendo das pessoas que viessem a ocupar postos de dire‡„o. Pois, para governar bem, n„o basta apenas ter uma virtude comum. Sobretudo no nosso caso s„o exigidas certas qualidades que raramente o homem comum consegue alcan‡ar.
®USN¯Num almo‡o do ano de 87 tra‡ava ele o perfil, n„o s¢ do perfeito dirigente, como tamb‚m do pseudo-piedoso ao qual se deve evitar de dar cargos de responsabilidade.

®USP¯Olha, eu lhe dou a esse respeito um conselho. Porque quando eu j  n„o estiver vivo, ‚ preciso que esse conselho prevale‡a.  o seguinte: h  um certo tipo de gente que ‚ feita assim, ‚ uma coisa especial. Que eles nascem e se incrustam nos meios bons. E eles s„o de um certo jeito que a gente tem a impress„o, n„o propriamente que eles sejam fervorosos, mas que tudo neles leva, desde o interesse at‚ a psicologia com que nasceram, leva-os a serem entusiastas da causa que a gente est  defendendo. E pelo todo deles, ficaria muito bem para a nossa causa que eles fossem esses entusiastas.
®USP¯E como eles pertencessem ao nosso meio, a gente cai numa esp‚cie de pecado de otimismo e diz: "N„o, ele ficaria t„o bem em tal cargo, e ele ‚ t„o afim com tudo isso, que provavelmente ele est  a altura disso". E vou e nomeio. Bem, quando um sujeito est  nessas condi‡”es, pelo amor de Deus n„o no~meiem!! Porque se a coisa n„o come‡ou, come‡a nele!
®USR¯(Sr.ÿ20F. Ant£nez: O senhor poderia dar um exemplo?)
®USP¯Eu dou um exemplo. Do ponto de vista da arquitetura das coisas, seria muito bom que no Reino de Maria houvesse em alguns grandes cargos eclesi sticos figuras que fossem a pr¢pria personifica‡„o da piedade, da Contra-Revolu‡„o, e do zelo de Nossa Senhora. E que a gente colocando ali pareceria ®MDRV¯the right man in the right place®MDNM¯.
®USP¯Bom, e h  precisamente um prelado nascido na Bahia, com um jeito muito t¡pico de baiano, mas muito bom orador, muito bom... um conhecedor das antiguidades da Bahia como ningu‚m, homem jovem, de trabalho... Com ar, n„o propriamente com a cara casta, mas com ar no qual n„o se vˆ os tra‡os da impureza Ä o que n„o ‚ a mesma coisa de ter uma cara casta...
®USP¯E esse homem seria... seria o decano dos c“negos da Bahia. Em todas as manifesta‡”es de bom esp¡rito ele est  presente. Tem j¢ias episcopais muito bonitas; aparece muito representativamente. Daria um arcebispo da Bahia muito representativo. Escreveu uma conferˆncia muito aplaudida pelos que ouviram a respeito, por exemplo, de minha biografia, que j  teria morrido. E umas coisas assim.
®USP¯Esse homem, ficaria ultra-decorativo colocar como arcebispo da Bahia. E quase que o cargo fica vacante se n„o se nomear a ele. N„o h  nada contra esse homem, ele nunca disse nada contra ningu‚m, nada. Por que n„o nomear? Ser  uma festa geral se ele for nomeado porque se ver  a bonita est tua colocada no bonito lugar... N„o sei se estou descrevendo?... [...]
®USP¯Porque este vai para o lugar, e pela in‚rcia no promover os melhores, vai fazer emergir o partido dos t¡bios.
®USP¯Bom, o resto ‚ mis‚ria!... [...]
®USP¯Porque um homem que est  a t„o pequena distƒncia de n¢s, e que n„o est  na nossa dianteira, crava o punhal nas costas! Porque ele tem no fundo reservas que ele n„o diz, ¢dios, pecados ocultos... Porque esse gˆnero de gente ‚ muito boa para conservar pecado oculto... pecados ocultos.
®USP¯Ent„o, nunca favore‡am ningu‚m que ‚ decorativo e contra o qual nada se tem. Porque isso n„o basta! N„o v„o na onda.
®USP¯Ou ent„o, se se trata da ordem temporal, embaixador do Brasil junto … Santa S‚. Um sujeito que descende de tal homem, que foi embaixador no tempo do Imp‚rio, que fez n„o sei mais o quˆ, e que depois ‚ um diplomata fin¡ssimo, que dar  uma alta id‚ia do Brasil no Vaticano... homem piedoso! Ele todos os anos comunga e confessa!...
®USP¯Cuidado! Sobretudo n„o esse! Nomeie qualquer ®MDRV¯birichino®MDNM¯ que est  andando descal‡o na  gua que corre na sarjeta. Nomeie esse se for preciso, mas n„o nomeie esse decorativo, porque ‚ a cobra que n¢s vamos p“r no nosso peito! Isto ‚ assim!
®USR¯(Sr. F. Ant£nez: Se ele n„o ‚ "arditi" puxador do bem etc., n„o...)
®USP¯N„o, nem ‚ o ®MDRV¯ardito®MDNM¯. Entre os ®MDRV¯arditi®MDNM¯, n„o ‚ dos chefes? N„o merece!  preciso, n„o tem rem‚dio... N„o tem rem‚dio porque ‚ assim.  melhor ter uma equipe de... [®MDRV¯vira a fita®MDNM¯]
®USP¯... [do que] um pelutrica que, a gente vai ver, n„o combate nada! [...]
®USP¯Ent„o, ‚ um outro qualquer que, dos que estiverem vivos nessa ocasi„o, ‚ o que tem mais tempo de militƒncia na TFP. Um benem‚rito... N„o ‚ benem‚rito! N„o ‚ por tempo de militƒncia que se mede o m‚rito. Mede-se o m‚rito pelas a‡”es que praticou: "Vocˆ esteve na frente, vocˆ foi dos ®MDRV¯arditi®MDNM¯? Vocˆ enfrentou obst culos internos? O que ‚ que vocˆ fez?" [...]
®USP¯Pelo amor de Deus, n„o se esque‡am disso! Porque o otimismo leva ao contr rio. [...]
®USP¯A pessoa [precisa] ter, ela mesma, bastante zelo para sentir na carne viva a Causa Cat¢lica. De maneira tal que ela percebe como que em si mesma quais s„o os pontos sens¡veis em que a Causa Cat¢lica n„o podia ser objeto nem sequer do menor relaxamento, porque aquilo ‚ de vida ou de morte!
®USP¯Bem, quando a pessoa tem essa esp‚cie de con£bio espiritual com a Causa Cat¢lica, que a bem dizer toda a susceptibilidade que os outros tˆm para seu pr¢prio ego¡smo, um homem assim teria para a Causa Cat¢lica, h  uma transferˆncia dos ego¡smos... Propriamente seria uma forma de vocˆ definir as trocas dos cora‡”es, seria vocˆ dar o seu ego¡smo a Nossa Senhora, de maneira que vocˆ tenha por Ela todas as susceptibilidades, todas as intransigˆncias, todas as perspic cias, todas as... tudo o que um de n¢s tem como seus pr¢prios inte~resses.
®USP¯E sentir, portanto, na carne viva tudo o que toca a Ela. E o que toca a n¢s... vai se for poss¡vel. Bem, e esta pessoa ou estas pessoas assim, essas pessoas sim est„o em condi‡”es de dirigir... [...] Se n„o for assim, ainda que n„o queiram, traem!
®USR¯(Sr.ÿ20F. Ant£nez: Mas como se percebe que a pessoa n„o ‚ assim e quando ‚ falsa?)
®USR¯(Sr. J. Cl : O senhor ia completando uma frase quando o Sr.ÿ20F. Ant£nez fez a pergunta...)
®USP¯, eu respondo a sua pergunta, na minha frase vai a resposta. A gente sente numa pessoa quando o indiv¡duo ‚ interesseiro. Porque h  uma forma de calor de interesse pessoal, calor... …s vezes ‚ um frio inexor vel, mas a presen‡a do interesse pessoal, todo o dinamismo do interesse pessoal que vocˆ sente.
®USP¯Bem, e quando se sente isso transferido para a causa da Igreja, a¡ vocˆ tem a coisa feita. Enquanto n„o sente isso, diga o seguinte: "Pobre da Santa Igreja, porque ela n„o tem condest veis! Vocˆ vai para uma Igreja e ofere‡a a Nossa Senhora sua vida em expia‡„o para que a Igreja tenha um Condest vel!!! Compre um Condest vel oferecendo a sua vida!" Mas ‚ assim que tem que ser!
®USP¯Agora, a¡, essa ‚ a frase que eu ia dizer, a¡ D. Luiz, D. Bertrand e vocˆs podem calcular a responsabilidade com que n¢s arcamos no seguinte: n¢s dev¡amos ser assim. [...]
®USP¯Esse ‚ o termo concreto, p„o-p„o, queijo-queijo, com que o amor de Deus se define! E ‚ ali que vocˆ mede bem o grau da doa‡„o do sujeito.
®USP¯Porque vem dizer: "Olha aqui, ele me comove! Ele ‚ visto toda noite, quando todo mundo foi deitar, ele ainda est  rezando o seu ter‡o..." Estas coisas a mim me comovem pouco. Vocˆ tamb‚m, todos n¢s vemos quanta contrafac‡„o vai nisso, ainda que o sujeito n„o tenha vontade de tapear. [...]
®USP¯Se D. Luiz, D. Bertrand, vocˆs, no Reino de Maria, quando eu n„o estiver vivo Ä me desculpem a franqueza do que eu vou dizer Ä mas n„o tiverem esta mentalidade... todos os que est„o aqui na mesa, s„o seis pessoas, esses seis por exemplo, acabam fazendo o papel do tal arcebispo primaz da Bahia.
®USP¯De um jeito ou de outro acabam! E para D. Luiz e para D. Bertrand ‚ uma coisa tremenda, porque n„o podem deixar de ser o que s„o, e a¡ ou ‚ esta doa‡„o completa ou ‚ o Inferno! N„o pode deixar de ser o que ‚, o caminho ‚ esse; ou se d  inteiro ou abre campo para a conspira‡„o. N„o deu inteiro, abriu o campo para a conspira‡„o! Pronto, acabou! [...]
®USP¯Agora, nisso ‚ preciso pensar, porque chega um determinado momento em que Nossa Senhora d  repouso a qualquer servidor dEla... E a¡ "hanhanhan..." Por quˆ? Porque durante anos n„o se pensou nisso. [...]
®USP¯Bem, e os que fazem Ä h  quatro aqui Ä parte do MNF, tˆm nisso uma responsabilidade especial. Quantas coisas viram, quantas coisas pelo menos poderiam ter ouvido, poderiam ter acompanhado, poderiam ter assimilado... [®MDRV¯o Senhor Doutor Plinio faz gesto com as m„os significando que nada disso foi feito®MDNM¯]
®USP¯Bem, resultado, em certo momento nos s„o pedidas as contas: "Preste tuas contas!" Aiiiii!!!
®USP¯Est  bom... Digamos... "v  para o purgat¢rio!"
®USP¯O que ‚ meu Fernando? Com a cara muito pouco satisfeita? Muito pouco, o que h ?
®USR¯(Sr. F. Ant£nez: N„o... depois eu falo com o senhor.)
®USP¯®MDRV¯Voil  l'affaire®MDNM¯!
®USP¯Bem, vamos andando. Vamos rezar.(®FN1 Almo‡o de 28/1/87.¯)